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29 years Niterói - (BRA)
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There were some buildings... There were these really tall buildings, and they could walk. Then there were some vampires. And one of the vampires bit the tallest building, and his fangs broke off. Then all his other teeth fell out. Then he started crying. And then, all the other vampires said, "Why are you crying? Weren't those just your baby teeth?" And he said, "No. Those were my grown-up teeth." And the vampires knew he couldn't be a vampire anymore, so they left him. The end.

Últimas opiniões enviadas

  • Pedro Alves

    Existiam duas Nara Normande para mim: a diretora de animações que tratavam sobre uma vivência bucólica de amizades intensas à beira-mar como em obras como Guaxuma (2018), assim como em produções para oficinas como Garota Bagre (2015) e Corais da costa (2016); e a diretora de narrativas trágicas de uma dureza áspera como em suas primeiras criações: Dia Estrelado (2011) e Sem Coração (2014), o curta-metragem. Fiquei positivamente admirado ao perceber que essa minha imagem mental dupla se revelou como sendo una nesse longa-metragem, dirigido em parceria com Tião, assim como o curta de origem.
    Sem Coração (2023) vem como um acalanto para um sentimento em mim decorrente do longo período de isolamento ainda recente em nossas memórias, somado a uma política cultura quase nula, e que resultou em uma escassez de imagens de afetos físicos em tela. A importância do encontro de corpos se prova na obra tanto no momento em que Tamara, a protagonista, pede para a mãe um carinho nas costas, quanto em outro, mais a frente, em que os toques entre dois personagens são apontados como os causadores de um conflito em uma festa. O contato se mostra presente em suas mais diversas facetas, positivas e negativas, desde surras de cinto e um soco na cara até a masturbação.
    As bem demarcadas sequências com músicas me lembraram do conceito de "momentos musicais" da Amy Herzog (2010). Para a autora, certas trilhas sonoras se recusam a permanecer “domesticadas” pela imagem e alçam uma presença dramática nas produções. Em uma sequência de Sem Coração, acompanhamos um diálogo entre mãe e filha sobre mudanças, físicas e emocionais, ao som de Iansã de Maria Bethânia (rainha dos raios; tempo bom, tempo ruim!). Em outro momento, a conversa sobre uma viagem e sobre paixão é embalada ao som de Please Don't Go. Em ambas as ocasiões, eu senti.
    A maneira com que localizam a história temporalmente no verão de 1996 possibilita também o desenvolvimento de elementos bastante interessantes. O primeiro é a maneira com que o espaço onde a história se desenrola, região litorânea de Alagoas, é congelado no tempo. No princípio, acompanhar os personagens adolescentes assistindo a uma obra do Ivan Cardoso em uma televisão antiga (estou sendo generoso) ou escolhendo obras pornográficas dentre um amontoado de VHS pode causar certo estranhamento. Contudo, mais do que pontuar o roteiro como resultado de reminiscência dos seus realizadores, a década de 1990 agrega um outro ritmo à narrativa, uma outra forma de apreensão do que nos é apresentado. Por conta disso, por exemplo, o agrupamento de moradores na praça para acompanhar a televisão noticiando o assassinato de PC Farias ou a maneira mais liberal (alguns podem entender até como relapsa) que os responsáveis cuidam dos seus filhos, é justificada de certa maneira. Esse arrebatamento temporal também é responsável por construir momentos encantadores como quando duas personagens, dividindo uma bicicleta na chuva, protegem-se com uma grande folha de bananeira — sequência próxima ao arrebatamento causado por alguns trechos animados pelo Studio Ghibli. Outro elemento interessante é a maneira com que ecos da Ditadura Militar podem ser identificados: o caso de um anel com os dizeres “Doei ouro para o bem do brasil - 1964” — servindo como chave de análise para um misterioso crime ao fim da trama, ou uma ponte com o cenário político contemporâneo.
    O que mais me agradou em Sem Coração foi perceber que é uma narrativa de amadurecimento onde os seus personagens não relutam em amadurecer como é costumeiro. Existe determinado grau de apreensão, é verdade: a protagonista se aflige por ter que se mudar para Brasília e deixar os seus amigos e cidade natal para trás, dois garotos temem pelo que pode acontecer com eles ao andar como casal na rua etc. Contudo, o medo nunca os impede de viverem e se descobrirem. Eu classificaria Sem Coração não como uma narrativa de amadurecimento, mas, sim, uma narrativa de descobrimento.

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  • Pedro Alves

    Fazia tempo que não acompanhava uma obra errar em tantas aspectos. Um filme de classificação R, originalmente, que finge ser PG-13 para se escorar em escolhas genéricas e covardes. Direção desestimulada, atuações cansadas e um roteiro risível. Impressionante!

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