esse filme mexe comigo de um jeito que não consigo explicar bem, não sei se pela personagem principal e essa interpretação maravilhosa de Jodie Foster, se por todos os apontamentos filosóficos ou se só por ser uma história de perseverança. as câmeras que saem de lugares inesperados e essa sensação do contido nos lembra que tudo que conhecemos e não conhecemos está no mesmo espaço que nós e que “estar sozinho” se torna relativo sob essa perspectiva.
horripilante e desconfortável de um jeito que saí do cinema enjoado. o poster é perfeito em colocar a grama verde e o momento de lazer sob um céu escuro, como se todos estivessem condenados à ausência de luz pelo resto da vida. muito embora ninguém se incomode ou ao menos note o que está em andamento logo do outro lado do muro, ja lhes estaria corrompida a alma de um céu azul.
Muito surpreendente o quanto esse filme se aproveita do que há de mais convencional no imaginário extraterreste para se tornar tão bom quanto todos os outros aos quais se assemelha. O suspense é on point e a personagem principal é o ponto alto do roteiro, que aos poucos vai nos dando detalhes do que aconteceu numa narrativa quase sem diálogos. Boa parte do que há de trash e subjetivo é bem vindo e Kaitlyn Dever arrasou demais na interpretação.
Tanto o ótimo Shin Godzilla quanto o Minus One possuem uma autenticidade que torna essa franquia muito diferente - e superior - à americana principalmente por ligar esse monstro aos traumas que a sociedade japonesa enfrenta após a segunda guerra. Enquanto nos blockbusters dos EUA eles praticamente domesticaram o bicho tornando-o um anti-herói em prol da humanidade (que é mero acessório contextual), aqui os humanos precisam lidar diretamente com Godzilla, um apropriado monstro gigante terrível e implacável, ao mesmo tempo que com seus monstros interiores, causados pela guerra, fome, pobreza, abandono, etc. Texto sagaz e dramático, atuações convincentes e cinematografia muito estilosa. "Minha guerra ainda não acabou" e com isso ele falou por todos os japoneses.
Acaba seguindo aquela fórmula de "O impossível", a saga da família desencontrada após grande catástrofe natural, mas não preciso dizer que não é tão polido e impactante quanto, tampouco a fórmula é bem utilizada. O drama no núcleo dos pais acaba funcionando melhor enquanto o da filha perdida e os boysinho inglês parece um novelão indiano. Aqui sofri com a Alexandra Dadario. A parte científica é num lugar seguro de detalhamento e acaba ficando no plano de fundo, o CGI cuida do resto.
Ilustra muito bem a vida nos vinte e poucos anos todos esses lugares de impermanência, lugares de trânsito, de passagem... tantos nomes e pessoas que você conhece e que se importam e perguntam e tentam se aproximar e tantos anônimos ao mesmo tempo, é um período onde perceber que é mais um no mundo rompe de vez com o que nos segura no passado, e nos acorda e arremessa para o que é mais importante para nossas vidas. Tudo parece não estar parado em um lugar só e nesse movimento brilha uma luz, para sair e ver e voltar para entender o que viu ou as vezes não voltar de jeito nenhum e fazer desses nossos entendimentos e dessas nossas escolhas quem a gente quer realmente ser. É um filme onde todas as imagens são protagonistas, todos os sons e cada palavra de todas as cartas. Vai ficar comigo por um tempo.
bem sensível. é difícil se perceber no mesmo lugar. cair a ficha que talvez esteja mesmo acomodado, talvez tudo tá dando errado pq o erro tá aqui, que talvez esteja na hora de mudar. acontece de uma mudança ir puxando a outra e quando voce percebe ja tá todo mudado até que o processo recomece, as vezes em pontos que vc nunca visitou ou em outros que ja tinha passado antes. assim vai sendo até que esteja resolvido, e resolver é saber deixar pra trás. ninguém tem as respostas pra nada, mas “você conhece melhor alguém pelas perguntas que faz”. achei bonito Mathias fazendo perguntas a ele e ele se perguntando se tudo aquilo fazia sentido. e acabou que na estrada que eles percorreram cada curva revelou uma nova paisagem e assim é a vida.
Uma fábula sertaneja sobre inocência, honra familiar e lealdade, onde a geografia não só é cenário como personagem. As atuações são viscerais, em especial da família Breves, e quando vemos naquela cena-afago em que a corda do balanço se rompe, eles se permitindo desabrochar numa gargalhada mesmo sob tamanha tragédia, brilha uma humanidade que tantas vezes foi posta em cheque, e que tanto foi posta de lado por pai e mãe quando tiveram que assumir um papel duro e difícil de proteger a todo custo, contraditoriamente mesmo que o custo seja a morte. As paisagens áridas são estonteantes e particularmente familiares a mim e acho que o filme me pegou quando amarrou toda essa aspereza e secura a um personagem tão doce e sensível como Pacu, ou Menino. Ele não desistiu dessa doçura e acima da lealdade que tinha pela própria familia ele foi leal a si e é muito difícil ser corajoso assim como ele foi. Lindo.
A magia desse filme ta essencialmente na poesia visceral em retratar uma realidade que não perdoa os solitários e desamparados, pessoas que por circunstâncias da vida e pela falta de oportunidade não conseguem subverter sua posição social de nenhuma forma que não seja a subjetiva, como se soubessem que estão esmagados pela sociedade “acima” mas em mente e espírito fossem livres e lutassem por essa realidade mais justa e misericordiosa. o mundo fez de tudo para lembrá-los de que são pobres e que não tinham nada, nem as terras prometidas e de direito, nem as condições de obtê-las por fim, e o sonho de se estabelecer, criar raízes, estava muito distante mesmo quando ja tinham seu estandarte fincado no chão. eles tinham coisas para muito além do material e foram personagens aos quais me liguei emocionalmente num ponto de empatizar com cada frase dita e cada perda sofrida. apesar de tudo eles tinham uns aos outros e mesmo nos momentos de separação foi como se um pedaço deles tivesse ficado com o outro. restou à lágrima escorrer o rosto e aos urubus cuidarem do que ficou pra trás pois numa vida como essa parar é morrer e eles sabiam disso.
Acontecem tantas coisas neste filme e é tudo amarrado tão bem que fiquei muito envolvido do início ao fim. Jodie Foster entrega muita técnica e uma paixão incrível, visível na atuação inteira. Interestelar e A chegada foram muito além em suas respectivas propostas, mas depois de beber desta fonte aqui!!
Esse filme realmente me tocou. Os diálogos são muito honestos, sensíveis e bem escritos e as atuações dão verossimilhança incrível ao texto. "Amadurecer é doloroso", disseram, e senti.
A grande viagem narcisista de qualquer ser humano que, por ser humano erra e por errar, se acha o pior humano do mundo. Genial nas sutilezas e nos tapas na cara!
Fiquei profundamente tocado pelas histórias e por suas particularidades, em especial pela MiSo. Todos estão passando por seus perrengues e situações e isso não a impediu de, humildemente, buscar ajuda enquanto também tem algo a oferecer, de palavras carinhosas a uma boa sopa. Um grande problema de hoje em dia são pessoas que cobram dos outros atitudes que não estão aptas/dispostas a oferecer de volta e, por mais que não tenha sido requisitada, quando ela precisou ela também ofereceu. E ao mesmo tempo que ela é humilde e corajosa ao enfrentar sua falta de moradia recorrendo aos amigos de antes (entrando em suas individualidades e sabendo respeitá-las), ela é muito orgulhosa ao não abrir mão de seus prazeres, pois, se o fizer, o que sobra? O título é perfeito e o filme executa a ideia de forma muito linda. Encantado.
Possui cenas tão lindas e marcantes que jamais esquecerei, muito embora seja um filme com clichês inegáveis. É aquele clichê bem vindo, uma mesma história recontada de modo diferente. Amei!
É de cortar o coração. Uma ligação muito bonita, a deles dois. Quando Santiago se torna não só uma memória, como também um sentimento, uma intuição, tive certeza que, embora triste e trágica, essa era uma belíssima história de amor.
Contato
4.1 804 Assista Agoraesse filme mexe comigo de um jeito que não consigo explicar bem, não sei se pela personagem principal e essa interpretação maravilhosa de Jodie Foster, se por todos os apontamentos filosóficos ou se só por ser uma história de perseverança. as câmeras que saem de lugares inesperados e essa sensação do contido nos lembra que tudo que conhecemos e não conhecemos está no mesmo espaço que nós e que “estar sozinho” se torna relativo sob essa perspectiva.
Zona de Interesse
3.6 564 Assista Agorahorripilante e desconfortável de um jeito que saí do cinema enjoado. o poster é perfeito em colocar a grama verde e o momento de lazer sob um céu escuro, como se todos estivessem condenados à ausência de luz pelo resto da vida. muito embora ninguém se incomode ou ao menos note o que está em andamento logo do outro lado do muro, ja lhes estaria corrompida a alma de um céu azul.
Ninguém Vai Te Salvar
3.2 552 Assista AgoraMuito surpreendente o quanto esse filme se aproveita do que há de mais convencional no imaginário extraterreste para se tornar tão bom quanto todos os outros aos quais se assemelha. O suspense é on point e a personagem principal é o ponto alto do roteiro, que aos poucos vai nos dando detalhes do que aconteceu numa narrativa quase sem diálogos. Boa parte do que há de trash e subjetivo é bem vindo e Kaitlyn Dever arrasou demais na interpretação.
Os Rejeitados
4.0 315Tem algo muito aconchegante sobre esse filme que já o torna um clássico de filmes de natal.
Godzilla: Minus One
4.2 186Tanto o ótimo Shin Godzilla quanto o Minus One possuem uma autenticidade que torna essa franquia muito diferente - e superior - à americana principalmente por ligar esse monstro aos traumas que a sociedade japonesa enfrenta após a segunda guerra. Enquanto nos blockbusters dos EUA eles praticamente domesticaram o bicho tornando-o um anti-herói em prol da humanidade (que é mero acessório contextual), aqui os humanos precisam lidar diretamente com Godzilla, um apropriado monstro gigante terrível e implacável, ao mesmo tempo que com seus monstros interiores, causados pela guerra, fome, pobreza, abandono, etc. Texto sagaz e dramático, atuações convincentes e cinematografia muito estilosa. "Minha guerra ainda não acabou" e com isso ele falou por todos os japoneses.
Vidas Passadas
4.2 717 Assista AgoraAbsolutamente tudo nesse filme é sobre amar.
Feitiço da Lua
3.4 203 Assista AgoraMomentos absolutamente icônicos do cinema, "Snap out of it!".
O Mundo Depois de Nós
3.2 879 Assista AgoraDe algum modo a ideia desse filme me pegou e o desenrolar surpreendeu. Direção ousada e roteiro oxigenado, quase num ponto que sufocou tudo.
Terremoto: A Falha de San Andreas
3.0 1,0K Assista AgoraAcaba seguindo aquela fórmula de "O impossível", a saga da família desencontrada após grande catástrofe natural, mas não preciso dizer que não é tão polido e impactante quanto, tampouco a fórmula é bem utilizada. O drama no núcleo dos pais acaba funcionando melhor enquanto o da filha perdida e os boysinho inglês parece um novelão indiano. Aqui sofri com a Alexandra Dadario. A parte científica é num lugar seguro de detalhamento e acaba ficando no plano de fundo, o CGI cuida do resto.
Notícias de Casa
4.1 32 Assista AgoraIlustra muito bem a vida nos vinte e poucos anos todos esses lugares de impermanência, lugares de trânsito, de passagem... tantos nomes e pessoas que você conhece e que se importam e perguntam e tentam se aproximar e tantos anônimos ao mesmo tempo, é um período onde perceber que é mais um no mundo rompe de vez com o que nos segura no passado, e nos acorda e arremessa para o que é mais importante para nossas vidas. Tudo parece não estar parado em um lugar só e nesse movimento brilha uma luz, para sair e ver e voltar para entender o que viu ou as vezes não voltar de jeito nenhum e fazer desses nossos entendimentos e dessas nossas escolhas quem a gente quer realmente ser. É um filme onde todas as imagens são protagonistas, todos os sons e cada palavra de todas as cartas. Vai ficar comigo por um tempo.
Beau Tem Medo
3.2 402 Assista Agoraesse fermenta na cabeça…
O Homem Com As Respostas
3.5 47bem sensível. é difícil se perceber no mesmo lugar. cair a ficha que talvez esteja mesmo acomodado, talvez tudo tá dando errado pq o erro tá aqui, que talvez esteja na hora de mudar. acontece de uma mudança ir puxando a outra e quando voce percebe ja tá todo mudado até que o processo recomece, as vezes em pontos que vc nunca visitou ou em outros que ja tinha passado antes. assim vai sendo até que esteja resolvido, e resolver é saber deixar pra trás. ninguém tem as respostas pra nada, mas “você conhece melhor alguém pelas perguntas que faz”. achei bonito Mathias fazendo perguntas a ele e ele se perguntando se tudo aquilo fazia sentido. e acabou que na estrada que eles percorreram cada curva revelou uma nova paisagem e assim é a vida.
Abril Despedaçado
4.2 673Uma fábula sertaneja sobre inocência, honra familiar e lealdade, onde a geografia não só é cenário como personagem. As atuações são viscerais, em especial da família Breves, e quando vemos naquela cena-afago em que a corda do balanço se rompe, eles se permitindo desabrochar numa gargalhada mesmo sob tamanha tragédia, brilha uma humanidade que tantas vezes foi posta em cheque, e que tanto foi posta de lado por pai e mãe quando tiveram que assumir um papel duro e difícil de proteger a todo custo, contraditoriamente mesmo que o custo seja a morte. As paisagens áridas são estonteantes e particularmente familiares a mim e acho que o filme me pegou quando amarrou toda essa aspereza e secura a um personagem tão doce e sensível como Pacu, ou Menino. Ele não desistiu dessa doçura e acima da lealdade que tinha pela própria familia ele foi leal a si e é muito difícil ser corajoso assim como ele foi. Lindo.
Os Reis do Mundo
3.5 21 Assista AgoraA magia desse filme ta essencialmente na poesia visceral em retratar uma realidade que não perdoa os solitários e desamparados, pessoas que por circunstâncias da vida e pela falta de oportunidade não conseguem subverter sua posição social de nenhuma forma que não seja a subjetiva, como se soubessem que estão esmagados pela sociedade “acima” mas em mente e espírito fossem livres e lutassem por essa realidade mais justa e misericordiosa. o mundo fez de tudo para lembrá-los de que são pobres e que não tinham nada, nem as terras prometidas e de direito, nem as condições de obtê-las por fim, e o sonho de se estabelecer, criar raízes, estava muito distante mesmo quando ja tinham seu estandarte fincado no chão. eles tinham coisas para muito além do material e foram personagens aos quais me liguei emocionalmente num ponto de empatizar com cada frase dita e cada perda sofrida. apesar de tudo eles tinham uns aos outros e mesmo nos momentos de separação foi como se um pedaço deles tivesse ficado com o outro. restou à lágrima escorrer o rosto e aos urubus cuidarem do que ficou pra trás pois numa vida como essa parar é morrer e eles sabiam disso.
Hellraiser: Renascido do Inferno
3.5 858 Assista Agoracronenberg deve amar esse
Marte Um
4.1 297 Assista AgoraMarte um e a missão de ir embora. Sensível e honesto do começo ao fim.
Contato
4.1 804 Assista AgoraAcontecem tantas coisas neste filme e é tudo amarrado tão bem que fiquei muito envolvido do início ao fim. Jodie Foster entrega muita técnica e uma paixão incrível, visível na atuação inteira. Interestelar e A chegada foram muito além em suas respectivas propostas, mas depois de beber desta fonte aqui!!
Cha Cha Real Smooth - O Próximo Passo
3.8 75 Assista AgoraEsse filme realmente me tocou. Os diálogos são muito honestos, sensíveis e bem escritos e as atuações dão verossimilhança incrível ao texto. "Amadurecer é doloroso", disseram, e senti.
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 599 Assista AgoraA grande viagem narcisista de qualquer ser humano que, por ser humano erra e por errar, se acha o pior humano do mundo. Genial nas sutilezas e nos tapas na cara!
Microhabitat
4.2 75Fiquei profundamente tocado pelas histórias e por suas particularidades, em especial pela MiSo. Todos estão passando por seus perrengues e situações e isso não a impediu de, humildemente, buscar ajuda enquanto também tem algo a oferecer, de palavras carinhosas a uma boa sopa. Um grande problema de hoje em dia são pessoas que cobram dos outros atitudes que não estão aptas/dispostas a oferecer de volta e, por mais que não tenha sido requisitada, quando ela precisou ela também ofereceu. E ao mesmo tempo que ela é humilde e corajosa ao enfrentar sua falta de moradia recorrendo aos amigos de antes (entrando em suas individualidades e sabendo respeitá-las), ela é muito orgulhosa ao não abrir mão de seus prazeres, pois, se o fizer, o que sobra? O título é perfeito e o filme executa a ideia de forma muito linda. Encantado.
No Ritmo do Coração
4.1 749 Assista AgoraPossui cenas tão lindas e marcantes que jamais esquecerei, muito embora seja um filme com clichês inegáveis. É aquele clichê bem vindo, uma mesma história recontada de modo diferente. Amei!
Pink Narcissus
3.6 44Uma viagem erótica e instigante à fonte do desejo em nossos próprios corpos.
Contra Corrente
4.0 408É de cortar o coração. Uma ligação muito bonita, a deles dois. Quando Santiago se torna não só uma memória, como também um sentimento, uma intuição, tive certeza que, embora triste e trágica, essa era uma belíssima história de amor.
O Som do Silêncio
4.1 984 Assista AgoraO silêncio é tão bonito as vezes <3