Tribo de índios Homem Aranha Peruano, Vilão Homem Aranha, num filme do universo do Homem Arranha, onde o Homem Aranha não existe. Parece piada, meme, mas é real. Esse é a "Madame Teia".
A Sony, parece que está zuando com o universo do Aranha, "Morbius, Venom, Venom: Tempo de Carnificina" e agora esse "Madame Teia". Parece até que eles tem um projeto de destruir todo universo do Aranha, enquanto eles forem donos dos direitos, porque é foda. É muita incompetência, muita incapacidade e muita falta de talento, fazer tanto filmes ruins assim, não é normal. Acho que é de propósito.
A melhor coisa que tem nesse filme é a Dakota Johnson vivendo a personagem, que no gibi é mais véia que a May Parker. Rejuvenescer a bichinha foi uma grande sacada, porque colocaria a personagem na pista de novo, mas foi só isso. Acho que o site GPT, quando fez o roteiro estava conversando com um Chimpanzé, porque o resto do roteiro é um desastre.
O filme deveria chamar Madame Paramédica, porque a história se passa quase que toda dentro de uma ambulância. São três adolescentes chatas, enchendo saco, fazendo merda, sendo protegida pela Madame Paramédica quase que o filme inteiro. As heroínas mostradas no trailer não existem no filme. Foi fake, foi um mentira braba pra pegar o publico feminino e os fãs da Marvel me geral. As Spider Girls nem poderes tem, elas só ficam discutindo por causa de comida. E Mano, dançar "Toxic" da Britney Spears em cima da mesa numa lanchonete foi de matar a veia feminina de qualquer um. Se fosse num outro filme, onde tivesse um puteiro, eu entenderia, beleza, elas estariam trabalhando, Mas fazer isso, num Burger King de estrada, foi ridículo.
Eu pensei que teria alguma coisa do Aranhaverso, mas foi pura ilusão. Não teve nada, a história não teve nada, os personagens não serviram pra nada, e as cenas provam isso o tempo todo. E pior, os furos na história, as soluções criativas, foram das mais bizarras que eu já vi num filme de super heróis.
A Cassandra Webb, dirigindo um taxi roubado por Nova York, sem ser localizada pela empresa, depois ela sendo procurada pela policia, viajou direto pro Peru sem ser reconhecida no aeroporto, foi pros confins da floresta amazônica, tendo uma foto de um rio como referencia onde a mãe esteve anos atrás, e de forma milagrosa encontrou o lugar. isso um feito que nem o Tarzan conseguiria.
Tem as cenas das Spider Girls, ou melhor, das adolescentes que estão escondidas do super vilão Ezekiel (Tahar Rahim) e sua ajudante nerd de computador, na casa de Ben Parker (Adam Scott (olha o nome)) amigo da Cassandra, que tem sua esposa gravida, onde ela entra em trabalho de parto. E de uma forma inteligentíssima, lógica, brilhante, mágica, mediúnica, esotérica, espiritual, útil, fantástica, prestativa, vão juntas, as três, no carro do marido, levar a gestante para o hospital. Ufa... Imagina se ele não fosse um paramédico.
Sei que a lista é grande, mas falam que "Madame Teia" é o pior filme de super heróis já feito. Eu não acredito, não sei se supera "As Marvels", mas vai pra lista dos piores, junto com "Morbius, Thor: Amor e Trovão, Motoqueiro Fantasma 2, Quarteto Fantástico (2015), Venom 1 e 2, Shazam 1 e 2, Flash, Os Novos Mutantes, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, X-Men: Fênix Negra, Aves de Rapina".
Ver a diretora S.J. Clarkson, dar as desculpas que deu para justificar o fracasso nas bilheterias, foi ridículo. Isso é uma puta covardia, uma falta de maturidade profissional em saber lhe dar com problemas. O filme é muito ruim, história, personagens, cenas, tudo. E o publico teve razão em dizer porque.
Não sei até onde vai essa incapacidade profissional, essa falta de talento e criatividade em fazer filmes de super heróis hoje. Não sei se é só a lacração, os wokes, as guerra dos cinemas com os streamings, politica, ideologia que afundaram o genero.
Tem muita "Madame Teia, Morbios, As Marvels e Quantumania", em todos os gêneros, nos cinemas e stremings, hoje em dia.
O roteiro é escrito por algum aluno nota 10 do ENEM que passou no teste de redação, a produção foi realizadas nessas oficinas de cultural de domingo, que cedem espaço para o desenvolvimento da cultura e arte, a cenografia é toda comprada na promoção de sábado da Leroy Merlin, os figurinos foram feitos pelas tias costureiras da Escola de Samba paulista, "Colorado do Brás" que foi rebaixada o ano passado pro grupo de acesso é verdade, mas são costuras de uma escola de samba! As maquiagem e as mascaras foram feitas para um baile de Halloween da Zona Leste de Sampa, e que foram doados com muito carinho pelos participantes para que o filme fosse feito. Lindo...
A direção é da Nia DaCosta, mesmo. Woww. Gênia.
E o elenco então? É um arraso! Brie Larson, Iman Vellani, Teyonah Parris, Lashana Lynch e Samuel L. Jackson. ´
A Brie Larson é uma atriz oscarizada! Como o Jacob Tremblay, não foi indicado como melhor ator no filme "O Quarto de Jack", ela foi no seu lugar e ganhou o Oscar nas costas do bichinho! Por que não? Jacob teve uma atuação brilhante no filme! E a Brie Larson, mereceria outro premio pela sua incrível performance de Capitã Marvel Manequim de Lojas de Roupas do Braz, e vestuário masculino e feminino. Foi fantástico!! Ela tem a mesma expressão sempre!! Talento puro! É só ficar parada e deixar texto rolar. As tias do Bráz poderiam usar ela, na confecção!
E a Iman Vellani (Kamala Khan/Ms. Marvel)? Foi o orgulho das personagens genéricas das séries e filmes da Netfilx! Onde tem aquelas amigas chatas com meia fala que você preferia que fosse muda, mas que aqui desenvolve a chatice que é uma beleza.
A Monica Rambeau tem 36 anos, mas ilude a gente de forma inacreditável, com sua Teyonah Parris, personagem de 20? Não lembro, a atuação magnifica da Zawe Ashton, me tirou toda atenção! Não dá pra imaginar uma vilã melhor! Roupas inspiradíssimas, Um uniforme de carpete de leitura mediúnica, bracelete de plástico, cabelo, unha e pé, feitos na Creusa, aqui do meu bairro e acho que de todos os bairros do Brasil. Porque toda cidade, bairro e rua, tem uma Creusa que mexe com unha. Aquele cabelo dela de X-Men, foi revolucionário... E a arregalada de olho dela??? Um zóio de bomba desse deveria levar prêmio da indústria oftalmológica! Imagina você, abrindo uma ótica e colocar um banner da Zawe Ashton com sua Dar-Benn, com aquele zóião? As lentes venderiam mais que alface na feira!
#Acuvue Oasys com Hydraclear Plus - by Teyonah Parris.
Samuel L. Jackson estava Samuel L. Jackson como sempre, mas nesse filme ele estava meio cansado, não sei, tipo "O que eu estou fazendo aqui, senhor?"
O filme tem cenas fantásticas! A noite de pijama da Capitã Marvel, Mis Marvel e a Monica Rambeau, pulando corda na espaçonave foi magico. E batalha delas salvando da extinção, a torcida da Palmeiras do outro planeta? Foi incrível! Teyonah Parris com os olhos arregalado, cabelo da Creusa e marreta da Mattel, foi a cena de super herói do ano! E as cenas dos gatos? Aquilo que eu chamo de criatividade! Tipo, o Goose deu cria, mas o filme não mostra quem comeu ele, mas ele bota ovo de alien, talvez isso prove que ele não tem um genero definido. Mas nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, supera as cenas do planeta Aladna...
Sério Mano, a Nia DaCosta devera ter um musical na Broadway por causa desses cenas. Tipo um "Cats 2", pra ela encarrar. Porque foi inspirador! O Tom Hooper ficaria orgulhoso demais com ela. O estilo é Disney, mas a intensão me lembrou as melhores coisas, o último sanguinho, a ultima gota do caldo Maggi de inspiração e talento de filmes como:
Morbius, Thor: Amor e Trovão, Motoqueiro Fantasma 2, Quarteto Fantástico (2015), Venom 1 e 2, Shazam 1 e 2, Madame Teia, Flash, Os Novos Mutantes, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, X-Men: Fênix Negra, Aves de Rapina: Arlequina... Só filmão!!
E os trabalhos de computação gráfica? O CGI do filme? Quem precisa da ILM, Cinesite, Weta Digital, Rhythm and Hues, Image Engine e Framestore, se o Site GPT, faz tudo isso. E de graça? A Nia DaCosta é ou não é, uma gênia? Imagina como o estudio não ficou feliz com ela?
A luta final foi épica! Os "Vingadores: Ultimato" ficou nas chinelas com o espetacular final que "As Marvels', teve! Que luta! Que batalha!! Da mesma forma que copiaram "Matrix", com certeza vão copiar as "As Marvels"!
"As Marvels" é uma obra prima, uma obra de arte, um película que vai inspirar o cinema pelos próximos 20 anos. O filme da Nia DaCosta, rompeu as barreiras do som, do mar e da luz, com uma estória antológica, cenas inacreditáveis de ação, efeitos sensacionais e atuações dignas de Oscar. A diretora estava inspirada demais, acho que ela estava no Nirvana, no ecstasy, nas estrelas, pra fazer um filme desse!
E não vem xingar não!! "As Marvels" é um trabalho de escola! Talvez o maior trabalho de escola já feito nos cinemas! Merece mais respeito! Todo respeito! Não qualquer ano que sai um filme desse! Foi histórico...
Carol Danvers, Monica Rambeau, Kamala Khan e Dar-Benn. Tamo juntos!! ✊💜
Esposa em coma, Pais & Filhos e um terrenão na praia. Na levada leve e de quem não quer nada, Alexander Payne leva a gente no paraíso do Havaí em "Os Descendentes". Mas logo no começo, George Clooney com seu Matt King, já tira essa ilusão de alegria eterna nessa ilha que parece um sonho.
O diretor de "Sideways, Nebraska e Os Rejeitados", sabe tratar as relações humanas, com seus dramas e tristezas, de uma forma leve e bem humorada. Mesmo vivendo um casamento desgastado e infeliz, Matt King sofre depois que sua esposa se acidentou nas águas desse paraíso, entrando num coma profundo e que agora não teria mais volta. Como toda crise conjugal se estende paras família em questão, os Kings não eram diferentes. Scottie King (Amara Miller), vivia sendo a garota problema na escola e Alexandra (Shailene Woodley), nem em casa mais morava.
Você percebe a relação quase destruída da família, percebe que o pai queria criar forças para o momento difícil, mas entende que tudo estava errado entre eles. O acidente com a esposa, era mais um, pois já existia um na vida deles. Os erros e as ilusões, fazem parte dos paraísos terrestres e Havaí não seria diferente. E Alexander Payne foca toda drama da família praticamente deixando de lado, as belezas naturais da ilha, coisa que é só mostrada nas cenas sobre o terrenão do Matt e a tensão entre os familiares que lucrariam com isso.
George Clooney tem uma boa atuação, ele passa a sofrência de viver o pai distante, com as filhas bocudas e que não o respeita, a família da esposa toda nervosa com a situação, o povo querendo que e assine a papelada pra venda do terrão havaiano. Tem a ascensão da Shailene Woodley vivendo a filha mais velha Alexandra. a garota manda muito bem no papel. Amara Miller é o alivio cômico da família com sua Scottie, junto com o amigo sem noção Sid (Nick Krause). O elenco ainda conta com Judy Greer, Matthew Lillard, Robert Forster e Beau Bridges.
"Os Descendentes" é um filme leve, mas que carrega emoções fortes em sua história, e que traz um significado simples em seu drama. É um filme que parece que tem um enredo simples, agridoce, mas que tem as suas amarguras, em situações comuns de qualquer família. É a ilha mesmo, H.A.W.A.Í. que faz a gente achar que essas coisas não existem pra quem mora num lugar onde todos vão tirar férias.
Trauma, 11 de Setembro e suas marcas. "Tão Forte e Tão Perto" conta uma história de perda e aventura, onde uma criança vai até as ultimas consequências para desvendar pequenos enigmas deixado pelo pai.
Dirigido por Stephen Daldry e estrelado por Tom Hanks, Sandra Bullock, Max von Sydow, Viola Davis, John Goodman, Jeffrey Wright e Thomas Horn, o filme mostra a difícil superação de Oskar Schell, personagem incrível do jovem Thomas Horn, que em meio a uma intensa dor, vai em descobrir os mistérios de uma chave antiga, em busca de um legado imaginário deixado pelo pai, sobre um bairro perdido na cidade de Nova York.
A tragédia dos atentados do World Trade Center é presente no filme todo em flash backs fragmentados em lembranças dos personagens, o mistério doloroso da perda de Oskar, trás na sua jornada, um desespero angustiante de uma criança, que explode em algumas partes do filme como bombas, mas que segue quase contida durante todo filme. Ver a rara inteligência do garoto, direcionada brilhantemente de forma matemática e artística, detalhada em mapas e conversações adultas, fascina e assusta, por ter sido exposta, em meio a tanta dor.
Thomas Horn tem daquelas atuações que faziam a carreira de ator mirim por toda uma vida toda. A história tem um foco total em seu personagem Oskar Schell, e esse jovem ator superou todas minhas expectativas com sua atuação. Não era uma criança comum, Thomas Horn trouxe para Oskar, uma criança com um Q.I. acima do normal, hiperativa, um algum grau de altíssimo, com personalidade forte e pura. Por mais que Oskar pareça ser uma criança adultinha, ela é ainda uma criança. Uma criança que precisa da mãe e do pai, mas a perda mostrou de forma explicita, as dores e os traumas que os pequenos levam com eles, mas que ninguém vê.
A jornada de Oskar, foi quase a de um Hobbit na Terra Média. Sozinho em Nova York ele tenta descobrir os mistérios da chave, mas encontra no misterioso e mudo avô, um ajudante mas suas andanças. E o foda, é que um é mudo e o outro engoliu um papagaio. Cê é loco, o muleque não para de falar um minuto rsrsrs... Mas o que impressiona, são que suas conversas parecem de adulto, mas as suas ações não abandonam a pureza de sua idade.
A direção de Stephen Daldry, explora de forma magnifica o universo de Oskar, sempre de forma cautelosa, mostrando suas dores e feridas, num primeiro plano, como se as lentes de sua câmera fossem os olhos de outra criança. O filme não busca julgamentos de pai, mãe, avô e conhecidos, a história busca mostrar o ângulo enxergado por elas, como se o mundo fosse feito do elas acham que são.
O filme tem momentos marcantes, dramáticos e dolorosos, principalmente quando Oskar vai revelando as gravações da secretária eletrônica do pai, os surtos com a mãe, o desfecho final da chave e a explosão de dor e tristeza pela a revelação de tudo. Mas os momentos não foram só de dor e tristeza, quando a mãe revela pro filho o seu papel em sua jornada, você entende porque mãe é mãe. Sandra Bullock é foda!
"Tão Forte e Tão Perto" é uma jornada infantil diferente, parece uma busca adulta, mas que é feita por uma criança. É uma busca desesperada por um adeus de uma pai que nunca chega, mas que mostra em seu final, o inicio de uma incrível superação, que não foi só dele, mas de muita gente que ele conheceu em sua aventura.
Drama, traições, conspirações, like. David Fincher transformou a criação de um App, num dos maiores clássico dos anos 2010. "A Rede Social" parecia ser um filme inútil, sobre um nerd inteligente, chato e irritante, que ficou bilionário inventando um tal de Facebook, um diacho que eu nem tinha na época, que demorou 7 anos pra mim ter e que encerrei a conta tem um ano, depois das checagens de conteúdo, com suas curiosas mensagens de vídeos, fotos, reportagens que segundo moderação da pagina, estavam fora de contesto...
Na época os sites de criticas, falavam que o filme era tecnicamente perfeito, com roteiro, direção, trilha, edição e atuações incríveis, sendo o filme do ano, que ganharia o Oscar fácil. Isso me levou pro cinema e realmente o filme era genial. Jesse Eisenberg (Mark Zuckerberg), deveria ser brasileiro e nordestino, porque o bicho parece um repentista. Cê é loco! Nem assistindo trocentas vezes esse filme, eu consegui acompanhar as legendas, o cara é uma metralhadora vocal.
E Jesse destruiu o filme! Pros nerds dos anos 2000, ele soube representar a categoria. A atuação dele foi magnifica. E não sei de quem foi a ideia, mas não transformar Mark Zuckerberg num super herói, foi inteligentíssimo. Todo mundo faz merda na infância e adolescência, não foi caso dele, mas fazer comparações entre mulheres, tipo: Feia x Bonita. Gostosa x Gorda. Como x Não Como. Acredito que todo mundo nesse planeta, numa roda de amigos, já tenha feito isso. No esquema "Morreu Aqui!" E não jogando na internet pro mundo inteiro saber.
Além da direção magnifica do David Fincher, um dos triunfos do filme, foi a inteligente edição e montagem da história, que mostra os bastidores da criação do Facebook. com uma trama envolve disputas judiciais intensas, lavagem pesada de roupa suja, e bilhões e bilhões de dólares em jogo. Sendo que tudo isso aconteceu após uma discussão com sua namorada, onde ele decide se vingar criando um site de comparação de mulheres chamado Facemash.
Além de Jesse Eisenberg, o elenco conta com Andrew Garfield vivendo Eduardo Saverin, o loco do Armie Hammer com dois personagens Cameron e Tyler Winklevoss, Justin Timberlake na pele de Sean Parker, o co-fundador do Napster e Rooney Mara, a ex...
Mais de dez anos depois, "A Rede Social" se firma como um dos melhores filmes da década, o melhor do Jesse Eisenberg até hoje e mais um filmaço do David Fincher. Grande filme!
P.S.: Oscar 2011. Indicados ao prêmio de Melhor filme
Cisne Negro O Vencedor A Origem O Discurso do Rei A Rede Social Minhas Mães e meu Pai Toy Story 3 127 Horas Bravura Indômita Inverno da Alma
Morte, luto, perda, canos entupidos e reconciliação. Com aquela cara de quem não quer nada, Casey Affleck, leva a gente não pra beira do mar, mas pras profundezas dele, com seu infeliz Lee Chandler, um homem destruído por uma tragédia familiar.
Dirigido por Kenneth Lonergan, o filme retrata a história de Lee, um homem que se vê forçado a retornar à sua cidade natal, após a morte de seu irmão. E tendo assim que confrotar com o passado triste que ele tinha deixado pra trás, e com uma responsabilidade inesperada de cuidar de seu sobrinho.
O filme mostra Lee, um homem infeliz, que vive num mar de amargura, em que ele vivia afogando em si mesmo, relembrado fatos, mas que agora reencontrava as pessoas que estiveram nos dias mais difíceis de sua vida.
Num primeiro plano, o filme mostra a vida difícil de Lee, sendo quase uma punição imposta por ele, mesmo. E ao rever os amigos e parentes, o desconforto doía até na gente, que eu não sabia os porquês toda daquela situação, coisa que o filme foi contando na hora certa.
Casey Affleck nunca me impressionou como ator, ele tem aquela cara engessada, com olho de peixe morto em todos filmes que faz, mas ele acabou sendo o ator errado no filme certo. E não deu outra, ele comeu o personagem, tendo um atuação impecável, parecendo que o papel foi feito pra ele. O elenco conta ainda com Lucas Hedges vivendo Patrick, o sobrinho que ficou órfão de pai e tinha que se acostumar com a tutela do tio distante, difícil e amargo, Michelle Williams vivendo Randi, sua ex esposa, que tentava sobreviver com após a tragédia vivida pelos dois, e Kyle Chandler, Matthew Broderick e Gretchen Mol, galera que se deu bem em cena.
A história triste é cortada por flash backs, que ajudam a montar os fatos ocorridos na vida de Lee, ao mesmo tempo que o drama vivido por ele e pelo sobrinho, vai corroendo a gente com momentos difíceis e dolorosos, que vão se ressignificando na medida que o filme chega no final. A direção de Lonergan foi muito habilidosa ao saber explorar as emoções dos personagens e os dilemas que eles enfrentavam. A fotografia gelada e a trilha sonora complementam a atmosfera melancólica e reflexiva da obra.
"Manchester à Beira-Mar" é um filme intenso, um drama pesado, cheio de emoções, que mostram um lado da face dolorosa da vida humana, mas que também sabe mostrar o lado da beleza que existe em superar e continuar com tudo.
Quem era Nina? O Cisne Negro? O Cisne Branco? A filhinha da mamãe? A princesinha? Eu não sei. Nina parecia ser um saco vazio, sem alma. Todos dominavam ela. A mãe, o professor, o Cisne Branco, o Cisne Negro, a amiga rival, a outra é a outra... Quem era ela? Era impressionante quando o Cisne Negro possuiu Nina, mas por quê? Por quê o Cisne Negro demorou tanto pra possuí-la? O Cisne Negro representava tudo aquilo que ela amava, sonhava e desejava, mas era negado por ela. E quando ela passou a se aceitar, o Cisne Negro interior dela deu o bote. Ela era a filha da mamãe, a garota certinha, educada, a virgem, a aluna esforçada. Mas por dentro, Nina não queria só isso não, ela sonhava em ser o contrário. Ser ela. Ela só conseguir ser o Cisne Negro quando se aceitou. Acredito que ela jamais aceitava sua sexualidade. Nina era bissexual. E só depois dela ter saído com sua amiga e feito sexo com ela em casa, foi que ela conseguiu se encontrar. Mas e a demência dela? Por que essa pressão levou Nina a loucura? Eu não sei! Se soubesse eu jogava na Mega Sena, acertava as seis dezenas, ficava rico e comia Cisne Branco, Negra, Azul toda semana ouvindo Tchaikovski. Mas acredito que patologia dela vinha de sua família, porque sua mãe tinha problemas mentais. E ela foi criada de uma forma bem estranha, ela parecia um bebê. Seu quarto tinha uma porta sem chave e era cheio de bichos de pelúcia, tudo rosinha e cheio de renda. A mãe acordava ela, dava café, almoço e até banho. E depois do balé punha a garota pra dormir ao som da caixinha musical. Nina era o Cisne Branco, criada a imagem e semelhança da mãe e seus sonhos perdidos... Eu acho que ela nunca tocou um siririca na vida, nunca chutou uma rola e nunca deu o briocô pra ninguém. Por isso ela era o Cisne Branco. O professor dela tinha razão em mandar ela se tocar e casa. Para ter o papel da rainha a garota tinha que ser uma mulher que conhece a vida! Uma mulher que sabe ser a santa dona da casa, mas a prostituta do inferno na cama. O bem e o mal ali na Palma das mas e na ponta dos pés. E na minha opinião o surto psicótico dela já acontecia antes e de forma diferente. Aquelas coceira delas já mostra um pouco disso e a presença de pessoas que ela considerava rivais, por elas serem normais, Cisne Branco e Negro ao mesmo tempo e ela não. Esse filme do Darren é muito foda. Tem tantas explicações, tantos significados que só saindo do impacto fantástico da obra é que eu consegui pensar um pouco mais sobre tudo.
"Pensa que não entendo? O inútil sonho de ser. Não parecer, mas ser. Estar alerta em todos os momentos. A luta: o que você é com os outros e o que você realmente é. Um sentimento de vertigem e a constante fome de finalmente ser exposta. Ser vista por dentro, cortada... até mesmo eliminada. Cada tom de voz, uma mentira. Cada gesto, falso. Cada sorriso, uma careta. Cometer suicídio? Nem pensar. Você não faz coisas deste gênero. Mas pode se recusar a se mover e ficar em silêncio. Então, pelo menos, não está mentindo. Você pode se fechar, se fechar para o mundo. Então não tem que interpretar papéis...fazer caras, gestos falsos. Acreditaria que sim mas a realidade é diabólica. Seu esconderijo não é a prova d'água. A vida engana em todos os aspectos. Você é forçada a reagir. Ninguém pergunta se é real ou não, se é sincera ou mentirosa. Isso só é importante no teatro. Talvez nem nele. Entendo por que não fala, por que não se movimenta. Sua apatia se tornou um papel fantástico. Entendo e admiro você. Acho que deveria representar este papel até o fim, até que não seja mais interessante. Então pode esquecer como esquece seus papéis."
Persona (1966) Ingmar Bergman
Enquanto eu assistia "Cisne Negro", eu me lembrava de "Persona", que o Ingmar Bergman dirigiu em 1966 e dessa sua fala antológica. Quando a enfermeira que não por acaso se chama Alma dá uma espécie de diagnóstico a Elisabeth, uma atriz de teatro, que durante a apresentação da peça "Electra", de Eurípedes, fica muda, e assim passa a viver, em silêncio diante de tudo, em atos medíocres, gestos minimalistas, sem nenhuma doença visível. O tempo todo a Nina do Darren me lembrava a Elisabeth do Bergman. Nina foi afogada pelos desejos e anseios fracassados da mãe e dos seus bloqueios psicológicos e emocionais, que na disputa e nos ensaios do Lago Do Cisne a pressão de ser a Rainha com sua complexa dualidade, explodiu sua zona de conforto rápido demais, fazendo com que ela literalmente enlouquecesse. As cenas em que isso acontecem são magnificas e vão desconstruindo toda realidade que a gente era conduzido a acreditar.
A atuação da Natalie Portman foi antológica, ela realmente deu a vida na personagem, emagreceu mais de 9 kg, treinava 5 hrs dia, tendo diversas lesões no corpo devido aos ensaios, mas nesse caso o resultado foi diversos prêmios incluindo o merecido Oscar de melhor atriz. No elenco tem Vincent Cassel, Mila Kunis, Barbara Hershey e Winona Ryder. O filme tem figurinos bárbaros, onde misturavam efeitos de computação gráfica muito bem aplicados nas cenas do balé e naquele efeito pele de frango no corpo da Nina. O espelho foi muito usado e de forma inteligente deu ao filme mais ênfase ao tema abordado no filme. O filme tem cenas inesquecíveis, diálogos fantásticos e reviravoltas que estão nadinha mente até hoje. As cena finais eu fiquei sem ar. É aquele tipo de sequência que você perde o chão a cada frame, no último ato, ao som foda de Tchaikovski, no salto você ouve da bica da Nina o motivo de sua demência: "Perfeito".
Que era Nina? O Cisne Negro? O Cisne Branco? A filhinha da mamãe? A princesinha? Eu não sei. Mas ela morreu? Aquilo foi real? A mãe dela na assistindo, as rivais e a Lily dando os parabéns, o diretor extasiado, a apoteose da público, aquele monte de luz... Pra mim não, não foi real. Obra Prima.
Família é foda. Se elas não tivessem problema, ninguém teria uma. Não tem explicação a loucura que é cada uma. Mas uma coisa é certa, todo mundo merece a que tem! Gabriel Basso sobreviveu a sua! Venceu na vida. Ex-Mariner, recém formado em direito, casado, esposa linda, estava na marca do pênalti para conseguir um emprego novo, quando recebe um telefonema do Passado te Condena, pedindo ajuda e chamando ele pra casa.
Como memórias quebradas, "Era Uma Vez um Sonho" vai relembrando os momentos conturbados que ele viveu com a mãe, a formação oitentista Havaiana que ele teve com a vó, e histórias e histórias, de gente que preferiu um forte abraço de "Tamo junto", do que um "Adeus" de aperto de mão.
Gabriel Basso é era santo, e muito menos vitima. A mãe dele era drogada, barraqueira e mulherenga, triste, mas era mãe. Xingar ela de puta e deixar os outros tirar uma. Não pode. E ele tinha muito dela e poderia ser pior se não fosse sua vó. Véia foda, pica, faca na bota, sangue no zóio, tudo! A mulher sabia como viver a vida. Ela sabia a diferença do certo e do errado, mas tinha a sabedoria de saber mais as necessidades e facilidades dos dois.
Ron Howard dirige o filme com muita competência, naquele estilo clássico dele, numa pega oitentista leve que ele manja muito. A história tem um peso dramático brabo, mas ele gênio que é, vai quebrando as maldades desse povo, em situações difíceis, em problemas de família apenas, em vez de pregar todos eles na cruz. E isso fez toda diferença! Porque "Era Uma Vez um Sonho" é baseado numa história real, mas quantas histórias parecidas com essas, não vem a nossa mente durante o filme e quando ele acaba.
Amy Adams (Mãe) e Glenn Close (Véia), deram um show no filme, ficando irreconhecíveis nos seus personagens, e por mais que o jovem Gabriel Basso (Owen Asztalos), andasse o filme todo, a história e o sentido de tudo, estava na mãe problemática e na vó, ancora e base da família.
Tem cenas ótimas, barracos marcantes, Haley Bennett e Freida Pinto no elenco, numa história muito bem representada e dirigida. Grande acerto da Netflix.
Prece para os mortos. "Réquiem para um Sonho", Tragédia de Darren Aronofsky, uma ópera moderna sem canto, que mostra corpos, mentes e almas em agonia, numa busca desesperada de viver seus sonhos. Sonhos humanos cheio de ilusões, de erros e maldades, sonhos que morrem com o veneno de sua própria matéria, se tornando um pesadelo antes do próprio fim.
Harry Goldfarb, Tyrone C. Love e Marion Silver, são jovens que vivem na boca da noite, se divertindo, imaginando uma via boa, cheia de grana e curtição. Eles sonham, mas eles são nóias, drogados, viciados em heroína, ou qualquer coisa que faça brisa. Vagabundos típico, que roubam o que pode para manter seus vícios, na história clássica do filho que rouba até a mãe pra comprar drogas. Vícios...
Sara Goldfarb tem um filho assim. Harry, um nóia, um vida loca, que vive de beco em beco, jogando a morte nas veias, antecipando a “missas de réquiem” para si mesmo. Ele e Tyrone, um amigo marcado por drama materno, de raça e de vida pobre. Harry namora Marion, garota bem de vida, problemática, que passa em divã, que é viciada, nóia, daquelas capazes de qualquer coisa pra manter seu vicio. Sara Goldfarb tem um filho viciado, mas ela também tem seus vícios. TV, o "Tappy Tibbons Show".
Harry, Tyrone, Marion, jovens, amigos, amantes, viciados e sonhadores. Que resolvem juntar tudo, num incrível negócio, "Ser traficantes". Uau... Foda essa geração 2000! Eles investem, se dedicam e lutam arduamente para manter seus sonhos. Mas a brisa loca que sai da boca da noite é incerta, é errada. Traficante não pode ser viciado, como a cobra não pode beber do seu veneno. Veneno este, que Sara Goldfarb recebeu como remédio, como cura.
Nesse palco de Aronofsky, o horror, a agonia e a loucura, mostra a queda abismal dos sonhos para o pesadelo, da alegria para a miséria, da vida para uma quase morte. É pesadíssimo! Dos furtos leves do filho para a mãe, a vida viciada feliz, dinheiro, vestido vermelho, TV nova, amigas tomando sol, o filme tira todo glamour moderno, mostrando a foça imunda que os viciados vivem quando o vicio chama e a droga acaba.
Jared Leto, Marlon Wayans, Jennifer Connelly, Ellen Burstyn, levam seus personagens ao inferno, aos horrores do mundo dos drogados, lugar onde as drogas viraram deuses, e que seus fieis viciados fazem suas preces mórbidas em suas veias.
A atuação desse quadrúpede de atores é magnifica! Ellen Burstyn com sua Sara Goldfarb, faz você perde o chão e a razão, pelas coisas que acontecem com ela. Ela era uma mulher infeliz, depressiva, viciada no Tappy Tibbons Show, mas na medida do possível, ela estava bem. O que quebra a gente, foi o médico filha da puta ter passado um remédio que vicia. Coisa que desgraçou a vida dela, diferente do trio agulha Harry, Tyrone e Marion, que eram uma bomba relógio que explodiria a qualquer momento.
Essas quatro estações de Aronofsky, no ultimo ato, no "Inverno", as cenas finais foram um dos momentos mais alarmantes da história do cinema em todos os tempos. O filme entra numa agonia, num desespero, onde o horror toma conta de cenas dos personagens, mostrando cada sonho sendo destruído e virando um pesadelo real, infernal e tenebroso do mundo, onde as drogas fazem as pessoas desaparecerem, fazem elas vivarem coisas piores que sombras e zumbis, viciados viram sub gente, uma espécie de escravos de tudo, seres que rastejam para longe se si mesmo e de sua humanidade.
São pouco mais de 20 minutos, que viram uma eternidade na nossa frente. São momentos que marcam a gente pro resto da vida. Num desfecho que destrói qualquer alusão poética sobre as drogas. É terrível, triste, alarmante, mas ainda muito mais que necessária hoje em dia.
"Réquiem para um Sonho" é uma opera onde a única musica que se ouve é os gritos e gemidos dos arrependidos. Um balé de corpos que rastejam as dores de seus sonhos torpes, caídos em tragédias e sonhos que viraram pesadelos.
AIDS. Nos anos 80 essa doença matava antes da pessoa estar morta. Era chamada da doença dos gays. Pegou morreu. Quando apareceu o AZT para o tratamento, eu e todo mundo na época esperávamos que a medicina estaria perto da cura. Nos anos 90, a galera só contrairia o vírus por acidente ou porque queria, porque tnha muita informação na TV e nas escolas. Mas eu desconhecia os horrores por trás do tratamento com AZT, que esse filme mostra. Achava que o coquetel ajudava e não assassinava.
“Quando eu tomo o coquetel, é como se estivesse comendo um cachorro vivo . E o cachorro me come por dentro.” Disse o Renato Russo a um amigo. Esse filme explica um pouco o porquê.
"Clube de Compras Dallas" conta a história de Ron Woodroof, um texano machão, cowboy e mulherengo, que pega essa doença que era a morte. Inconformado com tudo, com o afastamento dos amigos, demitido do trabalho e com mês de vida que os médicos lhe deram, desesperadamente Ron procura uma alternativa, rouba remédio, estuda, e faz o diabo pra se manter vivo. Até que ele descobre um médico que tem um tratamento alternativo ao AZT sem os efeitos colaterais fatais, que esse coquetel tinha.
Ele viaja ao México e passa a contrabandear essas drogas, que são consideradas ilegais nos Estados Unidos, para uso próprio e fazendo uma grana loca vendendo a mistura pros doentes. Esse esquemão, faz ele fundar o “Clube de Compras Dallas”, onde ele vendo os medicamentos esse medicamentos proibidos pelo FDA a outros pacientes com AIDS.
A história é muito dramática, todo memória do drama oitentista da doença volta a tona, com o enorme medo da doença, do preconceito com quem contraria e também com os homossexuais era acusados de serem os causadores da epidemia na época. Fazendo do preconceito aos gays que ja era enorme, mais uma justificativa para odiá-los e exclui-los da sociedade. Fazendo que a doença só era contraída por quem era homossexual e que um casal hétero jamais se contaminava com o vírus.
Mano, o que tinha de história sobre as contaminações heterossexuais, as pessoas não conheciam. Não tinha internet e rede social na época, essas histórias era passadas no boca a boca, e as vezes mostradas nas rádio e TV. Os pais de famílias, os casais exemplares, pulavam a cerca nas noitadas e festas da épocas, transava sem camisinha e passava a doença pra esposa, filho e filha. Ou seja, a contaminação era igual pra todos. Mas os gays levavam no rabo a culpa por tudo. Mito que só foi desaparecer nos anos 90.
E o Ron Woodroof, mostra um pouco disso, perdendo todo convívio social, pela doença e porque o tachavam ser homossexual. Matthew McConaughey tem uma atuação monstro, no filme, o cara destrói vivendo os dramas do personagem. Que além de mostrar toda luta pela vida, a morte social (Que era considerado quase igual a doença), fisicamente Matthew estava irreconhecível, o pó da rabiola, só o chucrute. E isso foi foda.
Correndo junto com Matthew, vem Jared Leto com seu Rayon, um travesti que vivia na luta contra a doença, a principio tomando o AZT, mas depois cai no esquema do Clube, junto com Ron, onde essa dupla mostra tristeza pela situação, mas também arranca belos sorrisos da gente.
A direção de Jean-Marc Vallée é ótima, ele desenvolve o tema e todos os dramas de forma excelente, mostrando o começo, o meio e o fim do ciclo de vida, que os doentes daquela época tinham quando contrariam o vírus. A luta do Ron contra a indústria farmacêutica é incrível. A coragem que ele teve de enfrentar esse braço maldito do inferno, que só visava o lucro em vez da cura, foi foda. Falar sobre essa indústria é quase inútil pras pessoas.
Tem vários AZTs sendo vendidos hoje me dia, para tudo quanto é doenças, e quem tem um "Clube de Compras Dallas" para se medicar e fugir dessa desgraça é tratado de louco, conspiracionista e antivacina. O pior não é a doença, mas sim os doentes...
Pesado. Cê é loco. Começa pelo título que faz alusão ao costume medieval de dar uma ultima refeição aos condenados antes de sua execução.
Amargo como fel, o filme segue na história de Hank Grotowski(Billy Bob Thornton) um homem infeliz que não ama seu filho Sonny (Heath Ledger), e que tem como pai Buck Grotowski (Peter Boyle) um velho doente, quase acamado e que não ama ninguém. Pai e filho, trabalham numa prisão rural na Geórgia, EUA, local de forte presença racista, na qual tem como o velho acamado Grotowski e seu filho, dois racistas inveterados e invertebrados.
Nessa, só escapa o Sonny, um rapaz todo perturbado e viciado em Vera. Ele comete alguns erros no serviço e seu pai que praticamente o odeia, não perde tempo. O bicho só falta mata-lo ai mesmo, justamente num local que executa prisioneiros. Lá eles conhecem Lawrence (Sean Combs), homem que está no corredor da morte e perto dos dias de ser morto. Lawrence é marido de Leticia (Halle Berry), mãe de Tyrell (Coronji Calhoun), garoto com obesidade mórbida, que teve como ultimas palavras do pai, que a melhor parte dele era ele, seu filho.
O filme é rodeado por tragédias pessoais e inesperadas, com cenas pesadíssimas, onde Marc Forster mastiga os personagens até o osso pra dar mais amargor pra história. O filme parece meio árido, sem vida, com uma fotografia de um bege turvo e imagens mortas e embasadas. Não com imagens escuras de cemitério e velório, mas de uma infelicidade sem fim, um mundo de alma penada onde Deus tirou férias.
O titulo se resume a execução no presídio, mas o arco dramático em torno disso, molda toda trama em acontecimentos terríveis, momentos muito dramáticos e dolorosos, com revelações que só a Vera mesmo, pra fazer a gente esquecer.
Halle Berry no "Me faça sentir bem", fez uma das cenas de sexo mais marcantes da história do cinema. Era desespero, tormento, dor, angustia e horror com prazer, com situações dos personagens, que se você pensar muito são capazes enlouquecer qualquer um, a história que eles carregam. Nem a Vera salva.
Coragem, determinação, mãe solteira, três filhos pequenos e contas para pagar. Com o estilo de cinema foda dos anos 90, "Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento" me pegou de locadoras curtas, com uma história inspiradora de uma mulher que na dentada arrancou um emprego de atendente, investigadora e quase advogada num escritório de advocacia.
Depois que ela descobriu nas catacumbas do escritório, um caso brabo de Sabesp contaminada, a sua vida, do Dr. Ed Masry, do escritório e das vitimas mudam. Com um espirito de Sandra Bullock e da Thelma & Louise nas costas, Erin enfiou a cara na história, foi atrás dos caras e rolou na macumba pra descobrir os paranuê que essa corporação safada fazia pra esse povo desse lugar perdido do tio Sam.
Depois de uma década brilhante no cinema, Julia Roberts veio pedir a saideira nessa personagem. E a gata fez bonito! Matou no peito lindo dela o filme, e fez miséria na Erin Brockovich. Sua atuação foi icônica e vibrante, Julia deu a alma não só pra história, mas para muitos personagens de cinema que vieram depois. Erin Brockovich usava tudo que tinha pra colocar comida na mesa dos seus filhos, jogou todas as cartas.
Enlouqueceu no tribunal numa causa que era ganha, fez barraco pra conseguir emprego no escritório de advocacia do seu advogado, se humilhou pra ele pedindo ajuda, deixou ser amada de novo por um homem que seria o ultimo da fila para conquista-la. E se superou em tudo, deu a volta por cima, numa vida de ser humano comum, onde a realidade social que ela vivia, as expectativas dela ter sucesso e recolhimento, eram quase nulas.
O filme tem diálogos incríveis, momentos memoráveis e atuações magnificas da Julia que lhe renderam Oscar, Globo de Ouro, BAFTA, Sindicato dos Atores, Choice Award, o Troféu Imprensa e a Taça Guanabara. Albert Finney esteve ótimo com seu advogado Ed Masry, e as cenas dele com a Erin no escritório foram hilárias. Foi da hora, os momentos "Eu Não Sou Cachorra Não" dela com os funcionários do Ed e depois com aquela advogada do escritório do Peter Coyote. Foi dá hora!
"Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento" foi a melhor fase do Soderbergh e o ultimo grande filme e personagem da Julia Roberts, que foi a rainha dos anos 90.
Capitão Caverna! Professor comunista socialista anarquista niilista exilado auto excluído naturalista louco marido e pai de seis filhos, que decide criar sua família numa floresta, longe da sociedade, sem contato com TV, celulares e computadores, religião e o tal fictício consumismo, se vê obrigado a voltar pra essa Babilônia, depois que sua esposa estica as canelas.
Começa então, o retorno de Ben Cash (Viggo Mortensen), para o mundo real, pro mundo onde você precisa t.r.a.b.a.l.h.a.r. para ganhar dinheiro, compra casão, carrão, iate, apto, passear e todo ano trocar de iphone quando sair um novo. E não viver nesse mundo de educação extraordinária, comportamento de lorde e de esportista, se você não for útil pra você e para o mundo, sendo o mesmo a grande prostituta bíblica ou não.
Dirigido por Matt Ross, "Capitão Fantástico" confronta de forma incrível a fabula de um pai ultra conservador e controlador liberal, num mundo onde todas as pessoas bebem desse cálice maldito para se viver. Uns com moderação, outros o necessário e uma grande maioria se embebedam até a última gota dessa maça proibida. Eva foi foda!
Dilemas são quebrados, dogmas são destruídos e valores são renovados. Mãe é mãe, não existe ideologia no mundo que altere o amor que se tem por ela. Não cabe aos Capitães Fantásticos da vida, obrigarem seus filhos a seguirem seus rastros. E quando a água bate na bunda de Ben, a sua perestroika de caverna começa a ruir. O mundo podre é apresentado aos rebentos, mas o mundo real, magnifico e necessário também. Mas ele dó foi aceitar, quando um acidente desnecessário acontece.
O filme tem cenas e diálogos incríveis, como a vida deles na floresta, com eles caçando, treinando e escalando montanhas. O jantar na casa da cunhada, com os seus filhos arrebentando os tios e primos nas ideias. O xaveco cabaço e furado do Bodevan, e a cena épica de Ben e seus filhos chegando na igreja, com ele todo de vermelho e dando aquele discurso foda! Cê é loco. E depois, lógico a interpretação de "Sweet Child O' Mine", do Guns N' Roses, depois de eles terem roubado o corpo da mãe, pra fazer o enterro pagão dela.
"Sempre fale a verdade. Sempre tome o caminho certo. Viva cada dia como se pudesse ser o último. Beba-os. Seja aventureiro, ousado, mas saboreie. Acaba rápido. Não morra".
São os últimos conselhos do pai para o filho.
Em suma, "Capitão Fantástico" faz a gente ficar com um sorrisão no rosto, abordando de forma brilhante temas familiares, direitos, ideologias, sociedade, fuga da sociedade, que promove uma discussão ótima sobre relacionamentos entre pais, filhos e familiares. É um filme progressista sim, mas também faz uma bela critica ao radicalismo, buscando algumas verdades, nessas ideias fantásticas de um agora ex-capitão, que agora passou a ter novas ideias, novas escolhas e valores melhores.
Trauma, trauma, trauma. O que levou Will (Ben Foster) fugir pra floresta com sua filha adolescente, Tom (Thomasin McKenzie), sempre ficava fitando meu cérebro. Em todas as circunstancias ideológicas, sociais e patológicas, "Sem Rastros" foi deixando rastros, pra gente entender os motivos de Will.
E meio a acampamentos na floresta e fuga da civilização, Debra Granik, vai montando os mistérios de Will, enquanto a dramática auto exclusão vai sendo mostrada. Por mais que ele tivesse tido essa escolha, ele não poderia sacrificar sua filha, com seu passado traumático. Por mais que a vida seja dele, ele seja responsável por sua filha menor de idade e ele tenha ideias diversas sobre a situação do mundo. Ele não batia bem da cachola.
As alternativas que ele buscou pra sua vida e pra sua filha, tapava seus problemas com folhas das arvores, mas a longo prazo, que futuro Tom teria? Ele esticaria as canelas e virado adubo pra cogumelos depois, mas e sua ilha? Ela ficaria vivendo a vida dos pai, suas escolhas, suas dores sem saber por quê? O trama do seu pai não poderia se o norte para ela, e com apenas 16 anos, Tom entendeu que mereceria uma vida melhor.
Consumismo, desapego e capitalismo, viram tudo lixo, quando você quer tomar uma casquinha de chocolate no Mc Donalds. Viver de vontades, num mundo cheio de delicias é uma utopia. Ver a vida da floresta, entender as motivações de Will e o amadurecimento de Tom, foi um dos grandes lances da história. E em meio a tudo isso, tem uma aventura que amarra a gente, onde as dificuldades dessa condição são mostradas sem historinha, sem poesia e sem filosofia. Precisou de hospital, precisou de médico, precisou de remédio, não tem copa de arvore que te ajude. Hobbits e Elfos estão em outros filmes.
A direção do filme é ótima, Debra Granik vai contando o drama sem julgamentos, sem politização, sem viés ideológico, esse balaio de coisas, fica por conta de quem assiste. Em nenhum momento a motivação de Will é exposta de forma clara. Alguns fragmentos são mencionados em algumas conversas e isso foi um triunfo da história, pois manteve um mistério dramático que os roteiros de filmes precisam voltar a ter.
A atuação do Ben Foster é muito forte, muito sincera e humana, ele não procurou ser o Capitão Fantástico, pra promover mentiras sobre si e sobre o mundo. Acima de tudo ele amou sua filha incondicionalmente, escolhendo um mundo alternativo, que na sua ótica era o melhor pros dois. Quando ele enxergou que sua filha não poderia viver sua vida e que ela tinha suas escolhas, foi muito foda.
Como pai, ele deu tudo que tinha, o melhor e o pior. Quando viu que não tinha mais nada a dar, soltou.
Fuga do mundo, alienação da sociedade, busca pela liberdade. "Na Natureza Selvagem" conta a história de Christopher McCandless, um jovem que fugiu de tudo. Emprego, formação, amigos, família, para viver um mundo que vivia dentro dele, um mundo selvagem e fora dos padrões que tomou a forma de Alasca. Até seu próprio nome, Christopher abandonou. Pra ele, pra natureza, pras poucas pessoas que ele encontrava e pra solidão do Alasca, Alexander Supertramp era seu nome agora.
Dirigido por Sean Penn, e estrelado de forma magnifica por Emile Hirsch, o filme mostra uma aventura corajosa e selvagem, motivada por uma implosão pessoal e ideológica, onde os limites se internos foram alcançados, e que uma separação social era inevitável e talvez até impossível de não acontecer. Tudo vira uma viagem, uma jornada arriscada e perigosa de autoconhecimento, perdão, libertação, sabedoria e cura.
Alexander leva a gente em bora com ele. A viagem dele pelos Estados Unidão é incrível. Numa mochila velha, ele vai para Geórgia, Dakota do Sul, Colorado, Califórnia e Alasca, onde tudo termina. Fuga de casa, trabalho em um cilo, canoa pelos cânions, vida de bicho grilo e solidão. A opera Eddie Vedder vivida por Hirsch, mostra um ser humano cheio de ilusões, culpa, medo e insegurança, que tentou exorcizar sua vida no mundo, nas profundezas do mundo selvagem, mas não do sentido pejorativo, mas em algo intrínseco do ser humano; uma busca pela pureza, inocência, paz e amor, num mundo onde todos compartilham tudo.
Formado em direito ele entra em crise com tudo que aprendeu na faculdade, profissão e família. Com um caráter comunista e ele começa a questionar os valores da sociedade americana. E sai na loca doando parte da fortuna familiar, abandona carro, destrói seus pertences e até sua identidade, e assumi o nome de Alexander. Tudo pra buscar uma conexão com algo real e primordial, uma natureza selvagem que grita dentro dele.
Na sua jornada, Alex explora vários lugares com passagens belas e marcante e cria vínculos temporários com pessoas diferentes como ele quando encontra. Até ele decidir de vez ir pro Alasca, onde ele passou a viver Adão sem Eva, vivendo num ônibus azul abandonado, “ônibus mágico”, deixado acho que por outros viajantes como ele. Lá ele viveu de pequenas caças e frutas silvestres, onde na solidão ele mergulhou dentro de si, nos seus pensamentos e sentimentos, para tentar buscar a sua verdadeira essência.
A direção do Sean Penn é magnifica, acredito que é o seu melhor trabalho como diretor até hoje. As imagens captadas são deslumbrantes, ao som das musicas do Eddie Vedder, onde as letras faziam todo sentido com a jornada. Emile Hirsch também entrega seu melhor trabalho, sua atuação é marcante e diferente de tudo que ela já fez ate hoje.
Além de Hirsch, o elenco conta com Jena Malone, Kristen Stewart, Brian H. Dierker, Vince Vaughn, William Hurt, Catherine Keener, Marcia Gay Harden, Hal Holbrook.
"Na Natureza Selvagem" é um clássico dos anos 2000, no cinema a experiência foi marcante.
Esse bicho ser humano é difícil... Ele não sabe de nada de si, não sabe nada do mundo, bagunça toda sua vida, coloca a culpa nos outros, se entope de drogas, remédios, bebidas, acha que tudo está errado, que o Universo é uma piada, que a vida é uma piada, que Deus, Criador, Fonte, Vácuo quântico, é uma criança com uma colônia de formiga nas mãos, birrenta, errada e mimada. Então muitas vezes ele quer acabar com tudo. "Nada importa" ele diz... As vezes ele desiste, as vezes ele tenta, as vezes ele consegue. A maioria busca um sentido de tudo no que está ao redor.
E isso é institucional, as artes, a literatura, a musica, expressaram sentidos infinitos sobre a vida, que em sua maioria pregam uma ideia ensinada pela ciência e religião. Poucas vezes pessoas extraordinárias falaram algo diferente sobre isso, em épocas e formas diversas. E isso era algo que não estavam nos planos dessas instituições, que queriam o ser humano numa forma, num molde, numa coleira que pudesse ser apertada quando preciso.
A vida é muito grande. Nada pode prende-la. Mesmo o ser humano, precisando dar voltas no mundo, a Vida nos leva para para Ela, que anima tudo sim, mas que está como expressão primeira e primordial, dentro de cada um. O sentido de tudo nunca está fora, mas sim dentro de nós. A gente não acredita, vive sem saber porque nasce, porque precisa se isso, aquilo e depois morre, conforme lhe foi ensinado.
Muitos conseguem através dessa confusão se entender consigo mesmo, vivendo uma vida de paz, alegria e felicidade. Não importa se ele teve essa iluminação, olhando pras arvores, pras borboletas, pro filho, pra esposa, pros pais, pros vizinhos, pros desconhecidos. A Vida dá o seu jeitinho de fazer que todos retornem para Ela, pois não há felicidade maior que isso. A felicidade desse retorno para sua morada interna, onde tem tudo.
Cheryl, precisou fazer a sua caminhada. Nada tinha mais sentido pra ela. Ela não tinha mais vida. Mas ela buscava. Nessa longa jornada Cheryl se exorcizou, ela se libertou, deixando suas ilusões, seus erros e suas dores para trás. Ela deixou de ser a lesma da musica "El Condor Pasa" do Simon & Garfunkel, para ser o pardal. Cheryl se encontrou na trilha de 4260 km. Cheryl encontrou a si. Cheryl se iluminou. A "Pacific Crest Trail", foi o seu caminho, sua verdade e sua vida, em que ela teimosamente precisou percorrer fora, para encontrar o que já estava dentro dela.
"Livre" do diretor Jean-Marc Vallée, é um filme que faz a gente seguir alguma trilha interna, alguma coisa que faz a gente encontrar algo em nós. A jornada de Cheryl era solitária, porque ela se via assim, como numa noite negra da alma, mas só era isso, porque ela estava separada de si mesma, da vida, da fonte ou de deus. Ela precisou bagunçar a vida toda dela, com perdas, traições, vícios e drogas, para voltar pra ela mesma e ser feliz. E essa jornada pela "Pacific Crest Trail" foi a sua professora, a sua mestra, onde teve que aprender com estava fora, mas que na realidade era imagens figuradas que estavam dentro e sua mente e de seu coração. E foi somente no seu final, que ela entendeu tudo.
"...Depois que me perdi na selvageria do meu luto, encontrei o caminho para fora da floresta. Eu não sabia para onde ia, até chegar, no último dia da trilha. Obrigada, eu pensei. Por tudo que a trilha ensinou e tudo que eu ainda não sabia na época."
E se iluminou.
"...A minha vida, como todas as vidas. Misteriosa, irrevogável e sagrada. Tão perto. Tão presente. Tão pertencente a mim. Como me senti livre deixando que ela seguisse seu rumo."
"Livre" é um filme muito especial, toda vez que assisto parece que alguma parte minha faz essa jornada com Cheryl. E quando ela se acaba, o final e o resultado de tudo, não termina com o filme, mas fica um caminho trilhado dentre de nós.
Um bom passa tempo Shyamalan, "Tempo" conta a história da família Cappa, que foi passar férias numa resort, na qual foram convidados junto com um grupo de turistas a visitar uma linda, escondida e paradisíaca praia do local. Mas um misterioso, mortal e terrível fenômeno nas areias do lugar. Ao adentrar você envelhece muito rapidamente e não consegue sair do local. Décadas se passam em horas, e toda uma vida pode não durar mais do que um dia. Ou seja, você entra uma uva e sai um maracujá seco.
O bagulho é loco! Teu filho estava do seu lado com o dedo no nariz, uma hora depois ele estava enrolando o bigode e coçando o saco do seu lado. Muleque! Bate um terror na gente, porque o tempo visto antes com um certo controle, agora era praticamente inflação da Venezuela. Pro alto e avante, e além, e que Deus te abençoe.
E o cruel de tudo, era saber que o corpo não só envelheceria rápido, mas os problemas físicos dele também! E as cenas foram incríveis! Um das situações mais emocionantes, foi do Maddox, começa no ator Nolan River e termina em Emun Elliott. Mais um pouco e o bicho já vinha com o médico fazendo o exame da próstata nele.
As cenas são desesperadoras, Shyamalan caga feio no final, mas o desenvolvimento do filme é impressionante! Na trama os personagens aparecem com dramas pessoais, e quando as coisas começam a aparecer, tudo evoluiu de forma explosiva. Separação conjugal, racismo, demência, somado aos problemas físicos, mexem muito com as emoções da gente. É cada coisa que é foda! Mas a garota com gravidez de minutos, e a loira com artrite, artrose, foi terrível! E tem o Rufus Sewell doido ainda.
Pena que o final é um pé no saco! Não é porque a gente sempre espera um grande final nos filmes do Shyamalan, mas esse poderia ser anos luz, melhor! Foi muito pratico, básico e obvio. Mas considero "Tempo", ainda é um ótimo filme! Tem esse final triste, mas mata o tempo que é uma beleza!
"Vida" de Daniel Espinosa, foi uma grata surpresa do genero, contando a história de uma equipe de astronautas de uma estação internacional se depara com uma forma de vida extraterrestre originária do planeta Marte, que a principio era inofensiva, mas que depois se mostra ser acho que o motivo do planeta vermelho ser um deserto se um pé de couve.
Ryan Reynolds, Jake Gyllenhaal, Rebecca Ferguson e Hiroyuki Sanada, Ariyon Bakare e Olga Dihovichnaya, passam aqueles horror de Alien na nave. Eles comemoraram a célula unicelular marciana, como os troianos comemoram aquele cavalo, ao reviver a bichinha, que depois começa a se dividir rapidamente, transformando-se num organismo diferente de tudo que se conhecia. A princípio, Calvin foi celebrado como uma descoberta científica do ano, o pica das galáxias, pra depois virar o Pac-Man na estação e o começo do apocalipse nosso quando o filme acaba.
A direção do Espinosa é ótima, cheio de ação, tensão e surpresas. A computação gráfica principalmente da criatura é perfeita, com cenas de ataques bem realistas e nojentos. Sendo a cenas da luta de Roy Adans personagem do Ryan Reynolds, com a criatura, uma coisa que me fez fugir da gelatina pra sempre. O filme foge dos clichês básicos e mantém a gente preso do inicio ao trágico fim.
"Vida" do Daniel Espinosa, era pra ser um aperitivo para o aguardado longa do Ridley Scott, "Alien: Covenant", mas que infelizmente, acabou superando e muito a esperada sequencia de "Prometheus".
Horror cósmico. universo lovecraftiano, "Ameaça Profunda" é uma mal amada ficção, que nos leva pras profundezas pressurizadas do oceano, contando uma história de Norah e uma equipe de pesquisadores que passam um perrengo loco numa estação subaquática ao enfrentar eventos catastróficos após um terremoto, onde nas profundezas do oceano, eles enfrentam não apenas as ameaças físicas do ambiente, mas também criaturas desconhecidas e aterrorizantes que habitam as profundezas.
Parecendo o Belo do grupo noventista de pagode Soweto, Kristen Stewart vive Norah Price, uma garota que deu a ultima escovada de dente de sua vida, antes do catastrófico colapso da estão! E que cena foi aquela! Uma correria do capeta, não se sabe pra onde, mas ela encontra no caminho, Rodrigo (Mamoudou Athie), que depois se junta a Paul Abel (T.J. Miller), Liam Smith (John Gallagher Jr.), Emily (Jessica Henwick) e o Capitão Lucien (Vincent Cassel). Todos sem lugar algum pra correr, pois está afundando, se é que se pode afundar mais pois eles estão no fundo das foças Marianas no Pacifico, perfurando o chão em busca de petróleo, na qual eles perfuraram fundo demais, encontrando quem não devia, ou será eles encontraram o que queriam?
A trama consegue capturar o universo do "Alien, o 8ª Passageiro" para dentro do oceano, numa estética muito parecida do filme do Ridley Scott, mostrando uma ambientação catastrófica, opressora e caótica, onde o inimigo não é só a estrutura física ruindo, mas de alienígenas famintos que eles encontraram e que agora os caçavam ferozmente. Mas, será que eles, sem querer encontraram mesmo?
No universo de H. P. Lovecraft, o terror cósmico explora insignificância dos seres humanos ante a imensidão desconhecida do cosmo, que são habitados por seres maléficos e por deuses antigos vindo das trevas do espaço parra o nosso mundo, mas que permanecem adormecidos, esperando acordar ou serem despertos.
"Não consigo pensar no mar profundo sem estremecer com as coisas inomináveis que podem, neste exato momento, estar arrastando-se e espojando-se em seu leito lamacento, adorando seus antigos ídolos de pedra e cinzelando à sua própria e detestável semelhança em obeliscos submarinos de granito encharcado." - Lovecraft.
As ações lógicas de sobrevivência dos personagens, desaparecem quando eles se deparam com as desconhecidas criaturas. Mas antes o filme mostra uma cenas muito curiosas que contrastam com toda a descrição cientifica da trama, detalhes rápidos que faz a gente pensar numa visão oculta escondida na história.
Na sala daqueles trajes foda, uma coisa precisa ser notada. As diversas pinturas antigas nas paredes, que são observados por Emily, personagem de Jessica Henwick. Aquilo não foi coisa do acaso, a sala de mergulho ficou até mais antiga se comparada com a estética do filme todo. Anjos lutando com seres marinhos cheio de tentáculos e uma cidade submersa nas aguas. Seria R'lyeh e o mito de Cthulhu de Lovecraft? Porque segundo o escritor, essa cidade e prisão da criatura, estão nas foças Marianas que a estação Kepler-822, opera.
Mais adiante ainda, fica mais explicito quando Norah chega perfuradora Shepard, e numa sala ela se depara com um mapa no armário do capitão, com o desenho do mito de Cthulhu sobre uma pedra, desenho esse, um rascunho original de Lovecraft. Isso não é coincidência quando se confronta com a trama toda do filme, que mostra uma empresa que escolhe logo esse local, onde ocorre esses eventos, que fica mais estranho ainda quando no fim do filme, a empresa nega o ocorrido, proíbe os sobreviventes de falar a respeito e segue perfurando o local.
Será que a empresa não era um disfarce corporativo para o culto aos deuses antigos, que tinha por objetivo despertar Cthulhu do seu sono? Porque tudo isso, passa despercebido com as cenas de ação e terror que segue a trama. Tudo isso é bem sinistro no filme, pois a trama não faz menção a isso de forma gratuita. É muita riqueza lovecraftana que passou sem que ninguém percebesse.
O diretor William Eubank cria uma atmosfera claustrofóbica genial, utilizando closes, vistos de dentro do capacete dos personagens, e imagens de puro medo marítimo, que aumentam mais ainda a imersão do filme e intensificam a sensação de aprisionamento e desespero em toda história, que lentamente se transforma num filme de ficção terror.
Além de mostrar o desespero de sobreviver nas adversidades subaquáticas, o filme explora como poucos o genero com cenas trágicas de tirar o folego, efeitos que desafiam a ótica nossa, CGI realistas, com imagens embaçadas que mostram como seria essa situação, e o horror das criaturas, com todo suspense e luta que segue até o fim.
"Ameaça Profunda" é um filme imperfeito, não é uma obra prima ainda, acredito que algumas coisas precisam ser relevadas para isso, mas é um filme muito foda! Poucos no genero, conseguiram chegar perto do filme de William Eubank. A trama lógica, as cenas de ação, a atuação foda da Kristen Stewart e as referência ocultas no filme, das obras de Lovecraft, faz que esse um dos melhores já feitos.
Assisti no cinema, tenho o ingresso guardado e o DVD na coleção.
Esse filme é óóótimo! Ficção, romance e... Caralho ele acordou ela mesmo? Hahaha!! "Passageiros" é aquele filme além de ter uma estória boa, ela te brinda com polêmica. Se masturbar por mais ou menos 60 anos até a morte ou acordar a gata? Se fosse o no programa "Você Decide" dos anos 90, o 0800 nunca conheceria alguém como vagnerfoxx no telefone. Eu ia acabar com a central telefônica deles! Sim! Lógico que eu acordaria a Mina caralho! Pedia perdão depois! Limpava o quarto dela e lava até o banheiro se possível, mas não passava mais de um ano sozinho naquela porra.
Mas o Universo, o destino, Deus escreve certo por câmaras criogênicas tortas. Se não fosse ele ter cometido aquele ato covarde, com o puro objetivo peniano, a coisa ficaria feia pros mais de 5000 passageiros dessa nave. A estória é muito bem escrita, é um clichezão puro sim obrigado, mas é bem legal. O James pira lá dentro quando é acordado, e fica um ano procurando uma saída, até que ele não aguenta mais a solidão e acorda a Aurora.
Ele errou sim, mas e a Nave Bomba? Todo mundo iria morrer se ele não tivesse ajuda da garota. Acho que ele foi a pessoas certa pra acordar e ela foi a pessoa certa pra ser acordada kkk... O filme do Morten Tyldum é muito bem produzido, a direção é perfeita, a computação gráfica é linda, muito bem desenvolvida e com a estória envolvente que é, com o romance, as mentiras e tilt infernal da Nave, o filme passou que eu nem vi.
Chris Pratt (James) e Jennifer Lawrence (Aurora) tiveram uma química ótima nesse filme. A Jennifer está linda demais, meu Deus, toda vez que eu via ela eu falava: Isso mesmo James! Valeu a pena! As cenas finais são excelentes, cheia de emoção, fogo, árvore e Happy End.
P.S. Questões Morais...
American Bar, top, aberto 24 hrs e grátis Restaurante ⭐⭐⭐⭐⭐. Piscina, quadra de basquete, pista de correr. Suíte presidencial. Saidinha Astronauta. Empregados, roupa limpa, louça lavada. E a Jennifer Lawrence pra você virar dos avessos, em todos os cantos da nave até a morte.
Ou
Viver sozinho cheio de calos nas mãos e morrer tragicamente depois, com todos dormindo nas câmaras criogênica, sem fazer nada.
Você decide: Calos ou Aurora.
Assisti no cinema, tenho o ingresso guardado e o DVD na Coleção.
Continua muito loco! "Estranho Passageiro: Sputnik" é uma imersão dentro do universo de "Alien, o 8ª Passageiro" ao estilo russo, e na veia da perestroika oitentista de cinema de se fazer filmes. O longa de Egor Abramenko esbanja comunismo raiz, nesse sci-fi russo, com uma estória muito interessante, uma trama com elementos conhecidos do genero, mas com uma certa originalidade rara, e uma execução digna de vodca e aplausos.
A produção é incrível, Abramenko operou um milagre artístico na ambientação, mostrando o ano de 1983 de forma sincera, naquele atraso de vida soviético que a cortina de ferro escondia. Todo mundo é pobre, fudido e com muito medo do regime e do exército comuna e seus fuzis. A direção de arte sem medo da Sibéria, parece ter roubado esses dias de cão, materializando com perfeição aquela época. A cenografia toda carregada no comuna style, a fotografia TV de Tubo e os figurinos lona de caminhão, deixaram a produção com um clima pesado de ataque nuclear que aqueles dias tinham.
Os efeitos de CGI são ótimos, um Alienígena lesma, foi uma sacada incrível, eu fico imaginando se essa obra fosse feito nos anos 80, acho a borracha moldável faria a festa nas cenas! A trama tem muito mistério, muita tensão, que seguraram a nossa atenção do início ao fim. O clima pesado de ficção vai de flui pro terror na medida que na medida que o mistério vai sendo revelado.
A história fica em torno da psiquiatra Tatyana Klimova, (Oksana Akinshina), que foi de forma livremente obrigatória, recrutada para avaliar o cosmonauta Konstantin Veshnyakov, (Pyotr Fyodorov). Tudo começa como uma investigação psicológica quase que de rotina, mas por conta de um general cheio de ideias, a trama rapidamente se transforma em um jogo de gato e rato, à medida que a criatura alienígena é revelada e o que ela faz.
A ideia desse Simbionte no astronauta não é nova, mas foi aplicada de forma genial na trama. O filme tem cenas de muita tensão, daquelas de secar a garrafa de vodka numa num gole só. A sequencia final então é muito loca! Violência, correria, tiros, mortes e KGB, tudo muito bem produzido e dirigido por Egor Abramenko.
"Estranho Passageiro: Sputnik" foi uma excelente surpresa do genero, sobreviveu ao tempo e merece ser vista pelos órfãos da ficção científica.
É uma salada loca! "Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes", com a graça de Deus, conclui a saga desse Star Snyder ou Snyder Wars, que a Netflix bancou em sua plataforma.
O filme continua essa aventura de sci-fi do Snyder, focando nas ações da lua Veldt, onde a protagonista Kora, vivida pela fodástica Sofia Boutella, seus aliados e agricultores locais do planeta, enfrentam uma batalha épica pela sobrevivência contra a ameaça do Mundo Mãe 😂 (Esse nome é foda!).
A história segue com Kora e os guerreiros sobreviventes que sem alternativa, estão dispostos a sacrificar morrendo em câmera lenta para defender a colônia lunar Veldt, que se tornou um lar para aqueles que perderam suas casas na luta contra abuso materno desse império Filha da Mãe. O filme tem todos os clichês possíveis e imagináveis do genero, em cenas de ação cobertas no CGI, muita luta, tiros, explosões, flash back e um final, que você cairia de joelhos no chão pra agradecer por ter acabado, se não soubesse que vai ter mais três sequências e uma série pra assombrar os assinantes. O Zack Snyder deveria levar algum prêmio, porque é preciso ter muito talento pra fazer uma colcha de retalhos sci-fi como essa.
Eu mexi tanto no meu celular que de Sansung, ele virou um iPhone 15 Plus, e que quando acabou o filme, eu não me lembrava de quase nada. Talvez seja porque o filme tem tanta câmera lenta, mas tanta, que mesmo depois de um mês de ter assistido, eu ainda não consegui processar as ideias do filme. Acho que eu estou no slow motion até hoje. Mas só lembro que me diverti bastante vendo essa chanchada sci-fi do Snyder, que é um filme feito pra se distrair com a família.
Essa saga Rebel Moon, não veio pra acrescentar nada. Se o filme fosse feito no fim dos anos 90, conforme foi proposto pelo Snyder e Kurt Johnstad para Lucas Filmes, acredito que teria sido muito melhor.
Decepcionante, cansativo, cafona e chato. Sou muito fã da franquia, por ser um filme de origens, eu fiquei muito ansioso para assistir essa adaptação, mas o filme do Francis Lawrence, passou muito longe do que eu esperava.
As cenas iniciais foram promissoras, noite escura, ruinas, sirenes, cães e crianças fugindo em meio a neve. A primeira impressão que tive, foi que o longa exploraria o lado da guerra civil, como a 2ª Guerra Mundial, fazendo dos distritos verdadeiros guetos, com aquela condição desesperada, onde a opressão, as dificuldades e os horrores dessa desgraça, seria colocado na trama, na qual a vida no passado dos distritos era imensamente pior foram mostrados nos filmes anteriores.
Mas isso não aconteceu, "Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" se preocupou em mostrar apenas a estética retrofuturista, com nuances do pós guerra num pano de fundo que desaparece no filme, para dar lugar a quase que um biopunk nos distritios, com festas, bebedeiras, cantorias e uma celebridade local que literalmente parece ter saído do BBB, do que de uma arena onde seus compatriotas formam tratados como objetos, os "Tributos", que são oferendas para para os jogos, que são na verdade uma punição aos distritos.
Praticamente, o filme é sobre a Ascenção do jovem Snow, mas inevitavelmente a gente acaba procurando a Katniss no filme de algum jeito. Não tem, lógico, a Lucy Gray Baird faz a honras, mas as comparações dela com a Katniss são automáticas e são dolorosas. Lucy não é símbolo, heroína e nem revolucionária, Lucy Gray Baird é uma BBB que canta na escolha dos tributos, nos jogos e nos distritos. E sendo isso dos livros ou não, a personagem me decepcionou bastante.
Porque nos trailers, o filme foi vendido com a seriedade e o drama que fizeram a franquia ter o prestigio que ela tem nos cinemas, mas que na realidade a história toda por mais que trabalhe um pouco disso, se dispersa numa história cansativa, subtramas chatas e personagens fracos. Francis Lawrence foi incapaz de construir um filme diferente das que foram levadas por ele e por Gary Ross pros cinemas. Numa história de origem de um personagem decisivo no universo de Suzanne Collins, que poderia ter sido olhado de uma forma mais impactante como se espera de um vilão como Snow foi.
Eu esperava uma história de amor, paixão, drama, com as nuances de um homem ruim, num personagem com uma mente ensejada pelo mal e que pelo menos caminhasse para isso. E não um pé de breque, cabaço, mi mi mi, como esse jovem Snow foi mostrado. O Coriolanus Snow do Tom Blyth, foi um cara que tinha um futuro promissor, tinha amigos poderosos, mas que se engraçou com uma Mina do distrito que ele mentorava, na qual ele meteu o loco pra que ela não morresse, sendo descoberto e punido depois, correu atrás dela e se fudeu de novo. Mano...
E a Lucy então? Cheguei a duvidar que "The Hanging Tree", saísse dela e das paixonites desse filme. Lógico que ela não vai mudar nada, a personagem é apenas uma The Voice, num BBB Vorazes, e demora pra aceitar, que a personagem dela é só isso. Alias, o filme é todo é um Spin-off dos Jogos Vorazes, nada mais. E demorou pra mim aceitar isso.
A produção do filme é uma mistureba de tempo ideologias bem curiosa. A arquitetura fascista da cidade, oprime mostrando um mundo cinza de concreto estilo Berlin genérico. Mas parte do figurino acho que são mais curiosos ainda, o povo lá da elite, homens e mulheres, todos de vermelho, com calça e saia. Pensei até que seria esse lance da galera não binária na trama, mas de qualquer forma as roupas deles são feias demais!
Que coisa cafona! Acho que as cortinas das casas deles sumiram! E não tem como não destacar, a Dr. Volumnia personagem da Viola Davis, que poderia ter tido um visual mais criativo, em vez de ter jogado um lençol manchado no corpo dela. Parecia uma alma penada que levou um suto vendo outra!
A parte dos jogos, foram a melhor a melhor coisa do filme. A simplicidade da arena, os equipamentos retrofuturistas, TVs, monitores e drones usados foram bem feitos bom de se ver no filme, lembrando até uns games famosos. Eles lutando também foi bacana, mas faltou algo. as cobras lá do Templo da Perdição, não tiveram o impacto que eu imaginava, e quando a Lucy começou a cantar então, deu medo. Deu ruim. Cafona demais. Foi um momento bem Disney, parecia que Rachel Zegler, já estava já treinando pra Branca de Neve, porque foi foda. Pensei que as cobras começariam a dançar kkkk...
O resto do filme é um porre. É um melodrama cansativo, brega, cheio de musica, cantoria, com plano furado em ação, com outro pior ainda vindo depois, num lugar que é parece um Campo de Trabalho Forçado em Nárnia, onde o Snow toma um bolo ridículo da Mina. Fica puto, histérico e descabelado, e sendo esse o motivo dele ter se tornado o véio ruim, vilão malvado da franquia. Tendo no final, a voz do Donald Sutherland, justificando a frase:
"São as coisas que mais amamos, que nos destroem"
Mano, o arrombado nem chifre tomou da Mina. Se ele tivesse pego ela, a sombra da arvore do enforcado com 4,5,6 caras, beleza. Mas não! Ele tomou um bolo, despirirucou total o cabelo Febem, se transformando num Darth Vader Nutella, que passa anos luz do Snow dos filmes da Jeniffer Lawrence. Quer dizer, que essa foi o trauma dele? E esse foi o filme de origem do Coriolanus Snow?
Rachel Zegler, Tom Blyth, Hunter Schafer, Peter Dinklage, Jason Schwartzman, Viola Davis, Josh Andres Rivera e outros...
Se o filme fosse mais curto e tivesse a trama, construída do jeito foda da franquia anterior, essa "A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" seria incrível e com toda certeza não acabaria só nesse filme, como acabou.
Grandioso, épico, emocionante! Katniss Everdeen, a Garota em Chamas, o Torto, na guerra final contra Capital, contra o presidente Snow e contra o sistema, mas que inesperadamente se torna a 76ª edição dos Jogos Vorazes. Mas...
"O sistema é foda. O sistema entrega a mão pra salvar o braço. O sistema se reorganiza, articula novos interesses, cria novas lideranças. Enquanto as condições de existência do sistema estiverem aí, ele vai resistir."
Capitão Nascimento.
"Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" mostra que salvador não bandeira, que não existe lados da guerra, esquerda e direita são ilusões, que os dois são braços de um só corpo. O sistema usa os dois lados pra te confundir, te separar e te aprisionar. E você só descobre isso quando vê o rosto dele. E para mata-lo, além de cortar a cabeça, é preciso destruir seu coração.
O desfecho é incrível! A primeira parte construiu de forma densa, nervosa e dramática, um clima de guerra, de bunker, com ações de milícias contra a capital, onde em silencio, uma revolução estava em curso, mas num ato de extraordinária bravura, uma pessoa, uma garota deu inicio a mudança. Katniss foi um pessoa contra um pais. Ela não se preparou e não treinou para nada, ela fez o que achava certo se fazer. E no circo midiático ela virou um símbolo real, algo que representava o ideal de todos. Algo que o sistema não previa. E fez parecer até que a revolução verdadeira começou dentro dela e não nos bunkers do distrito 13.
"Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" acerta uma flecha no nosso coração, com um filme grandioso, onde drama, romance e ação, tomam de vez a frente da história, com cenas fantásticas, revelações amargas, revelações que o Capitão Nascimento explica, que fulminaram num final épico! O filme começa onde a primeira parte terminou e jogando a protagonista pra um cenário politico inesperado, onde interesses ocultos estavam prestes a serem expostos.
Katniss tem um missão pessoal, as tropas tem outra, mas o sistema tinha continuava com a sua. O sistema tinha seu propósito e Katniss tinha que fazer parte dele, mas foi como o Haymitch dizia: "Katniss nunca decepciona". Ela não se deteve quando levou um tiro no distrito 8, não se deteve quando foi impedida pela presidenta Alma Coin, e nem quando o Peeta, no estado de bomba relógio psicótica foi colocado ao seu lado quando ela se lançou para capital. Katniss era um símbolo, um mito, e pra quem quer tomar o poder, isso é um grande problema.
As duas partes do fim, foram filmadas ao mesmo tempo, ficando para essa conclusão toda intensidade da história. Por mais que o filme mostre uma guerra, cenas de combates não são mostradas como espera, ficando nas ações de Katniss toda ação da trama, e as cenas são incríveis. A inundação de piche, o ataque nos tuneis, são foda demais, mas confesso que a alma do filme, o triunfo da trama, está nas cenas dramáticas que envolvem toda história e que estão inseridas em todas as cenas de ação.
Francis Lawrence construiu nesses dois filmes finais, uma trama densa, com um peso de guerra civil e do lastro histórico já conhecido naquele pais. As cenas dos distritos, mostram o povo parecendo que estão aprisionados na virada do século XIX, pro século XX, mas num futuro distópico, pessimista e conservador. Que em constate com a capital Panem, um extremo progressista é dominante, mostrando um espetáculo artificial de vida, onde o povo é dominado pelos desejos e por uma beleza morta. Um mundo colorido de uma confortável matrix.
Quando Katniss e Gale vão para missão suicida e são surpreendidos num fogo cruzado do ataque das tropas rebeldes, e do contra ataque abominável da capital, eu achava que o filme acabaria ali. Mas as revelações que seguiram foram alarmantes... Um presidente cai, outro presidente surge, mas o sistema precisa continuar o mesmo. Eu nunca imaginaria que as palavras com significados que pareciam ser para os jogos, teriam todo sentido no final.
Eu fico imaginando o que a Katniss sentiu quando estava sentada naquela cadeira, antes do Gale aparecer. O que ela sentiu. "Receio que ambos fomos feitos de tolos". As cenas que vieram da reunião da Alma Coin, com a Katniss, Peeta, Haymitch, Johanna e lideres da revolução, pareciam um pesadelo. Novos Jogos Vorazes, com tributos da capital, como vingança? E a Katniss aceitou, depois de tudo que passou? Eu quase enfartei na sala de cinema.
Mas o final foi épico!! Avenida Paulista dos Tributos lotada, os rebeldes na arquibancada, as tropas na avenida, com a Katniss vestida de gala para executar o Snow. Que cena! E o que veio a seguir foi épico! O que teve de cú que caiu da bunda, na sala de cinema, quando a Katniss acertou o alvo certo, não dava pra contar. Foi foda demais! Katniss nunca decepciona.
Vendo aquilo eu entendi tudo. O significado daquilo foi muito grande. Aquele era desfecho era o final que a história precisava, e foi fantástico ver aquilo. E o final mostrando o exilio da Katniss, voltando solitária pra casa, mas reencontrando Peeta, e vivendo com ele em meio a natureza, também simboliza muita coisa. O filho nos seus braços e o outro brincando com o pai, diz tudo.
"Jogos Vorazes", foi uma das melhores franquias que eu já assisti na vida. Não li os livros, mas os filmes são muito bons. Katniss é personagem uma das melhores femininas do cinema e certamente a maior dos anos 2010.
A direção do Francis Lawrence é excelente, o diretor mantem a trama, a narrativa e os personagens em seus lugares, não perdendo o equilíbrio humano deles, evitando heroísmos artificiais, que tiram da história, tudo que ela construiu com sua protagonista. O efeitos especiais são muito bons, as cenas de ação foram muito bem executadas, sem exageros gráficos, mantendo o clima de drama de guerra do inicio ao fim.
O filme faz uma critica incrível ao sistema que vivemos, fazendo um mergulho na psique da manipulação da informação, as ideologias, a politica e aos governos, mostrando o resultado social de tudo isso, nas diferenças utópicas dos dominados e dominadores. Dos abusos de um, que levam a revolta desesperada de outro, na qual um sistema oculto, governa tudo, controla e manipula as ações de todos e se mantem no lugar, independente dos lados, independente dos derrotados e vitoriosos, ele se mantém e se auto sustenta, para permanecer sempre onde está.
Jennifer Lawrence tem uma atuação brilhante e sua personagem marcou os cinemas e sua carreira para sempre.
Assisti no cinema, tenho o ingresso guardado e o DVD na coleção.
Madame Teia
2.1 244 Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
Tribo de índios Homem Aranha Peruano, Vilão Homem Aranha, num filme do universo do Homem Arranha, onde o Homem Aranha não existe. Parece piada, meme, mas é real. Esse é a "Madame Teia".
A Sony, parece que está zuando com o universo do Aranha, "Morbius, Venom, Venom: Tempo de Carnificina" e agora esse "Madame Teia". Parece até que eles tem um projeto de destruir todo universo do Aranha, enquanto eles forem donos dos direitos, porque é foda. É muita incompetência, muita incapacidade e muita falta de talento, fazer tanto filmes ruins assim, não é normal. Acho que é de propósito.
A melhor coisa que tem nesse filme é a Dakota Johnson vivendo a personagem, que no gibi é mais véia que a May Parker. Rejuvenescer a bichinha foi uma grande sacada, porque colocaria a personagem na pista de novo, mas foi só isso. Acho que o site GPT, quando fez o roteiro estava conversando com um Chimpanzé, porque o resto do roteiro é um desastre.
O filme deveria chamar Madame Paramédica, porque a história se passa quase que toda dentro de uma ambulância. São três adolescentes chatas, enchendo saco, fazendo merda, sendo protegida pela Madame Paramédica quase que o filme inteiro. As heroínas mostradas no trailer não existem no filme. Foi fake, foi um mentira braba pra pegar o publico feminino e os fãs da Marvel me geral. As Spider Girls nem poderes tem, elas só ficam discutindo por causa de comida. E Mano, dançar "Toxic" da Britney Spears em cima da mesa numa lanchonete foi de matar a veia feminina de qualquer um. Se fosse num outro filme, onde tivesse um puteiro, eu entenderia, beleza, elas estariam trabalhando, Mas fazer isso, num Burger King de estrada, foi ridículo.
Eu pensei que teria alguma coisa do Aranhaverso, mas foi pura ilusão. Não teve nada, a história não teve nada, os personagens não serviram pra nada, e as cenas provam isso o tempo todo. E pior, os furos na história, as soluções criativas, foram das mais bizarras que eu já vi num filme de super heróis.
A Cassandra Webb, dirigindo um taxi roubado por Nova York, sem ser localizada pela empresa, depois ela sendo procurada pela policia, viajou direto pro Peru sem ser reconhecida no aeroporto, foi pros confins da floresta amazônica, tendo uma foto de um rio como referencia onde a mãe esteve anos atrás, e de forma milagrosa encontrou o lugar. isso um feito que nem o Tarzan conseguiria.
Tem as cenas das Spider Girls, ou melhor, das adolescentes que estão escondidas do super vilão Ezekiel (Tahar Rahim) e sua ajudante nerd de computador, na casa de Ben Parker (Adam Scott (olha o nome)) amigo da Cassandra, que tem sua esposa gravida, onde ela entra em trabalho de parto. E de uma forma inteligentíssima, lógica, brilhante, mágica, mediúnica, esotérica, espiritual, útil, fantástica, prestativa, vão juntas, as três, no carro do marido, levar a gestante para o hospital. Ufa... Imagina se ele não fosse um paramédico.
Sei que a lista é grande, mas falam que "Madame Teia" é o pior filme de super heróis já feito. Eu não acredito, não sei se supera "As Marvels", mas vai pra lista dos piores, junto com "Morbius, Thor: Amor e Trovão, Motoqueiro Fantasma 2, Quarteto Fantástico (2015), Venom 1 e 2, Shazam 1 e 2, Flash, Os Novos Mutantes, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, X-Men: Fênix Negra, Aves de Rapina".
Ver a diretora S.J. Clarkson, dar as desculpas que deu para justificar o fracasso nas bilheterias, foi ridículo. Isso é uma puta covardia, uma falta de maturidade profissional em saber lhe dar com problemas. O filme é muito ruim, história, personagens, cenas, tudo. E o publico teve razão em dizer porque.
Não sei até onde vai essa incapacidade profissional, essa falta de talento e criatividade em fazer filmes de super heróis hoje. Não sei se é só a lacração, os wokes, as guerra dos cinemas com os streamings, politica, ideologia que afundaram o genero.
Tem muita "Madame Teia, Morbios, As Marvels e Quantumania", em todos os gêneros, nos cinemas e stremings, hoje em dia.
As Marvels
2.7 413 Assista Agora"As Marvels...".
O roteiro é escrito por algum aluno nota 10 do ENEM que passou no teste de redação, a produção foi realizadas nessas oficinas de cultural de domingo, que cedem espaço para o desenvolvimento da cultura e arte, a cenografia é toda comprada na promoção de sábado da Leroy Merlin, os figurinos foram feitos pelas tias costureiras da Escola de Samba paulista, "Colorado do Brás" que foi rebaixada o ano passado pro grupo de acesso é verdade, mas são costuras de uma escola de samba! As maquiagem e as mascaras foram feitas para um baile de Halloween da Zona Leste de Sampa, e que foram doados com muito carinho pelos participantes para que o filme fosse feito. Lindo...
A direção é da Nia DaCosta, mesmo. Woww. Gênia.
E o elenco então? É um arraso! Brie Larson, Iman Vellani, Teyonah Parris, Lashana Lynch e Samuel L. Jackson. ´
A Brie Larson é uma atriz oscarizada! Como o Jacob Tremblay, não foi indicado como melhor ator no filme "O Quarto de Jack", ela foi no seu lugar e ganhou o Oscar nas costas do bichinho! Por que não? Jacob teve uma atuação brilhante no filme! E a Brie Larson, mereceria outro premio pela sua incrível performance de Capitã Marvel Manequim de Lojas de Roupas do Braz, e vestuário masculino e feminino. Foi fantástico!! Ela tem a mesma expressão sempre!! Talento puro! É só ficar parada e deixar texto rolar. As tias do Bráz poderiam usar ela, na confecção!
E a Iman Vellani (Kamala Khan/Ms. Marvel)? Foi o orgulho das personagens genéricas das séries e filmes da Netfilx! Onde tem aquelas amigas chatas com meia fala que você preferia que fosse muda, mas que aqui desenvolve a chatice que é uma beleza.
A Monica Rambeau tem 36 anos, mas ilude a gente de forma inacreditável, com sua Teyonah Parris, personagem de 20? Não lembro, a atuação magnifica da Zawe Ashton, me tirou toda atenção! Não dá pra imaginar uma vilã melhor! Roupas inspiradíssimas, Um uniforme de carpete de leitura mediúnica, bracelete de plástico, cabelo, unha e pé, feitos na Creusa, aqui do meu bairro e acho que de todos os bairros do Brasil. Porque toda cidade, bairro e rua, tem uma Creusa que mexe com unha. Aquele cabelo dela de X-Men, foi revolucionário... E a arregalada de olho dela??? Um zóio de bomba desse deveria levar prêmio da indústria oftalmológica! Imagina você, abrindo uma ótica e colocar um banner da Zawe Ashton com sua Dar-Benn, com aquele zóião? As lentes venderiam mais que alface na feira!
#Acuvue Oasys com Hydraclear Plus - by Teyonah Parris.
Samuel L. Jackson estava Samuel L. Jackson como sempre, mas nesse filme ele estava meio cansado, não sei, tipo "O que eu estou fazendo aqui, senhor?"
O filme tem cenas fantásticas! A noite de pijama da Capitã Marvel, Mis Marvel e a Monica Rambeau, pulando corda na espaçonave foi magico. E batalha delas salvando da extinção, a torcida da Palmeiras do outro planeta? Foi incrível! Teyonah Parris com os olhos arregalado, cabelo da Creusa e marreta da Mattel, foi a cena de super herói do ano! E as cenas dos gatos? Aquilo que eu chamo de criatividade! Tipo, o Goose deu cria, mas o filme não mostra quem comeu ele, mas ele bota ovo de alien, talvez isso prove que ele não tem um genero definido.
Mas nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, supera as cenas do planeta Aladna...
Sério Mano, a Nia DaCosta devera ter um musical na Broadway por causa desses cenas. Tipo um "Cats 2", pra ela encarrar. Porque foi inspirador! O Tom Hooper ficaria orgulhoso demais com ela. O estilo é Disney, mas a intensão me lembrou as melhores coisas, o último sanguinho, a ultima gota do caldo Maggi de inspiração e talento de filmes como:
Morbius, Thor: Amor e Trovão, Motoqueiro Fantasma 2, Quarteto Fantástico (2015), Venom 1 e 2, Shazam 1 e 2, Madame Teia, Flash, Os Novos Mutantes, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, X-Men: Fênix Negra, Aves de Rapina: Arlequina... Só filmão!!
E os trabalhos de computação gráfica? O CGI do filme? Quem precisa da ILM, Cinesite,
Weta Digital, Rhythm and Hues, Image Engine e Framestore, se o Site GPT, faz tudo isso. E de graça? A Nia DaCosta é ou não é, uma gênia? Imagina como o estudio não ficou feliz com ela?
A luta final foi épica! Os "Vingadores: Ultimato" ficou nas chinelas com o espetacular final que "As Marvels', teve! Que luta! Que batalha!! Da mesma forma que copiaram "Matrix", com certeza vão copiar as "As Marvels"!
"As Marvels" é uma obra prima, uma obra de arte, um película que vai inspirar o cinema pelos próximos 20 anos. O filme da Nia DaCosta, rompeu as barreiras do som, do mar e da luz, com uma estória antológica, cenas inacreditáveis de ação, efeitos sensacionais e atuações dignas de Oscar. A diretora estava inspirada demais, acho que ela estava no Nirvana, no ecstasy, nas estrelas, pra fazer um filme desse!
E não vem xingar não!! "As Marvels" é um trabalho de escola! Talvez o maior trabalho de escola já feito nos cinemas! Merece mais respeito! Todo respeito! Não qualquer ano que sai um filme desse! Foi histórico...
Carol Danvers, Monica Rambeau, Kamala Khan e Dar-Benn. Tamo juntos!! ✊💜
Os Descendentes
3.5 1,3K Assista AgoraEsposa em coma, Pais & Filhos e um terrenão na praia. Na levada leve e de quem não quer nada, Alexander Payne leva a gente no paraíso do Havaí em "Os Descendentes". Mas logo no começo, George Clooney com seu Matt King, já tira essa ilusão de alegria eterna nessa ilha que parece um sonho.
O diretor de "Sideways, Nebraska e Os Rejeitados", sabe tratar as relações humanas, com seus dramas e tristezas, de uma forma leve e bem humorada. Mesmo vivendo um casamento desgastado e infeliz, Matt King sofre depois que sua esposa se acidentou nas águas desse paraíso, entrando num coma profundo e que agora não teria mais volta. Como toda crise conjugal se estende paras família em questão, os Kings não eram diferentes. Scottie King (Amara Miller), vivia sendo a garota problema na escola e Alexandra (Shailene Woodley), nem em casa mais morava.
Você percebe a relação quase destruída da família, percebe que o pai queria criar forças para o momento difícil, mas entende que tudo estava errado entre eles. O acidente com a esposa, era mais um, pois já existia um na vida deles. Os erros e as ilusões, fazem parte dos paraísos terrestres e Havaí não seria diferente. E Alexander Payne foca toda drama da família praticamente deixando de lado, as belezas naturais da ilha, coisa que é só mostrada nas cenas sobre o terrenão do Matt e a tensão entre os familiares que lucrariam com isso.
George Clooney tem uma boa atuação, ele passa a sofrência de viver o pai distante, com as filhas bocudas e que não o respeita, a família da esposa toda nervosa com a situação, o povo querendo que e assine a papelada pra venda do terrão havaiano. Tem a ascensão da Shailene Woodley vivendo a filha mais velha Alexandra. a garota manda muito bem no papel. Amara Miller é o alivio cômico da família com sua Scottie, junto com o amigo sem noção Sid (Nick Krause). O elenco ainda conta com Judy Greer, Matthew Lillard, Robert Forster e Beau Bridges.
"Os Descendentes" é um filme leve, mas que carrega emoções fortes em sua história, e que traz um significado simples em seu drama. É um filme que parece que tem um enredo simples, agridoce, mas que tem as suas amarguras, em situações comuns de qualquer família. É a ilha mesmo, H.A.W.A.Í. que faz a gente achar que essas coisas não existem pra quem mora num lugar onde todos vão tirar férias.
Tão Forte e Tão Perto
4.0 2,0K Assista AgoraTrauma, 11 de Setembro e suas marcas. "Tão Forte e Tão Perto" conta uma história de perda e aventura, onde uma criança vai até as ultimas consequências para desvendar pequenos enigmas deixado pelo pai.
Dirigido por Stephen Daldry e estrelado por Tom Hanks, Sandra Bullock, Max von Sydow, Viola Davis, John Goodman, Jeffrey Wright e Thomas Horn, o filme mostra a difícil superação de Oskar Schell, personagem incrível do jovem Thomas Horn, que em meio a uma intensa dor, vai em descobrir os mistérios de uma chave antiga, em busca de um legado imaginário deixado pelo pai, sobre um bairro perdido na cidade de Nova York.
A tragédia dos atentados do World Trade Center é presente no filme todo em flash backs fragmentados em lembranças dos personagens, o mistério doloroso da perda de Oskar, trás na sua jornada, um desespero angustiante de uma criança, que explode em algumas partes do filme como bombas, mas que segue quase contida durante todo filme. Ver a rara inteligência do garoto, direcionada brilhantemente de forma matemática e artística, detalhada em mapas e conversações adultas, fascina e assusta, por ter sido exposta, em meio a tanta dor.
Thomas Horn tem daquelas atuações que faziam a carreira de ator mirim por toda uma vida toda. A história tem um foco total em seu personagem Oskar Schell, e esse jovem ator superou todas minhas expectativas com sua atuação. Não era uma criança comum, Thomas Horn trouxe para Oskar, uma criança com um Q.I. acima do normal, hiperativa, um algum grau de altíssimo, com personalidade forte e pura. Por mais que Oskar pareça ser uma criança adultinha, ela é ainda uma criança. Uma criança que precisa da mãe e do pai, mas a perda mostrou de forma explicita, as dores e os traumas que os pequenos levam com eles, mas que ninguém vê.
A jornada de Oskar, foi quase a de um Hobbit na Terra Média. Sozinho em Nova York ele tenta descobrir os mistérios da chave, mas encontra no misterioso e mudo avô, um ajudante mas suas andanças. E o foda, é que um é mudo e o outro engoliu um papagaio. Cê é loco, o muleque não para de falar um minuto rsrsrs... Mas o que impressiona, são que suas conversas parecem de adulto, mas as suas ações não abandonam a pureza de sua idade.
A direção de Stephen Daldry, explora de forma magnifica o universo de Oskar, sempre de forma cautelosa, mostrando suas dores e feridas, num primeiro plano, como se as lentes de sua câmera fossem os olhos de outra criança. O filme não busca julgamentos de pai, mãe, avô e conhecidos, a história busca mostrar o ângulo enxergado por elas, como se o mundo fosse feito do elas acham que são.
O filme tem momentos marcantes, dramáticos e dolorosos, principalmente quando Oskar vai revelando as gravações da secretária eletrônica do pai, os surtos com a mãe, o desfecho final da chave e a explosão de dor e tristeza pela a revelação de tudo. Mas os momentos não foram só de dor e tristeza, quando a mãe revela pro filho o seu papel em sua jornada, você entende porque mãe é mãe. Sandra Bullock é foda!
"Tão Forte e Tão Perto" é uma jornada infantil diferente, parece uma busca adulta, mas que é feita por uma criança. É uma busca desesperada por um adeus de uma pai que nunca chega, mas que mostra em seu final, o inicio de uma incrível superação, que não foi só dele, mas de muita gente que ele conheceu em sua aventura.
Grande filme.
A Rede Social
3.6 3,1K Assista AgoraDrama, traições, conspirações, like. David Fincher transformou a criação de um App, num dos maiores clássico dos anos 2010. "A Rede Social" parecia ser um filme inútil, sobre um nerd inteligente, chato e irritante, que ficou bilionário inventando um tal de Facebook, um diacho que eu nem tinha na época, que demorou 7 anos pra mim ter e que encerrei a conta tem um ano, depois das checagens de conteúdo, com suas curiosas mensagens de vídeos, fotos, reportagens que segundo moderação da pagina, estavam fora de contesto...
Na época os sites de criticas, falavam que o filme era tecnicamente perfeito, com roteiro, direção, trilha, edição e atuações incríveis, sendo o filme do ano, que ganharia o Oscar fácil. Isso me levou pro cinema e realmente o filme era genial. Jesse Eisenberg (Mark Zuckerberg), deveria ser brasileiro e nordestino, porque o bicho parece um repentista. Cê é loco! Nem assistindo trocentas vezes esse filme, eu consegui acompanhar as legendas, o cara é uma metralhadora vocal.
E Jesse destruiu o filme! Pros nerds dos anos 2000, ele soube representar a categoria. A atuação dele foi magnifica. E não sei de quem foi a ideia, mas não transformar Mark Zuckerberg num super herói, foi inteligentíssimo. Todo mundo faz merda na infância e adolescência, não foi caso dele, mas fazer comparações entre mulheres, tipo: Feia x Bonita. Gostosa x Gorda. Como x Não Como. Acredito que todo mundo nesse planeta, numa roda de amigos, já tenha feito isso. No esquema "Morreu Aqui!" E não jogando na internet pro mundo inteiro saber.
Além da direção magnifica do David Fincher, um dos triunfos do filme, foi a inteligente edição e montagem da história, que mostra os bastidores da criação do Facebook. com uma trama envolve disputas judiciais intensas, lavagem pesada de roupa suja, e bilhões e bilhões de dólares em jogo. Sendo que tudo isso aconteceu após uma discussão com sua namorada, onde ele decide se vingar criando um site de comparação de mulheres chamado Facemash.
Além de Jesse Eisenberg, o elenco conta com Andrew Garfield vivendo Eduardo Saverin, o loco do Armie Hammer com dois personagens Cameron e Tyler Winklevoss, Justin Timberlake na pele de Sean Parker, o co-fundador do Napster e Rooney Mara, a ex...
Mais de dez anos depois, "A Rede Social" se firma como um dos melhores filmes da década, o melhor do Jesse Eisenberg até hoje e mais um filmaço do David Fincher. Grande filme!
P.S.:
Oscar 2011. Indicados ao prêmio de Melhor filme
Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Minhas Mães e meu Pai
Toy Story 3
127 Horas
Bravura Indômita
Inverno da Alma
Vencedor:
O Discurso do Rei.
#naomereceu
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraMorte, luto, perda, canos entupidos e reconciliação. Com aquela cara de quem não quer nada, Casey Affleck, leva a gente não pra beira do mar, mas pras profundezas dele, com seu infeliz Lee Chandler, um homem destruído por uma tragédia familiar.
Dirigido por Kenneth Lonergan, o filme retrata a história de Lee, um homem que se vê forçado a retornar à sua cidade natal, após a morte de seu irmão. E tendo assim que confrotar com o passado triste que ele tinha deixado pra trás, e com uma responsabilidade inesperada de cuidar de seu sobrinho.
O filme mostra Lee, um homem infeliz, que vive num mar de amargura, em que ele vivia afogando em si mesmo, relembrado fatos, mas que agora reencontrava as pessoas que estiveram nos dias mais difíceis de sua vida.
Num primeiro plano, o filme mostra a vida difícil de Lee, sendo quase uma punição imposta por ele, mesmo. E ao rever os amigos e parentes, o desconforto doía até na gente, que eu não sabia os porquês toda daquela situação, coisa que o filme foi contando na hora certa.
Casey Affleck nunca me impressionou como ator, ele tem aquela cara engessada, com olho de peixe morto em todos filmes que faz, mas ele acabou sendo o ator errado no filme certo. E não deu outra, ele comeu o personagem, tendo um atuação impecável, parecendo que o papel foi feito pra ele. O elenco conta ainda com Lucas Hedges vivendo Patrick, o sobrinho que ficou órfão de pai e tinha que se acostumar com a tutela do tio distante, difícil e amargo, Michelle Williams vivendo Randi, sua ex esposa, que tentava sobreviver com após a tragédia vivida pelos dois, e Kyle Chandler, Matthew Broderick e Gretchen Mol, galera que se deu bem em cena.
A história triste é cortada por flash backs, que ajudam a montar os fatos ocorridos na vida de Lee, ao mesmo tempo que o drama vivido por ele e pelo sobrinho, vai corroendo a gente com momentos difíceis e dolorosos, que vão se ressignificando na medida que o filme chega no final. A direção de Lonergan foi muito habilidosa ao saber explorar as emoções dos personagens e os dilemas que eles enfrentavam. A fotografia gelada e a trilha sonora complementam a atmosfera melancólica e reflexiva da obra.
"Manchester à Beira-Mar" é um filme intenso, um drama pesado, cheio de emoções, que mostram um lado da face dolorosa da vida humana, mas que também sabe mostrar o lado da beleza que existe em superar e continuar com tudo.
Grande filme.
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraTem Spoilers Negros...
Quem era Nina? O Cisne Negro? O Cisne Branco? A filhinha da mamãe? A princesinha? Eu não sei. Nina parecia ser um saco vazio, sem alma. Todos dominavam ela. A mãe, o professor, o Cisne Branco, o Cisne Negro, a amiga rival, a outra é a outra... Quem era ela? Era impressionante quando o Cisne Negro possuiu Nina, mas por quê? Por quê o Cisne Negro demorou tanto pra possuí-la? O Cisne Negro representava tudo aquilo que ela amava, sonhava e desejava, mas era negado por ela. E quando ela passou a se aceitar, o Cisne Negro interior dela deu o bote. Ela era a filha da mamãe, a garota certinha, educada, a virgem, a aluna esforçada. Mas por dentro, Nina não queria só isso não, ela sonhava em ser o contrário. Ser ela. Ela só conseguir ser o Cisne Negro quando se aceitou. Acredito que ela jamais aceitava sua sexualidade. Nina era bissexual. E só depois dela ter saído com sua amiga e feito sexo com ela em casa, foi que ela conseguiu se encontrar. Mas e a demência dela? Por que essa pressão levou Nina a loucura? Eu não sei! Se soubesse eu jogava na Mega Sena, acertava as seis dezenas, ficava rico e comia Cisne Branco, Negra, Azul toda semana ouvindo Tchaikovski. Mas acredito que patologia dela vinha de sua família, porque sua mãe tinha problemas mentais. E ela foi criada de uma forma bem estranha, ela parecia um bebê. Seu quarto tinha uma porta sem chave e era cheio de bichos de pelúcia, tudo rosinha e cheio de renda. A mãe acordava ela, dava café, almoço e até banho. E depois do balé punha a garota pra dormir ao som da caixinha musical. Nina era o Cisne Branco, criada a imagem e semelhança da mãe e seus sonhos perdidos... Eu acho que ela nunca tocou um siririca na vida, nunca chutou uma rola e nunca deu o briocô pra ninguém. Por isso ela era o Cisne Branco. O professor dela tinha razão em mandar ela se tocar e casa. Para ter o papel da rainha a garota tinha que ser uma mulher que conhece a vida! Uma mulher que sabe ser a santa dona da casa, mas a prostituta do inferno na cama. O bem e o mal ali na Palma das mas e na ponta dos pés. E na minha opinião o surto psicótico dela já acontecia antes e de forma diferente. Aquelas coceira delas já mostra um pouco disso e a presença de pessoas que ela considerava rivais, por elas serem normais, Cisne Branco e Negro ao mesmo tempo e ela não. Esse filme do Darren é muito foda. Tem tantas explicações, tantos significados que só saindo do impacto fantástico da obra é que eu consegui pensar um pouco mais sobre tudo.
"Pensa que não entendo? O inútil sonho de ser. Não parecer, mas ser. Estar alerta em todos os momentos. A luta: o que você é com os outros e o que você realmente é. Um sentimento de vertigem e a constante fome de finalmente ser exposta. Ser vista por dentro, cortada... até mesmo eliminada. Cada tom de voz, uma mentira. Cada gesto, falso. Cada sorriso, uma careta. Cometer suicídio? Nem pensar. Você não faz coisas deste gênero. Mas pode se recusar a se mover e ficar em silêncio. Então, pelo menos, não está mentindo. Você pode se fechar, se fechar para o mundo. Então não tem que interpretar papéis...fazer caras, gestos falsos. Acreditaria que sim mas a realidade é diabólica. Seu esconderijo não é a prova d'água. A vida engana em todos os aspectos. Você é forçada a reagir. Ninguém pergunta se é real ou não, se é sincera ou mentirosa. Isso só é importante no teatro. Talvez nem nele. Entendo por que não fala, por que não se movimenta. Sua apatia se tornou um papel fantástico. Entendo e admiro você. Acho que deveria representar este papel até o fim, até que não seja mais interessante. Então pode esquecer como esquece seus papéis."
Persona (1966) Ingmar Bergman
Enquanto eu assistia "Cisne Negro", eu me lembrava de "Persona", que o Ingmar Bergman dirigiu em 1966 e dessa sua fala antológica. Quando a enfermeira que não por acaso se chama Alma dá uma espécie de diagnóstico a Elisabeth, uma atriz de teatro, que durante a apresentação da peça "Electra", de Eurípedes, fica muda, e assim passa a viver, em silêncio diante de tudo, em atos medíocres, gestos minimalistas, sem nenhuma doença visível.
O tempo todo a Nina do Darren me lembrava a Elisabeth do Bergman. Nina foi afogada pelos desejos e anseios fracassados da mãe e dos seus bloqueios psicológicos e emocionais, que na disputa e nos ensaios do Lago Do Cisne a pressão de ser a Rainha com sua complexa dualidade, explodiu sua zona de conforto rápido demais, fazendo com que ela literalmente enlouquecesse. As cenas em que isso acontecem são magnificas e vão desconstruindo toda realidade que a gente era conduzido a acreditar.
A atuação da Natalie Portman foi antológica, ela realmente deu a vida na personagem, emagreceu mais de 9 kg, treinava 5 hrs dia, tendo diversas lesões no corpo devido aos ensaios, mas nesse caso o resultado foi diversos prêmios incluindo o merecido Oscar de melhor atriz. No elenco tem Vincent Cassel, Mila Kunis, Barbara Hershey e Winona Ryder.
O filme tem figurinos bárbaros, onde misturavam efeitos de computação gráfica muito bem aplicados nas cenas do balé e naquele efeito pele de frango no corpo da Nina. O espelho foi muito usado e de forma inteligente deu ao filme mais ênfase ao tema abordado no filme. O filme tem cenas inesquecíveis, diálogos fantásticos e reviravoltas que estão nadinha mente até hoje. As cena finais eu fiquei sem ar. É aquele tipo de sequência que você perde o chão a cada frame, no último ato, ao som foda de Tchaikovski, no salto você ouve da bica da Nina o motivo de sua demência: "Perfeito".
Que era Nina? O Cisne Negro? O Cisne Branco? A filhinha da mamãe? A princesinha? Eu não sei. Mas ela morreu? Aquilo foi real? A mãe dela na assistindo, as rivais e a Lily dando os parabéns, o diretor extasiado, a apoteose da público, aquele monte de luz... Pra mim não, não foi real. Obra Prima.
Repostado. Não tenho uma opinião melhor ainda.
Era Uma Vez um Sonho
3.5 449 Assista AgoraFamília é foda. Se elas não tivessem problema, ninguém teria uma. Não tem explicação a loucura que é cada uma. Mas uma coisa é certa, todo mundo merece a que tem! Gabriel Basso sobreviveu a sua! Venceu na vida. Ex-Mariner, recém formado em direito, casado, esposa linda, estava na marca do pênalti para conseguir um emprego novo, quando recebe um telefonema do Passado te Condena, pedindo ajuda e chamando ele pra casa.
Como memórias quebradas, "Era Uma Vez um Sonho" vai relembrando os momentos conturbados que ele viveu com a mãe, a formação oitentista Havaiana que ele teve com a vó, e histórias e histórias, de gente que preferiu um forte abraço de "Tamo junto", do que um "Adeus" de aperto de mão.
Gabriel Basso é era santo, e muito menos vitima. A mãe dele era drogada, barraqueira e mulherenga, triste, mas era mãe. Xingar ela de puta e deixar os outros tirar uma. Não pode. E ele tinha muito dela e poderia ser pior se não fosse sua vó. Véia foda, pica, faca na bota, sangue no zóio, tudo! A mulher sabia como viver a vida. Ela sabia a diferença do certo e do errado, mas tinha a sabedoria de saber mais as necessidades e facilidades dos dois.
Ron Howard dirige o filme com muita competência, naquele estilo clássico dele, numa pega oitentista leve que ele manja muito. A história tem um peso dramático brabo, mas ele gênio que é, vai quebrando as maldades desse povo, em situações difíceis, em problemas de família apenas, em vez de pregar todos eles na cruz. E isso fez toda diferença! Porque "Era Uma Vez um Sonho" é baseado numa história real, mas quantas histórias parecidas com essas, não vem a nossa mente durante o filme e quando ele acaba.
Amy Adams (Mãe) e Glenn Close (Véia), deram um show no filme, ficando irreconhecíveis nos seus personagens, e por mais que o jovem Gabriel Basso (Owen Asztalos), andasse o filme todo, a história e o sentido de tudo, estava na mãe problemática e na vó, ancora e base da família.
Tem cenas ótimas, barracos marcantes, Haley Bennett e Freida Pinto no elenco, numa história muito bem representada e dirigida. Grande acerto da Netflix.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraPrece para os mortos. "Réquiem para um Sonho", Tragédia de Darren Aronofsky, uma ópera moderna sem canto, que mostra corpos, mentes e almas em agonia, numa busca desesperada de viver seus sonhos. Sonhos humanos cheio de ilusões, de erros e maldades, sonhos que morrem com o veneno de sua própria matéria, se tornando um pesadelo antes do próprio fim.
Harry Goldfarb, Tyrone C. Love e Marion Silver, são jovens que vivem na boca da noite, se divertindo, imaginando uma via boa, cheia de grana e curtição. Eles sonham, mas eles são nóias, drogados, viciados em heroína, ou qualquer coisa que faça brisa. Vagabundos típico, que roubam o que pode para manter seus vícios, na história clássica do filho que rouba até a mãe pra comprar drogas. Vícios...
Sara Goldfarb tem um filho assim. Harry, um nóia, um vida loca, que vive de beco em beco, jogando a morte nas veias, antecipando a “missas de réquiem” para si mesmo. Ele e Tyrone, um amigo marcado por drama materno, de raça e de vida pobre. Harry namora Marion, garota bem de vida, problemática, que passa em divã, que é viciada, nóia, daquelas capazes de qualquer coisa pra manter seu vicio. Sara Goldfarb tem um filho viciado, mas ela também tem seus vícios. TV, o "Tappy Tibbons Show".
Harry, Tyrone, Marion, jovens, amigos, amantes, viciados e sonhadores. Que resolvem juntar tudo, num incrível negócio, "Ser traficantes". Uau... Foda essa geração 2000! Eles investem, se dedicam e lutam arduamente para manter seus sonhos. Mas a brisa loca que sai da boca da noite é incerta, é errada. Traficante não pode ser viciado, como a cobra não pode beber do seu veneno. Veneno este, que Sara Goldfarb recebeu como remédio, como cura.
Nesse palco de Aronofsky, o horror, a agonia e a loucura, mostra a queda abismal dos sonhos para o pesadelo, da alegria para a miséria, da vida para uma quase morte. É pesadíssimo! Dos furtos leves do filho para a mãe, a vida viciada feliz, dinheiro, vestido vermelho, TV nova, amigas tomando sol, o filme tira todo glamour moderno, mostrando a foça imunda que os viciados vivem quando o vicio chama e a droga acaba.
Jared Leto, Marlon Wayans, Jennifer Connelly, Ellen Burstyn, levam seus personagens ao inferno, aos horrores do mundo dos drogados, lugar onde as drogas viraram deuses, e que seus fieis viciados fazem suas preces mórbidas em suas veias.
A atuação desse quadrúpede de atores é magnifica! Ellen Burstyn com sua Sara Goldfarb, faz você perde o chão e a razão, pelas coisas que acontecem com ela. Ela era uma mulher infeliz, depressiva, viciada no Tappy Tibbons Show, mas na medida do possível, ela estava bem. O que quebra a gente, foi o médico filha da puta ter passado um remédio que vicia. Coisa que desgraçou a vida dela, diferente do trio agulha Harry, Tyrone e Marion, que eram uma bomba relógio que explodiria a qualquer momento.
Essas quatro estações de Aronofsky, no ultimo ato, no "Inverno", as cenas finais foram um dos momentos mais alarmantes da história do cinema em todos os tempos. O filme entra numa agonia, num desespero, onde o horror toma conta de cenas dos personagens, mostrando cada sonho sendo destruído e virando um pesadelo real, infernal e tenebroso do mundo, onde as drogas fazem as pessoas desaparecerem, fazem elas vivarem coisas piores que sombras e zumbis, viciados viram sub gente, uma espécie de escravos de tudo, seres que rastejam para longe se si mesmo e de sua humanidade.
São pouco mais de 20 minutos, que viram uma eternidade na nossa frente. São momentos que marcam a gente pro resto da vida. Num desfecho que destrói qualquer alusão poética sobre as drogas. É terrível, triste, alarmante, mas ainda muito mais que necessária hoje em dia.
"Réquiem para um Sonho" é uma opera onde a única musica que se ouve é os gritos e gemidos dos arrependidos. Um balé de corpos que rastejam as dores de seus sonhos torpes, caídos em tragédias e sonhos que viraram pesadelos.
Obra Prima.
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
AIDS. Nos anos 80 essa doença matava antes da pessoa estar morta. Era chamada da doença dos gays. Pegou morreu. Quando apareceu o AZT para o tratamento, eu e todo mundo na época esperávamos que a medicina estaria perto da cura. Nos anos 90, a galera só contrairia o vírus por acidente ou porque queria, porque tnha muita informação na TV e nas escolas. Mas eu desconhecia os horrores por trás do tratamento com AZT, que esse filme mostra. Achava que o coquetel ajudava e não assassinava.
“Quando eu tomo o coquetel, é como se estivesse comendo um cachorro vivo . E o cachorro me come por dentro.” Disse o Renato Russo a um amigo. Esse filme explica um pouco o porquê.
"Clube de Compras Dallas" conta a história de Ron Woodroof, um texano machão, cowboy e mulherengo, que pega essa doença que era a morte. Inconformado com tudo, com o afastamento dos amigos, demitido do trabalho e com mês de vida que os médicos lhe deram, desesperadamente Ron procura uma alternativa, rouba remédio, estuda, e faz o diabo pra se manter vivo. Até que ele descobre um médico que tem um tratamento alternativo ao AZT sem os efeitos colaterais fatais, que esse coquetel tinha.
Ele viaja ao México e passa a contrabandear essas drogas, que são consideradas ilegais nos Estados Unidos, para uso próprio e fazendo uma grana loca vendendo a mistura pros doentes. Esse esquemão, faz ele fundar o “Clube de Compras Dallas”, onde ele vendo os medicamentos esse medicamentos proibidos pelo FDA a outros pacientes com AIDS.
A história é muito dramática, todo memória do drama oitentista da doença volta a tona, com o enorme medo da doença, do preconceito com quem contraria e também com os homossexuais era acusados de serem os causadores da epidemia na época. Fazendo do preconceito aos gays que ja era enorme, mais uma justificativa para odiá-los e exclui-los da sociedade. Fazendo que a doença só era contraída por quem era homossexual e que um casal hétero jamais se contaminava com o vírus.
Mano, o que tinha de história sobre as contaminações heterossexuais, as pessoas não conheciam. Não tinha internet e rede social na época, essas histórias era passadas no boca a boca, e as vezes mostradas nas rádio e TV. Os pais de famílias, os casais exemplares, pulavam a cerca nas noitadas e festas da épocas, transava sem camisinha e passava a doença pra esposa, filho e filha. Ou seja, a contaminação era igual pra todos. Mas os gays levavam no rabo a culpa por tudo. Mito que só foi desaparecer nos anos 90.
E o Ron Woodroof, mostra um pouco disso, perdendo todo convívio social, pela doença e porque o tachavam ser homossexual. Matthew McConaughey tem uma atuação monstro, no filme, o cara destrói vivendo os dramas do personagem. Que além de mostrar toda luta pela vida, a morte social (Que era considerado quase igual a doença), fisicamente Matthew estava irreconhecível, o pó da rabiola, só o chucrute. E isso foi foda.
Correndo junto com Matthew, vem Jared Leto com seu Rayon, um travesti que vivia na luta contra a doença, a principio tomando o AZT, mas depois cai no esquema do Clube, junto com Ron, onde essa dupla mostra tristeza pela situação, mas também arranca belos sorrisos da gente.
A direção de Jean-Marc Vallée é ótima, ele desenvolve o tema e todos os dramas de forma excelente, mostrando o começo, o meio e o fim do ciclo de vida, que os doentes daquela época tinham quando contrariam o vírus. A luta do Ron contra a indústria farmacêutica é incrível. A coragem que ele teve de enfrentar esse braço maldito do inferno, que só visava o lucro em vez da cura, foi foda. Falar sobre essa indústria é quase inútil pras pessoas.
Tem vários AZTs sendo vendidos hoje me dia, para tudo quanto é doenças, e quem tem um "Clube de Compras Dallas" para se medicar e fugir dessa desgraça é tratado de louco, conspiracionista e antivacina. O pior não é a doença, mas sim os doentes...
Grande filme.
A Última Ceia
3.5 196 Assista AgoraPesado. Cê é loco. Começa pelo título que faz alusão ao costume medieval de dar uma ultima refeição aos condenados antes de sua execução.
Amargo como fel, o filme segue na história de Hank Grotowski(Billy Bob Thornton) um homem infeliz que não ama seu filho Sonny (Heath Ledger), e que tem como pai Buck Grotowski (Peter Boyle) um velho doente, quase acamado e que não ama ninguém.
Pai e filho, trabalham numa prisão rural na Geórgia, EUA, local de forte presença racista, na qual tem como o velho acamado Grotowski e seu filho, dois racistas inveterados e invertebrados.
Nessa, só escapa o Sonny, um rapaz todo perturbado e viciado em Vera. Ele comete alguns erros no serviço e seu pai que praticamente o odeia, não perde tempo. O bicho só falta mata-lo ai mesmo, justamente num local que executa prisioneiros. Lá eles conhecem Lawrence (Sean Combs), homem que está no corredor da morte e perto dos dias de ser morto. Lawrence é marido de Leticia (Halle Berry), mãe de Tyrell (Coronji Calhoun), garoto com obesidade mórbida, que teve como ultimas palavras do pai, que a melhor parte dele era ele, seu filho.
O filme é rodeado por tragédias pessoais e inesperadas, com cenas pesadíssimas, onde Marc Forster mastiga os personagens até o osso pra dar mais amargor pra história. O filme parece meio árido, sem vida, com uma fotografia de um bege turvo e imagens mortas e embasadas. Não com imagens escuras de cemitério e velório, mas de uma infelicidade sem fim, um mundo de alma penada onde Deus tirou férias.
O titulo se resume a execução no presídio, mas o arco dramático em torno disso, molda toda trama em acontecimentos terríveis, momentos muito dramáticos e dolorosos, com revelações que só a Vera mesmo, pra fazer a gente esquecer.
Halle Berry no "Me faça sentir bem", fez uma das cenas de sexo mais marcantes da história do cinema. Era desespero, tormento, dor, angustia e horror com prazer, com situações dos personagens, que se você pensar muito são capazes enlouquecer qualquer um, a história que eles carregam. Nem a Vera salva.
Filmão!
Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento
3.8 586 Assista AgoraCoragem, determinação, mãe solteira, três filhos pequenos e contas para pagar. Com o estilo de cinema foda dos anos 90, "Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento" me pegou de locadoras curtas, com uma história inspiradora de uma mulher que na dentada arrancou um emprego de atendente, investigadora e quase advogada num escritório de advocacia.
Depois que ela descobriu nas catacumbas do escritório, um caso brabo de Sabesp contaminada, a sua vida, do Dr. Ed Masry, do escritório e das vitimas mudam. Com um espirito de Sandra Bullock e da Thelma & Louise nas costas, Erin enfiou a cara na história, foi atrás dos caras e rolou na macumba pra descobrir os paranuê que essa corporação safada fazia pra esse povo desse lugar perdido do tio Sam.
Depois de uma década brilhante no cinema, Julia Roberts veio pedir a saideira nessa personagem. E a gata fez bonito! Matou no peito lindo dela o filme, e fez miséria na Erin Brockovich. Sua atuação foi icônica e vibrante, Julia deu a alma não só pra história, mas para muitos personagens de cinema que vieram depois. Erin Brockovich usava tudo que tinha pra colocar comida na mesa dos seus filhos, jogou todas as cartas.
Enlouqueceu no tribunal numa causa que era ganha, fez barraco pra conseguir emprego no escritório de advocacia do seu advogado, se humilhou pra ele pedindo ajuda, deixou ser amada de novo por um homem que seria o ultimo da fila para conquista-la. E se superou em tudo, deu a volta por cima, numa vida de ser humano comum, onde a realidade social que ela vivia, as expectativas dela ter sucesso e recolhimento, eram quase nulas.
O filme tem diálogos incríveis, momentos memoráveis e atuações magnificas da Julia que lhe renderam Oscar, Globo de Ouro, BAFTA, Sindicato dos Atores, Choice Award, o Troféu Imprensa e a Taça Guanabara. Albert Finney esteve ótimo com seu advogado Ed Masry, e as cenas dele com a Erin no escritório foram hilárias. Foi da hora, os momentos "Eu Não Sou Cachorra Não" dela com os funcionários do Ed e depois com aquela advogada do escritório do Peter Coyote. Foi dá hora!
"Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento" foi a melhor fase do Soderbergh e o ultimo grande filme e personagem da Julia Roberts, que foi a rainha dos anos 90.
Filmaço! Clássico dos anos 2000.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
Capitão Caverna! Professor comunista socialista anarquista niilista exilado auto excluído naturalista louco marido e pai de seis filhos, que decide criar sua família numa floresta, longe da sociedade, sem contato com TV, celulares e computadores, religião e o tal fictício consumismo, se vê obrigado a voltar pra essa Babilônia, depois que sua esposa estica as canelas.
Começa então, o retorno de Ben Cash (Viggo Mortensen), para o mundo real, pro mundo onde você precisa t.r.a.b.a.l.h.a.r. para ganhar dinheiro, compra casão, carrão, iate, apto, passear e todo ano trocar de iphone quando sair um novo. E não viver nesse mundo de educação extraordinária, comportamento de lorde e de esportista, se você não for útil pra você e para o mundo, sendo o mesmo a grande prostituta bíblica ou não.
Dirigido por Matt Ross, "Capitão Fantástico" confronta de forma incrível a fabula de um pai ultra conservador e controlador liberal, num mundo onde todas as pessoas bebem desse cálice maldito para se viver. Uns com moderação, outros o necessário e uma grande maioria se embebedam até a última gota dessa maça proibida. Eva foi foda!
Dilemas são quebrados, dogmas são destruídos e valores são renovados. Mãe é mãe, não existe ideologia no mundo que altere o amor que se tem por ela. Não cabe aos Capitães Fantásticos da vida, obrigarem seus filhos a seguirem seus rastros. E quando a água bate na bunda de Ben, a sua perestroika de caverna começa a ruir. O mundo podre é apresentado aos rebentos, mas o mundo real, magnifico e necessário também. Mas ele dó foi aceitar, quando um acidente desnecessário acontece.
O filme tem cenas e diálogos incríveis, como a vida deles na floresta, com eles caçando, treinando e escalando montanhas. O jantar na casa da cunhada, com os seus filhos arrebentando os tios e primos nas ideias. O xaveco cabaço e furado do Bodevan, e a cena épica de Ben e seus filhos chegando na igreja, com ele todo de vermelho e dando aquele discurso foda! Cê é loco. E depois, lógico a interpretação de "Sweet Child O' Mine", do Guns N' Roses, depois de eles terem roubado o corpo da mãe, pra fazer o enterro pagão dela.
"Sempre fale a verdade. Sempre tome o caminho certo. Viva cada dia como se pudesse ser o último. Beba-os. Seja aventureiro, ousado, mas saboreie. Acaba rápido. Não morra".
São os últimos conselhos do pai para o filho.
Em suma, "Capitão Fantástico" faz a gente ficar com um sorrisão no rosto, abordando de forma brilhante temas familiares, direitos, ideologias, sociedade, fuga da sociedade, que promove uma discussão ótima sobre relacionamentos entre pais, filhos e familiares. É um filme progressista sim, mas também faz uma bela critica ao radicalismo, buscando algumas verdades, nessas ideias fantásticas de um agora ex-capitão, que agora passou a ter novas ideias, novas escolhas e valores melhores.
Sem Rastros
3.5 192 Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
Trauma, trauma, trauma. O que levou Will (Ben Foster) fugir pra floresta com sua filha adolescente, Tom (Thomasin McKenzie), sempre ficava fitando meu cérebro. Em todas as circunstancias ideológicas, sociais e patológicas, "Sem Rastros" foi deixando rastros, pra gente entender os motivos de Will.
E meio a acampamentos na floresta e fuga da civilização, Debra Granik, vai montando os mistérios de Will, enquanto a dramática auto exclusão vai sendo mostrada. Por mais que ele tivesse tido essa escolha, ele não poderia sacrificar sua filha, com seu passado traumático. Por mais que a vida seja dele, ele seja responsável por sua filha menor de idade e ele tenha ideias diversas sobre a situação do mundo. Ele não batia bem da cachola.
As alternativas que ele buscou pra sua vida e pra sua filha, tapava seus problemas com folhas das arvores, mas a longo prazo, que futuro Tom teria? Ele esticaria as canelas e virado adubo pra cogumelos depois, mas e sua ilha? Ela ficaria vivendo a vida dos pai, suas escolhas, suas dores sem saber por quê? O trama do seu pai não poderia se o norte para ela, e com apenas 16 anos, Tom entendeu que mereceria uma vida melhor.
Consumismo, desapego e capitalismo, viram tudo lixo, quando você quer tomar uma casquinha de chocolate no Mc Donalds. Viver de vontades, num mundo cheio de delicias é uma utopia. Ver a vida da floresta, entender as motivações de Will e o amadurecimento de Tom, foi um dos grandes lances da história. E em meio a tudo isso, tem uma aventura que amarra a gente, onde as dificuldades dessa condição são mostradas sem historinha, sem poesia e sem filosofia. Precisou de hospital, precisou de médico, precisou de remédio, não tem copa de arvore que te ajude. Hobbits e Elfos estão em outros filmes.
A direção do filme é ótima, Debra Granik vai contando o drama sem julgamentos, sem politização, sem viés ideológico, esse balaio de coisas, fica por conta de quem assiste. Em nenhum momento a motivação de Will é exposta de forma clara. Alguns fragmentos são mencionados em algumas conversas e isso foi um triunfo da história, pois manteve um mistério dramático que os roteiros de filmes precisam voltar a ter.
A atuação do Ben Foster é muito forte, muito sincera e humana, ele não procurou ser o Capitão Fantástico, pra promover mentiras sobre si e sobre o mundo. Acima de tudo ele amou sua filha incondicionalmente, escolhendo um mundo alternativo, que na sua ótica era o melhor pros dois. Quando ele enxergou que sua filha não poderia viver sua vida e que ela tinha suas escolhas, foi muito foda.
Como pai, ele deu tudo que tinha, o melhor e o pior. Quando viu que não tinha mais nada a dar, soltou.
"Sem Rastros" é um belo filme e merece ser visto.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraTem Alguns Spoliers...
Fuga do mundo, alienação da sociedade, busca pela liberdade. "Na Natureza Selvagem" conta a história de Christopher McCandless, um jovem que fugiu de tudo. Emprego, formação, amigos, família, para viver um mundo que vivia dentro dele, um mundo selvagem e fora dos padrões que tomou a forma de Alasca. Até seu próprio nome, Christopher abandonou. Pra ele, pra natureza, pras poucas pessoas que ele encontrava e pra solidão do Alasca, Alexander Supertramp era seu nome agora.
Dirigido por Sean Penn, e estrelado de forma magnifica por Emile Hirsch, o filme mostra uma aventura corajosa e selvagem, motivada por uma implosão pessoal e ideológica, onde os limites se internos foram alcançados, e que uma separação social era inevitável e talvez até impossível de não acontecer. Tudo vira uma viagem, uma jornada arriscada e perigosa de autoconhecimento, perdão, libertação, sabedoria e cura.
Alexander leva a gente em bora com ele. A viagem dele pelos Estados Unidão é incrível. Numa mochila velha, ele vai para Geórgia, Dakota do Sul, Colorado, Califórnia e Alasca, onde tudo termina. Fuga de casa, trabalho em um cilo, canoa pelos cânions, vida de bicho grilo e solidão. A opera Eddie Vedder vivida por Hirsch, mostra um ser humano cheio de ilusões, culpa, medo e insegurança, que tentou exorcizar sua vida no mundo, nas profundezas do mundo selvagem, mas não do sentido pejorativo, mas em algo intrínseco do ser humano; uma busca pela pureza, inocência, paz e amor, num mundo onde todos compartilham tudo.
Formado em direito ele entra em crise com tudo que aprendeu na faculdade, profissão e família. Com um caráter comunista e ele começa a questionar os valores da sociedade americana. E sai na loca doando parte da fortuna familiar, abandona carro, destrói seus pertences e até sua identidade, e assumi o nome de Alexander. Tudo pra buscar uma conexão com algo real e primordial, uma natureza selvagem que grita dentro dele.
Na sua jornada, Alex explora vários lugares com passagens belas e marcante e cria vínculos temporários com pessoas diferentes como ele quando encontra. Até ele decidir de vez ir pro Alasca, onde ele passou a viver Adão sem Eva, vivendo num ônibus azul abandonado, “ônibus mágico”, deixado acho que por outros viajantes como ele. Lá ele viveu de pequenas caças e frutas silvestres, onde na solidão ele mergulhou dentro de si, nos seus pensamentos e sentimentos, para tentar buscar a sua verdadeira essência.
A direção do Sean Penn é magnifica, acredito que é o seu melhor trabalho como diretor até hoje. As imagens captadas são deslumbrantes, ao som das musicas do Eddie Vedder, onde as letras faziam todo sentido com a jornada. Emile Hirsch também entrega seu melhor trabalho, sua atuação é marcante e diferente de tudo que ela já fez ate hoje.
Além de Hirsch, o elenco conta com Jena Malone, Kristen Stewart, Brian H. Dierker, Vince Vaughn, William Hurt, Catherine Keener, Marcia Gay Harden, Hal Holbrook.
"Na Natureza Selvagem" é um clássico dos anos 2000, no cinema a experiência foi marcante.
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraEsse bicho ser humano é difícil... Ele não sabe de nada de si, não sabe nada do mundo, bagunça toda sua vida, coloca a culpa nos outros, se entope de drogas, remédios, bebidas, acha que tudo está errado, que o Universo é uma piada, que a vida é uma piada, que Deus, Criador, Fonte, Vácuo quântico, é uma criança com uma colônia de formiga nas mãos, birrenta, errada e mimada. Então muitas vezes ele quer acabar com tudo. "Nada importa" ele diz... As vezes ele desiste, as vezes ele tenta, as vezes ele consegue. A maioria busca um sentido de tudo no que está ao redor.
E isso é institucional, as artes, a literatura, a musica, expressaram sentidos infinitos sobre a vida, que em sua maioria pregam uma ideia ensinada pela ciência e religião. Poucas vezes pessoas extraordinárias falaram algo diferente sobre isso, em épocas e formas diversas. E isso era algo que não estavam nos planos dessas instituições, que queriam o ser humano numa forma, num molde, numa coleira que pudesse ser apertada quando preciso.
A vida é muito grande. Nada pode prende-la. Mesmo o ser humano, precisando dar voltas no mundo, a Vida nos leva para para Ela, que anima tudo sim, mas que está como expressão primeira e primordial, dentro de cada um. O sentido de tudo nunca está fora, mas sim dentro de nós. A gente não acredita, vive sem saber porque nasce, porque precisa se isso, aquilo e depois morre, conforme lhe foi ensinado.
Muitos conseguem através dessa confusão se entender consigo mesmo, vivendo uma vida de paz, alegria e felicidade. Não importa se ele teve essa iluminação, olhando pras arvores, pras borboletas, pro filho, pra esposa, pros pais, pros vizinhos, pros desconhecidos. A Vida dá o seu jeitinho de fazer que todos retornem para Ela, pois não há felicidade maior que isso. A felicidade desse retorno para sua morada interna, onde tem tudo.
Cheryl, precisou fazer a sua caminhada. Nada tinha mais sentido pra ela. Ela não tinha mais vida. Mas ela buscava. Nessa longa jornada Cheryl se exorcizou, ela se libertou, deixando suas ilusões, seus erros e suas dores para trás. Ela deixou de ser a lesma da musica "El Condor Pasa" do Simon & Garfunkel, para ser o pardal. Cheryl se encontrou na trilha de 4260 km. Cheryl encontrou a si. Cheryl se iluminou. A "Pacific Crest Trail", foi o seu caminho, sua verdade e sua vida, em que ela teimosamente precisou percorrer fora, para encontrar o que já estava dentro dela.
"Livre" do diretor Jean-Marc Vallée, é um filme que faz a gente seguir alguma trilha interna, alguma coisa que faz a gente encontrar algo em nós. A jornada de Cheryl era solitária, porque ela se via assim, como numa noite negra da alma, mas só era isso, porque ela estava separada de si mesma, da vida, da fonte ou de deus. Ela precisou bagunçar a vida toda dela, com perdas, traições, vícios e drogas, para voltar pra ela mesma e ser feliz. E essa jornada pela "Pacific Crest Trail" foi a sua professora, a sua mestra, onde teve que aprender com estava fora, mas que na realidade era imagens figuradas que estavam dentro e sua mente e de seu coração. E foi somente no seu final, que ela entendeu tudo.
"...Depois que me perdi na selvageria do meu luto, encontrei o caminho para fora da floresta. Eu não sabia para onde ia, até chegar, no último dia da trilha. Obrigada, eu pensei. Por tudo que a trilha ensinou e tudo que eu ainda não sabia na época."
E se iluminou.
"...A minha vida, como todas as vidas. Misteriosa, irrevogável e sagrada. Tão perto. Tão presente. Tão pertencente a mim. Como me senti livre deixando que ela seguisse seu rumo."
"Livre" é um filme muito especial, toda vez que assisto parece que alguma parte minha faz essa jornada com Cheryl. E quando ela se acaba, o final e o resultado de tudo, não termina com o filme, mas fica um caminho trilhado dentre de nós.
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraUm bom passa tempo Shyamalan, "Tempo" conta a história da família Cappa, que foi passar férias numa resort, na qual foram convidados junto com um grupo de turistas a visitar uma linda, escondida e paradisíaca praia do local. Mas um misterioso, mortal e terrível fenômeno nas areias do lugar. Ao adentrar você envelhece muito rapidamente e não consegue sair do local. Décadas se passam em horas, e toda uma vida pode não durar mais do que um dia. Ou seja, você entra uma uva e sai um maracujá seco.
O bagulho é loco! Teu filho estava do seu lado com o dedo no nariz, uma hora depois ele estava enrolando o bigode e coçando o saco do seu lado. Muleque! Bate um terror na gente, porque o tempo visto antes com um certo controle, agora era praticamente inflação da Venezuela. Pro alto e avante, e além, e que Deus te abençoe.
E o cruel de tudo, era saber que o corpo não só envelheceria rápido, mas os problemas físicos dele também! E as cenas foram incríveis! Um das situações mais emocionantes, foi do Maddox, começa no ator Nolan River e termina em Emun Elliott. Mais um pouco e o bicho já vinha com o médico fazendo o exame da próstata nele.
As cenas são desesperadoras, Shyamalan caga feio no final, mas o desenvolvimento do filme é impressionante! Na trama os personagens aparecem com dramas pessoais, e quando as coisas começam a aparecer, tudo evoluiu de forma explosiva. Separação conjugal, racismo, demência, somado aos problemas físicos, mexem muito com as emoções da gente. É cada coisa que é foda! Mas a garota com gravidez de minutos, e a loira com artrite, artrose, foi terrível! E tem o Rufus Sewell doido ainda.
Pena que o final é um pé no saco! Não é porque a gente sempre espera um grande final nos filmes do Shyamalan, mas esse poderia ser anos luz, melhor! Foi muito pratico, básico e obvio. Mas considero "Tempo", ainda é um ótimo filme! Tem esse final triste, mas mata o tempo que é uma beleza!
Vida
3.4 1,2K Assista Agora"Vida" de Daniel Espinosa, foi uma grata surpresa do genero, contando a história de uma equipe de astronautas de uma estação internacional se depara com uma forma de vida extraterrestre originária do planeta Marte, que a principio era inofensiva, mas que depois se mostra ser acho que o motivo do planeta vermelho ser um deserto se um pé de couve.
Ryan Reynolds, Jake Gyllenhaal, Rebecca Ferguson e Hiroyuki Sanada, Ariyon Bakare e Olga Dihovichnaya, passam aqueles horror de Alien na nave. Eles comemoraram a célula unicelular marciana, como os troianos comemoram aquele cavalo, ao reviver a bichinha, que depois começa a se dividir rapidamente, transformando-se num organismo diferente de tudo que se conhecia. A princípio, Calvin foi celebrado como uma descoberta científica do ano, o pica das galáxias, pra depois virar o Pac-Man na estação e o começo do apocalipse nosso quando o filme acaba.
A direção do Espinosa é ótima, cheio de ação, tensão e surpresas. A computação gráfica principalmente da criatura é perfeita, com cenas de ataques bem realistas e nojentos. Sendo a cenas da luta de Roy Adans personagem do Ryan Reynolds, com a criatura, uma coisa que me fez fugir da gelatina pra sempre. O filme foge dos clichês básicos e mantém a gente preso do inicio ao trágico fim.
"Vida" do Daniel Espinosa, era pra ser um aperitivo para o aguardado longa do Ridley Scott, "Alien: Covenant", mas que infelizmente, acabou superando e muito a esperada sequencia de "Prometheus".
Vale muito conferir.
Ameaça Profunda
3.0 633 Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
Horror cósmico. universo lovecraftiano, "Ameaça Profunda" é uma mal amada ficção, que nos leva pras profundezas pressurizadas do oceano, contando uma história de Norah e uma equipe de pesquisadores que passam um perrengo loco numa estação subaquática ao enfrentar eventos catastróficos após um terremoto, onde nas profundezas do oceano, eles enfrentam não apenas as ameaças físicas do ambiente, mas também criaturas desconhecidas e aterrorizantes que habitam as profundezas.
Parecendo o Belo do grupo noventista de pagode Soweto, Kristen Stewart vive Norah Price, uma garota que deu a ultima escovada de dente de sua vida, antes do catastrófico colapso da estão! E que cena foi aquela! Uma correria do capeta, não se sabe pra onde, mas ela encontra no caminho, Rodrigo (Mamoudou Athie), que depois se junta a Paul Abel (T.J. Miller), Liam Smith (John Gallagher Jr.), Emily (Jessica Henwick) e o Capitão Lucien (Vincent Cassel). Todos sem lugar algum pra correr, pois está afundando, se é que se pode afundar mais pois eles estão no fundo das foças Marianas no Pacifico, perfurando o chão em busca de petróleo, na qual eles perfuraram fundo demais, encontrando quem não devia, ou será eles encontraram o que queriam?
A trama consegue capturar o universo do "Alien, o 8ª Passageiro" para dentro do oceano, numa estética muito parecida do filme do Ridley Scott, mostrando uma ambientação catastrófica, opressora e caótica, onde o inimigo não é só a estrutura física ruindo, mas de alienígenas famintos que eles encontraram e que agora os caçavam ferozmente. Mas, será que eles, sem querer encontraram mesmo?
No universo de H. P. Lovecraft, o terror cósmico explora insignificância dos seres humanos ante a imensidão desconhecida do cosmo, que são habitados por seres maléficos e por deuses antigos vindo das trevas do espaço parra o nosso mundo, mas que permanecem adormecidos, esperando acordar ou serem despertos.
"Não consigo pensar no mar profundo sem estremecer com as coisas inomináveis que podem, neste exato momento, estar arrastando-se e espojando-se em seu leito lamacento, adorando seus antigos ídolos de pedra e cinzelando à sua própria e detestável
semelhança em obeliscos submarinos de granito encharcado." - Lovecraft.
As ações lógicas de sobrevivência dos personagens, desaparecem quando eles se deparam com as desconhecidas criaturas. Mas antes o filme mostra uma cenas muito curiosas que contrastam com toda a descrição cientifica da trama, detalhes rápidos que faz a gente pensar numa visão oculta escondida na história.
Na sala daqueles trajes foda, uma coisa precisa ser notada. As diversas pinturas antigas nas paredes, que são observados por Emily, personagem de Jessica Henwick. Aquilo não foi coisa do acaso, a sala de mergulho ficou até mais antiga se comparada com a estética do filme todo. Anjos lutando com seres marinhos cheio de tentáculos e uma cidade submersa nas aguas. Seria R'lyeh e o mito de Cthulhu de Lovecraft? Porque segundo o escritor, essa cidade e prisão da criatura, estão nas foças Marianas que a estação Kepler-822, opera.
Mais adiante ainda, fica mais explicito quando Norah chega perfuradora Shepard, e numa sala ela se depara com um mapa no armário do capitão, com o desenho do mito de Cthulhu sobre uma pedra, desenho esse, um rascunho original de Lovecraft. Isso não é coincidência quando se confronta com a trama toda do filme, que mostra uma empresa que escolhe logo esse local, onde ocorre esses eventos, que fica mais estranho ainda quando no fim do filme, a empresa nega o ocorrido, proíbe os sobreviventes de falar a respeito e segue perfurando o local.
Será que a empresa não era um disfarce corporativo para o culto aos deuses antigos, que tinha por objetivo despertar Cthulhu do seu sono? Porque tudo isso, passa despercebido com as cenas de ação e terror que segue a trama. Tudo isso é bem sinistro no filme, pois a trama não faz menção a isso de forma gratuita. É muita riqueza lovecraftana que passou sem que ninguém percebesse.
O diretor William Eubank cria uma atmosfera claustrofóbica genial, utilizando closes, vistos de dentro do capacete dos personagens, e imagens de puro medo marítimo, que aumentam mais ainda a imersão do filme e intensificam a sensação de aprisionamento e desespero em toda história, que lentamente se transforma num filme de ficção terror.
Além de mostrar o desespero de sobreviver nas adversidades subaquáticas, o filme explora como poucos o genero com cenas trágicas de tirar o folego, efeitos que desafiam a ótica nossa, CGI realistas, com imagens embaçadas que mostram como seria essa situação, e o horror das criaturas, com todo suspense e luta que segue até o fim.
"Ameaça Profunda" é um filme imperfeito, não é uma obra prima ainda, acredito que algumas coisas precisam ser relevadas para isso, mas é um filme muito foda! Poucos no genero, conseguiram chegar perto do filme de William Eubank. A trama lógica, as cenas de ação, a atuação foda da Kristen Stewart e as referência ocultas no filme, das obras de Lovecraft, faz que esse um dos melhores já feitos.
Assisti no cinema, tenho o ingresso guardado e o DVD na coleção.
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraTem Spoilers Passageiros...
Esse filme é óóótimo! Ficção, romance e... Caralho ele acordou ela mesmo? Hahaha!! "Passageiros" é aquele filme além de ter uma estória boa, ela te brinda com polêmica. Se masturbar por mais ou menos 60 anos até a morte ou acordar a gata? Se fosse o no programa "Você Decide" dos anos 90, o 0800 nunca conheceria alguém como vagnerfoxx no telefone. Eu ia acabar com a central telefônica deles! Sim! Lógico que eu acordaria a Mina caralho! Pedia perdão depois! Limpava o quarto dela e lava até o banheiro se possível, mas não passava mais de um ano sozinho naquela porra.
Mas o Universo, o destino, Deus escreve certo por câmaras criogênicas tortas. Se não fosse ele ter cometido aquele ato covarde, com o puro objetivo peniano, a coisa ficaria feia pros mais de 5000 passageiros dessa nave. A estória é muito bem escrita, é um clichezão puro sim obrigado, mas é bem legal. O James pira lá dentro quando é acordado, e fica um ano procurando uma saída, até que ele não aguenta mais a solidão e acorda a Aurora.
Ele errou sim, mas e a Nave Bomba? Todo mundo iria morrer se ele não tivesse ajuda da garota. Acho que ele foi a pessoas certa pra acordar e ela foi a pessoa certa pra ser acordada kkk... O filme do Morten Tyldum é muito bem produzido, a direção é perfeita, a computação gráfica é linda, muito bem desenvolvida e com a estória envolvente que é, com o romance, as mentiras e tilt infernal da Nave, o filme passou que eu nem vi.
Chris Pratt (James) e Jennifer Lawrence (Aurora) tiveram uma química ótima nesse filme. A Jennifer está linda demais, meu Deus, toda vez que eu via ela eu falava: Isso mesmo James! Valeu a pena! As cenas finais são excelentes, cheia de emoção, fogo, árvore e Happy End.
P.S. Questões Morais...
American Bar, top, aberto 24 hrs e grátis
Restaurante ⭐⭐⭐⭐⭐.
Piscina, quadra de basquete, pista de correr.
Suíte presidencial.
Saidinha Astronauta.
Empregados, roupa limpa, louça lavada.
E a Jennifer Lawrence pra você virar dos avessos, em todos os cantos da nave até a morte.
Ou
Viver sozinho cheio de calos nas mãos e morrer tragicamente depois, com todos dormindo nas câmaras criogênica, sem fazer nada.
Você decide: Calos ou Aurora.
Assisti no cinema, tenho o ingresso guardado e o DVD na Coleção.
Estranho Passageiro: Sputnik
3.0 197 Assista AgoraContinua muito loco! "Estranho Passageiro: Sputnik" é uma imersão dentro do universo de "Alien, o 8ª Passageiro" ao estilo russo, e na veia da perestroika oitentista de cinema de se fazer filmes. O longa de Egor Abramenko esbanja comunismo raiz, nesse sci-fi russo, com uma estória muito interessante, uma trama com elementos conhecidos do genero, mas com uma certa originalidade rara, e uma execução digna de vodca e aplausos.
A produção é incrível, Abramenko operou um milagre artístico na ambientação, mostrando o ano de 1983 de forma sincera, naquele atraso de vida soviético que a cortina de ferro escondia. Todo mundo é pobre, fudido e com muito medo do regime e do exército comuna e seus fuzis. A direção de arte sem medo da Sibéria, parece ter roubado esses dias de cão, materializando com perfeição aquela época. A cenografia toda carregada no comuna style, a fotografia TV de Tubo e os figurinos lona de caminhão, deixaram a produção com um clima pesado de ataque nuclear que aqueles dias tinham.
Os efeitos de CGI são ótimos, um Alienígena lesma, foi uma sacada incrível, eu fico imaginando se essa obra fosse feito nos anos 80, acho a borracha moldável faria a festa nas cenas! A trama tem muito mistério, muita tensão, que seguraram a nossa atenção do início ao fim. O clima pesado de ficção vai de flui pro terror na medida que na medida que o mistério vai sendo revelado.
A história fica em torno da psiquiatra Tatyana Klimova, (Oksana Akinshina), que foi de forma livremente obrigatória, recrutada para avaliar o cosmonauta Konstantin Veshnyakov, (Pyotr Fyodorov). Tudo começa como uma investigação psicológica quase que de rotina, mas por conta de um general cheio de ideias, a trama rapidamente se transforma em um jogo de gato e rato, à medida que a criatura alienígena é revelada e o que ela faz.
A ideia desse Simbionte no astronauta não é nova, mas foi aplicada de forma genial na trama. O filme tem cenas de muita tensão, daquelas de secar a garrafa de vodka numa num gole só. A sequencia final então é muito loca! Violência, correria, tiros, mortes e KGB, tudo muito bem produzido e dirigido por Egor Abramenko.
"Estranho Passageiro: Sputnik" foi uma excelente surpresa do genero, sobreviveu ao tempo e merece ser vista pelos órfãos da ficção científica.
Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes
2.6 120 Assista AgoraÉ uma salada loca! "Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes", com a graça de Deus, conclui a saga desse Star Snyder ou Snyder Wars, que a Netflix bancou em sua plataforma.
O filme continua essa aventura de sci-fi do Snyder, focando nas ações da lua Veldt, onde a protagonista Kora, vivida pela fodástica Sofia Boutella, seus aliados e agricultores locais do planeta, enfrentam uma batalha épica pela sobrevivência contra a ameaça do Mundo Mãe 😂 (Esse nome é foda!).
A história segue com Kora e os guerreiros sobreviventes que sem alternativa, estão dispostos a sacrificar morrendo em câmera lenta para defender a colônia lunar Veldt, que se tornou um lar para aqueles que perderam suas casas na luta contra abuso materno desse império Filha da Mãe. O filme tem todos os clichês possíveis e imagináveis do genero, em cenas de ação cobertas no CGI, muita luta, tiros, explosões, flash back e um final, que você cairia de joelhos no chão pra agradecer por ter acabado, se não soubesse que vai ter mais três sequências e uma série pra assombrar os assinantes. O Zack Snyder deveria levar algum prêmio, porque é preciso ter muito talento pra fazer uma colcha de retalhos sci-fi como essa.
Eu mexi tanto no meu celular que de Sansung, ele virou um iPhone 15 Plus, e que quando acabou o filme, eu não me lembrava de quase nada. Talvez seja porque o filme tem tanta câmera lenta, mas tanta, que mesmo depois de um mês de ter assistido, eu ainda não consegui processar as ideias do filme. Acho que eu estou no slow motion até hoje. Mas só lembro que me diverti bastante vendo essa chanchada sci-fi do Snyder, que é um filme feito pra se distrair com a família.
Essa saga Rebel Moon, não veio pra acrescentar nada. Se o filme fosse feito no fim dos anos 90, conforme foi proposto pelo Snyder e Kurt Johnstad para Lucas Filmes, acredito que teria sido muito melhor.
Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
3.6 382 Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
Decepcionante, cansativo, cafona e chato. Sou muito fã da franquia, por ser um filme de origens, eu fiquei muito ansioso para assistir essa adaptação, mas o filme do Francis Lawrence, passou muito longe do que eu esperava.
As cenas iniciais foram promissoras, noite escura, ruinas, sirenes, cães e crianças fugindo em meio a neve. A primeira impressão que tive, foi que o longa exploraria o lado da guerra civil, como a 2ª Guerra Mundial, fazendo dos distritos verdadeiros guetos, com aquela condição desesperada, onde a opressão, as dificuldades e os horrores dessa desgraça, seria colocado na trama, na qual a vida no passado dos distritos era imensamente pior foram mostrados nos filmes anteriores.
Mas isso não aconteceu, "Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" se preocupou em mostrar apenas a estética retrofuturista, com nuances do pós guerra num pano de fundo que desaparece no filme, para dar lugar a quase que um biopunk nos distritios, com festas, bebedeiras, cantorias e uma celebridade local que literalmente parece ter saído do BBB, do que de uma arena onde seus compatriotas formam tratados como objetos, os "Tributos", que são oferendas para para os jogos, que são na verdade uma punição aos distritos.
Praticamente, o filme é sobre a Ascenção do jovem Snow, mas inevitavelmente a gente acaba procurando a Katniss no filme de algum jeito. Não tem, lógico, a Lucy Gray Baird faz a honras, mas as comparações dela com a Katniss são automáticas e são dolorosas. Lucy não é símbolo, heroína e nem revolucionária, Lucy Gray Baird é uma BBB que canta na escolha dos tributos, nos jogos e nos distritos. E sendo isso dos livros ou não, a personagem me decepcionou bastante.
Porque nos trailers, o filme foi vendido com a seriedade e o drama que fizeram a franquia ter o prestigio que ela tem nos cinemas, mas que na realidade a história toda por mais que trabalhe um pouco disso, se dispersa numa história cansativa, subtramas chatas e personagens fracos. Francis Lawrence foi incapaz de construir um filme diferente das que foram levadas por ele e por Gary Ross pros cinemas. Numa história de origem de um personagem decisivo no universo de Suzanne Collins, que poderia ter sido olhado de uma forma mais impactante como se espera de um vilão como Snow foi.
Eu esperava uma história de amor, paixão, drama, com as nuances de um homem ruim, num personagem com uma mente ensejada pelo mal e que pelo menos caminhasse para isso. E não um pé de breque, cabaço, mi mi mi, como esse jovem Snow foi mostrado. O Coriolanus Snow do Tom Blyth, foi um cara que tinha um futuro promissor, tinha amigos poderosos, mas que se engraçou com uma Mina do distrito que ele mentorava, na qual ele meteu o loco pra que ela não morresse, sendo descoberto e punido depois, correu atrás dela e se fudeu de novo. Mano...
E a Lucy então? Cheguei a duvidar que "The Hanging Tree", saísse dela e das paixonites desse filme. Lógico que ela não vai mudar nada, a personagem é apenas uma The Voice, num BBB Vorazes, e demora pra aceitar, que a personagem dela é só isso. Alias, o filme é todo é um Spin-off dos Jogos Vorazes, nada mais. E demorou pra mim aceitar isso.
A produção do filme é uma mistureba de tempo ideologias bem curiosa. A arquitetura fascista da cidade, oprime mostrando um mundo cinza de concreto estilo Berlin genérico. Mas parte do figurino acho que são mais curiosos ainda, o povo lá da elite, homens e mulheres, todos de vermelho, com calça e saia. Pensei até que seria esse lance da galera não binária na trama, mas de qualquer forma as roupas deles são feias demais!
Que coisa cafona! Acho que as cortinas das casas deles sumiram! E não tem como não destacar, a Dr. Volumnia personagem da Viola Davis, que poderia ter tido um visual mais criativo, em vez de ter jogado um lençol manchado no corpo dela. Parecia uma alma penada que levou um suto vendo outra!
A parte dos jogos, foram a melhor a melhor coisa do filme. A simplicidade da arena, os equipamentos retrofuturistas, TVs, monitores e drones usados foram bem feitos bom de se ver no filme, lembrando até uns games famosos. Eles lutando também foi bacana, mas faltou algo. as cobras lá do Templo da Perdição, não tiveram o impacto que eu imaginava, e quando a Lucy começou a cantar então, deu medo. Deu ruim. Cafona demais. Foi um momento bem Disney, parecia que Rachel Zegler, já estava já treinando pra Branca de Neve, porque foi foda. Pensei que as cobras começariam a dançar kkkk...
O resto do filme é um porre. É um melodrama cansativo, brega, cheio de musica, cantoria, com plano furado em ação, com outro pior ainda vindo depois, num lugar que é parece um Campo de Trabalho Forçado em Nárnia, onde o Snow toma um bolo ridículo da Mina. Fica puto, histérico e descabelado, e sendo esse o motivo dele ter se tornado o véio ruim, vilão malvado da franquia. Tendo no final, a voz do Donald Sutherland, justificando a frase:
"São as coisas que mais amamos, que nos destroem"
Mano, o arrombado nem chifre tomou da Mina. Se ele tivesse pego ela, a sombra da arvore do enforcado com 4,5,6 caras, beleza. Mas não! Ele tomou um bolo, despirirucou total o cabelo Febem, se transformando num Darth Vader Nutella, que passa anos luz do Snow dos filmes da Jeniffer Lawrence. Quer dizer, que essa foi o trauma dele? E esse foi o filme de origem do Coriolanus Snow?
Rachel Zegler, Tom Blyth, Hunter Schafer, Peter Dinklage, Jason Schwartzman, Viola Davis, Josh Andres Rivera e outros...
Se o filme fosse mais curto e tivesse a trama, construída do jeito foda da franquia anterior, essa "A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" seria incrível e com toda certeza não acabaria só nesse filme, como acabou.
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
Grandioso, épico, emocionante! Katniss Everdeen, a Garota em Chamas, o Torto, na guerra final contra Capital, contra o presidente Snow e contra o sistema, mas que inesperadamente se torna a 76ª edição dos Jogos Vorazes. Mas...
"O sistema é foda. O sistema entrega a mão pra salvar o braço. O sistema se reorganiza, articula novos interesses, cria novas lideranças. Enquanto as condições de existência do sistema estiverem aí, ele vai resistir."
Capitão Nascimento.
"Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" mostra que salvador não bandeira, que não existe lados da guerra, esquerda e direita são ilusões, que os dois são braços de um só corpo. O sistema usa os dois lados pra te confundir, te separar e te aprisionar. E você só descobre isso quando vê o rosto dele. E para mata-lo, além de cortar a cabeça, é preciso destruir seu coração.
O desfecho é incrível! A primeira parte construiu de forma densa, nervosa e dramática, um clima de guerra, de bunker, com ações de milícias contra a capital, onde em silencio, uma revolução estava em curso, mas num ato de extraordinária bravura, uma pessoa, uma garota deu inicio a mudança. Katniss foi um pessoa contra um pais. Ela não se preparou e não treinou para nada, ela fez o que achava certo se fazer. E no circo midiático ela virou um símbolo real, algo que representava o ideal de todos. Algo que o sistema não previa. E fez parecer até que a revolução verdadeira começou dentro dela e não nos bunkers do distrito 13.
"Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" acerta uma flecha no nosso coração, com um filme grandioso, onde drama, romance e ação, tomam de vez a frente da história, com cenas fantásticas, revelações amargas, revelações que o Capitão Nascimento explica, que fulminaram num final épico! O filme começa onde a primeira parte terminou e jogando a protagonista pra um cenário politico inesperado, onde interesses ocultos estavam prestes a serem expostos.
Katniss tem um missão pessoal, as tropas tem outra, mas o sistema tinha continuava com a sua. O sistema tinha seu propósito e Katniss tinha que fazer parte dele, mas foi como o Haymitch dizia: "Katniss nunca decepciona". Ela não se deteve quando levou um tiro no distrito 8, não se deteve quando foi impedida pela presidenta Alma Coin, e nem quando o Peeta, no estado de bomba relógio psicótica foi colocado ao seu lado quando ela se lançou para capital. Katniss era um símbolo, um mito, e pra quem quer tomar o poder, isso é um grande problema.
As duas partes do fim, foram filmadas ao mesmo tempo, ficando para essa conclusão toda intensidade da história. Por mais que o filme mostre uma guerra, cenas de combates não são mostradas como espera, ficando nas ações de Katniss toda ação da trama, e as cenas são incríveis. A inundação de piche, o ataque nos tuneis, são foda demais, mas confesso que a alma do filme, o triunfo da trama, está nas cenas dramáticas que envolvem toda história e que estão inseridas em todas as cenas de ação.
Francis Lawrence construiu nesses dois filmes finais, uma trama densa, com um peso de guerra civil e do lastro histórico já conhecido naquele pais. As cenas dos distritos, mostram o povo parecendo que estão aprisionados na virada do século XIX, pro século XX, mas num futuro distópico, pessimista e conservador. Que em constate com a capital Panem, um extremo progressista é dominante, mostrando um espetáculo artificial de vida, onde o povo é dominado pelos desejos e por uma beleza morta. Um mundo colorido de uma confortável matrix.
Quando Katniss e Gale vão para missão suicida e são surpreendidos num fogo cruzado do ataque das tropas rebeldes, e do contra ataque abominável da capital, eu achava que o filme acabaria ali. Mas as revelações que seguiram foram alarmantes... Um presidente cai, outro presidente surge, mas o sistema precisa continuar o mesmo. Eu nunca imaginaria que as palavras com significados que pareciam ser para os jogos, teriam todo sentido no final.
Eu fico imaginando o que a Katniss sentiu quando estava sentada naquela cadeira, antes do Gale aparecer. O que ela sentiu. "Receio que ambos fomos feitos de tolos". As cenas que vieram da reunião da Alma Coin, com a Katniss, Peeta, Haymitch, Johanna e lideres da revolução, pareciam um pesadelo. Novos Jogos Vorazes, com tributos da capital, como vingança? E a Katniss aceitou, depois de tudo que passou? Eu quase enfartei na sala de cinema.
Mas o final foi épico!! Avenida Paulista dos Tributos lotada, os rebeldes na arquibancada, as tropas na avenida, com a Katniss vestida de gala para executar o Snow. Que cena! E o que veio a seguir foi épico! O que teve de cú que caiu da bunda, na sala de cinema, quando a Katniss acertou o alvo certo, não dava pra contar. Foi foda demais! Katniss nunca decepciona.
Vendo aquilo eu entendi tudo. O significado daquilo foi muito grande. Aquele era desfecho era o final que a história precisava, e foi fantástico ver aquilo. E o final mostrando o exilio da Katniss, voltando solitária pra casa, mas reencontrando Peeta, e vivendo com ele em meio a natureza, também simboliza muita coisa. O filho nos seus braços e o outro brincando com o pai, diz tudo.
"Jogos Vorazes", foi uma das melhores franquias que eu já assisti na vida. Não li os livros, mas os filmes são muito bons. Katniss é personagem uma das melhores femininas do cinema e certamente a maior dos anos 2010.
A direção do Francis Lawrence é excelente, o diretor mantem a trama, a narrativa e os personagens em seus lugares, não perdendo o equilíbrio humano deles, evitando heroísmos artificiais, que tiram da história, tudo que ela construiu com sua protagonista. O efeitos especiais são muito bons, as cenas de ação foram muito bem executadas, sem exageros gráficos, mantendo o clima de drama de guerra do inicio ao fim.
O filme faz uma critica incrível ao sistema que vivemos, fazendo um mergulho na psique da manipulação da informação, as ideologias, a politica e aos governos, mostrando o resultado social de tudo isso, nas diferenças utópicas dos dominados e dominadores. Dos abusos de um, que levam a revolta desesperada de outro, na qual um sistema oculto, governa tudo, controla e manipula as ações de todos e se mantem no lugar, independente dos lados, independente dos derrotados e vitoriosos, ele se mantém e se auto sustenta, para permanecer sempre onde está.
Jennifer Lawrence tem uma atuação brilhante e sua personagem marcou os cinemas e sua carreira para sempre.
Assisti no cinema, tenho o ingresso guardado e o DVD na coleção.