Demorei muito pra assistir esse filme, primeiro pela falta de disponibilidade do filme, depois pela minha própria procrastinação mas valeu cada segundo da espera. Já é meu filme favorito do Godzilla de todos os tempos e ouso dizer que o melhor de todos também. É tão simples, é até clichê em muitos aspectos mas é tão bem feito, tão bem construído. E mesmo sendo simples muitíssimos filmes conseguem errar feio. Esse filme é o próprio acerto. É isso mesmo. É sobre as pessoas, é sobre a tragédia. O Godzilla não é pra ser exaltado e aplaudido. O Godzilla é pra ser temido e repudiado, no máximo admirado como quem admira a beleza mortal de um vulcão em erupção ou de uma onda gigante de um tsunami. O Godzilla não é um herói que defende algo ou que luta contra alguém. O Godzilla é a própria destruição, esse é o significado dele. E acho que desde o original de 1954 um filme não tinha sido tão feliz em retratá-lo. E eu amo muito o Shin Godzilla, o Shin Godzilla é um filme foda cheio de qualidades. Mas o Minus One é ainda mais acima, é a perfeição. Eu não consigo assistir um filme desse, sentir tudo o que o filme me fez sentir e não vim aqui atribuir uma nota máxima. E até meu coração obviamente esse filme já tem também, isso nunca esteve sequer em debate, tanto o literal quanto o metafórico representado pelo botãozinho do Filmow. Eu sou muito emocionado mesmo, eu sei, mas eu me orgulho disso. Eu amo amar as coisas, uma música... uma série... mas especialmente um filme. E quando eu amo eu gosto de falar pra todo mundo, deixar todo mundo saber, transmitir meu amor em palavras, textões... E nesse caso específico acho que eu consegui deixar bem claro. Eu amo Godzilla Minus One!
Um melodrama chato... Não consegui curtir o filme nem como um filme de terror, nem como um filme de drama, pra mim ficou devendo nos dois. Se eu não conhecesse o jogo que deu origem conhecendo por esse filme eu jamais teria vontade de jogar.
Mais uma bobagem pseudocientifica e completamente genêrica do Roland Emmerich. Uma besteira que tem tanta base científica quanto a franquia Star Wars, cgi ruim, roteiro clichê... Você ainda consegue se divertir um pouquinho se conseguir embarcar nessa alucinação fantasiosa e conspiracionista, eu não consegui, pra mim não deu.
Gosto da movimentação de câmera, os "chicotes" que são completamente adequados simulando a dinâmica do tênis, inclusive durante uma conversa acalorada, é muito bom o significado que essa movimentação dá nesse contexto. Amo aquele contra-plongee impossível do final que eu já sei como foi feito. Esse filme entrou pro seleto grupo de filmes que traz a graciosa voz de Caetano. Só tenho ressalvas quanto as incontáveis legendas informando o tempo que são desnecessárias e subestimam o expectador, pois a montagem, a caracterização dos atores e a própria narrativa já deixam bem claro o que é passado, presente e futuro. O filme ousa ser não linear mas se acovarda com essas legendas. Também tenho dúvidas quanto a essa trilha sonora altíssima, o que o Luca quer com isso? É só personalidade do filme, é o jeitinho? Não sei, não entendi.
Vendo pela segunda vez entendo o subtexto da zebra que me passou despercebido na primeira. Um cara como o Paul Matthews que não tem nada de especial, é um cara qualquer e do nada se destaca na multidão e vira alvo figurativamente e literalmente em seu sonho. O filme também tem muito a dizer sobre a sociedade, a modernidade e a cultura do cancelamento, temas muito comuns na filmografia do Kristoffer Borgli. Inclusive isso agora dá pra ver como um defeito, tem muita coisa e nem tudo tá bem costurado. Aos quarenta do segundo tempo o Kristoffer insere um novo elemento na trama muito marcante e único que a gente entende qual era a intenção do Kristoffer colocar ali tanto pra trama quanto pro subtexto do filme, mas soa meio isolado de todo o resto, não conversa bem com tudo que foi visto. Talvez soasse melhor colocar dicas ou semi pistas desse elemento ao longo do filme pra ir adaptando ao público e não parecer uma forçada de barra. Tendo em vista tudo isso vou diminuir meia estrela da minha avaliação mas segue sendo um dos meus filmes favoritos.
Danny Boyle e Alex Garland repetindo a parceria depois de Extermínio, e essa segunda colaboração deles é tão marcante e excepcional quanto a primeira. Não sei até onde vai o respaldo científico aqui mas adorei!
Um espetáculo cinematográfico! O Scorsese fazendo sátira e humor de altíssima qualidade! A gente ri deles, não com eles. A sequência inteira do protagonista chapado sem mobilidade é inesquecível.
Eu gosto que o filme proponha um dilema filosófico mas ficou feio passar pano pro protagonista desse jeito tentando pintar ele como um herói e fazendo um final todo "bonitinho". Tive dificuldade de me solidarizar com ele, acabou com a vida da moça, porque não acordou logo uma galera também? Que aí ela pelo menos ia ter chance de escolher a companhia dela e a pessoa que ela iria se relacionar. Se ela quisesse se relacionar. E por falar nela, a personagem da Jennifer Lawrence é outra questão pra mim. Como assim ela ia fazer uma viagem de cento e poucos anos pra um planeta pra passar um ano e depois voltar em outra viagem de cento e poucos anos? Não faz o menor sentido na minha cabeça. Aí essa mesma mulher assiste calmamente com um sorrisinho no rosto um vídeo de todas as pessoas que ela era próxima das quais ela decidiu livremente dar adeus e não ver nunca mais? Que tipo de pessoa ela é? Aí você tá me dizendo que essa mesma mulher que optou por deixar pra trás todas as pessoas que ela já conheceu na vida vai recusar voltar pra hibernação e sobreviver pra morrer de casalzinho com um estranho que ela acabou de conhecer, que ainda por cima arruinou a sobrevivência dela? Não tem como comprar isso.
Os atores são lindos, mas não têm alma, não têm intensidade. Um filme tão clichê tinha que ter pelo menos alguma personalidade, não ser estéril dessa forma.
Revendo depois de anos graças ao relançamento. Ter conhecido a maior parte do material bruto através de Get Back me fez olhar esse filme com bons olhos e entender que são propostas e abordagens diferentes. Esse aqui se propõe somente a mostrar a banda em ação em momentos de composição, em ensaios e performances. Ao contrário do Get Back que se propunha a montar uma narrativa e contar a história. Eu particularmente continuo gostando mais do segundo, mas agora gosto bastante de Let It Be e respeito mais.
O fato da protagonista ser uma mulher adulta consideravelmente convincente e bem desenvolvida torna o filme melhor, mais interessante e com discussões mais complexas e maduras do que normalmente acontece em filmes de fanfic. E o filme também tem consciência de si, não tenta se levar mais a sério do que é de fato, usa bem os clichês... Pra ser melhor só faltou ter terminado algumas cenas antes. Pros padrões de um filme de romance já é quase um final aberto mas eu teria deixado mais em aberto ainda, ficaria muito mais interessante, tem umas duas cenas antes do final que seriam últimas cenas melhores. Mas em geral é um filme de fanfic digno e honesto.
Acho que a série se beneficiaria se tivesse um episódio a menos porque do meio pro fim ela perde consideravelmente o ritmo. E acho que a narração e o recurso do corte seco dramático em tela preta são usados exageradamente. O primeiro caso acaba com qualquer sutileza que seria bem-vinda. Já o segundo caso nos últimos episódios já tava me irritando e me tirando da série, se a intenção era causar impacto a série falha terrivelmente porque se tudo é impactante nada é impactante. Mas dito tudo isso
acho admirável como o autor, protagonista e vítima da história escolhe ir pelo caminho menos obvio e decide não condenar e olhar para seu abusador e principalmente para Matha com complexidade e humanidade. Mas admirável ainda é ele ter tomado a decisão de reviver toda a sua dor e sentir literalmente na pele de novo pela razão mais nobre e mais bonita de todas: em nome da arte.
Acho que eu nunca tinha visto isso antes, alguém escrever e reencenar suas próprias feridas. Me parece algo sem precedentes na história do cinema e do audiovisual de modo geral.
Acho a sequência inicial criativa e bem executada embora não tenha nenhuma originalidade. E acho Ingrid e Tatá carismáticas, com bom timing e uma boa química entre elas. De resto é um filme genêrico ao extremo sem nada de novo pra dizer. Você já viu 50 filmes iguais.
Muito bom rever depois de um tempo. As performances do Murilo Benício, da Luciana Paes e do Irandhir Santos continuam sendo as coisas mais marcantes do filme exatamente como eu lembrava.
Amo quando o terror flerta com a melancolia como também aconteceu na refilmagem americana de O Chamado, baseado na obra do mesmo autor. E talvez se esse filme tenha um defeito seja exatamente esse, porque aqui foi até demais, com um foco exagerado no drama, e o terror e sobrenatural deixados pra segundo plano dedicando poucos minutos do filme a isso. Mas eu amo, é a personalidade desse filme, é o jeitinho dele, sendo uma terceira encarnação da história ele ainda consegue ter sua identidade própria e ser completamente original ao fincar na vida, nos traumas e na realidade. Quero agradecer muito a existência de Koji Suzuki e Hideo Nakata e o fato de estar vivo no mesmo período de tempo que eles! E também sou grato por existirem cineastas como Gore Verbinski e Walter Salles que conseguem tornar bonito, único e interessante o infeliz processo de americanização dos filmes.
Filme de vampiro genérico e clichê. Os únicos sentimentos que me provocou foram tédio e sono. Não vou marcar a primeira frase como spoiler pra servir de alerta mesmo.
Tenta surfar no hype do terror oriental exaltado por remakes como O Chamado e O Grito, mas não chega aos pés nem da maestria absoluta do primeiro, nem da identidade visual marcante do segundo. E ainda inspirado por O Grito o filme toma a estranha decisão de ambientar sua história no Japão, coisa que lá fazia sentido (por ser uma história oriunda do Japão) e aqui faz zero e ainda é desrespeitoso porque o filme que originou é tailandês. E como Japão e Tailandia são países com culturas tão parecidas entre si quanto a Argentina e a Angola, só consigo imaginar que a decisão era pra surfar num hype pré-existente mesmo. Em resumo, uma ofensa ao filme original, que é um marco na história do cinema de horror. E o fato de eu ter esquecido de marcar aqui e ter lembrado quase uma semana depois de ter assistido diz muito sobre o filme.
É uma animação e roteiro dignos de um especial de TV ou uma produção de baixo orçamento, tudo grita "baixo orçamento", nem o elenco de voz eles trouxeram de volta. A única coisa boa é que eu gostei muito de estar de volta ao universo de Megamente, eu adoro o filme original, uma pena que eles acharam válido fazer essa continuação com pouco orçamento, sem nenhum capricho e sem lançamento no cinema.
Um ano depois e só agora tô eu aqui assistindo pela primeira vez. É muito divertido, muito fofo e muito empolgante. Mas é preciso ter o discernimento de separar o que o filme consegue fazer por si próprio e é um mérito, e o que é mérito das referências, do fator nostálgico e do pré conhecimento do público. E se você fizer essa separação não sobra muita coisa nova ou original. Ainda assim o filme funciona bem dentro do gênero com todos os seus clichês. E ainda assim também é muito superior a tudo que a Pixar e a Disney Animation produziram no mesmo ano (vamos combinar também que não foi um feito muito difícil de superar). Eu definitivamente entendi todo o apelo que teve com o público.
Amei! Fiquei preso desde os primeiros minutos, não senti um segundo passar. Me lembrou Depois de Horas do Scorsese que eu amo muito também. É exatamente o tipo de filme que eu gosto. E talvez esse seja o filme do Kubrick que eu mais amei. Não tô dizendo que é o melhor dele porque aí não dá, o pareo é duro, mas talvez seja realmente a experiência que eu mais amei na obra dele. Olha que ousado dizer isso! Em uma filmografia maravilhosa de um dos diretores mais geniais, engenhosos e um dos melhores da história do cinema dizer que o maior dono do meu amor é justamente o último, o polêmico, o que dividiu opiniões? Eu sei... mas é o meu sentimento, se daqui um ano ou se amanhã eu vou mudar de ideia eu não sei, isso é o que eu sinto agora. Se saiu exatamente 100% do jeito que o Kubrick queria também jamais saberemos. Mas o que importa pra mim é que eu amei do jeitinho que é e eu não mudaria nenhum detalhezinho sequer. Só não me entendam mal, meu amor e apreço por todos os outros filmes do Kubrick não diminuíram em detrimento desse. Eu não sou maluco!
A premissa é boa mas falta mais inventividade e criatividade. Reconheço que eles até tentaram, criando uma animação que é um híbrido de animação por computador com animação clássica pra remeter aos clássicos filmes da Disney mas o resultado tá muito mais proximo do primeiro estilo inventado pela Pixar e já batido do que do segundo, não consegue inovar, encantar, nem encher os olhos. Muito distante de filmes que se propuseram ao mesmo como Homem Aranha no Aranhaverso, Klaus e Gato de Botas 2. As músicas são fraquíssimas e genéricas nível sequencias da Disney de baixo orçamento lançadas diretamente pra home video. Um filme musical que sustenta grande parte do seu arco narrativo em músicas precisa que elas sejam fortes, poderosas e contagiantes e não enfadonhas fazendo você revirar os olhos.
Uma coisa legal é que o filme é declaradamente uma auto-homenagem aos 100 anos da Disney então tem trezentas referências e easter eggs pra você ficar notando e se sentir feliz consigo mesmo. Mas isso obviamente não pode ser considerado um mérito do filme pois enquanto deveria estar construindo coisas novas e originais ele tá se escorando nas histórias do passado e na nostalgia com a justificativa de que tá fazendo uma homenagem. O próprio vilão foi trabalhado pra ser suficientemente aterrorizante com uma composição de verde limão remetendo aos clássicos vilões do estúdio, mas ele acaba empalidecendo diante deles.
Em resumo é bem mediano. Recomendo assistir os créditos finais inteiros não pela cena pós créditos minúscula e sem propósito, mas pela inserção de personagens representando cada um dos filmes da Disney em ordem cronológica (com exceção das continuações). Isso sim foi uma ideia bem sacada que me empolgou bastante, ou seja, eu tô literalmente concluindo que a melhor parte pra mim foi quando acabou. Acho que essa afirmação é a representação mais fiel desse filme.
É como se fossem dois filmes distintos mas unidos em uma história completa e um arco bem definido. Os dois sendo incrivelmente foda. Especialmente o primeiro que é a parte mais marcante e inesquecível do filme pra mim, o que não tira em nada o mérito da igualmente incrível segunda parte. Tem muito menos subtexto anti-guerra do que o Kubrick tinha colocado em Dr. Strangelove mas o subtexto está presente mesmo que de forma um pouco mais sutil.
Godzilla: Minus One
4.1 326Demorei muito pra assistir esse filme, primeiro pela falta de disponibilidade do filme, depois pela minha própria procrastinação mas valeu cada segundo da espera.
Já é meu filme favorito do Godzilla de todos os tempos e ouso dizer que o melhor de todos também. É tão simples, é até clichê em muitos aspectos mas é tão bem feito, tão bem construído. E mesmo sendo simples muitíssimos filmes conseguem errar feio.
Esse filme é o próprio acerto.
É isso mesmo. É sobre as pessoas, é sobre a tragédia. O Godzilla não é pra ser exaltado e aplaudido. O Godzilla é pra ser temido e repudiado, no máximo admirado como quem admira a beleza mortal de um vulcão em erupção ou de uma onda gigante de um tsunami. O Godzilla não é um herói que defende algo ou que luta contra alguém.
O Godzilla é a própria destruição, esse é o significado dele.
E acho que desde o original de 1954 um filme não tinha sido tão feliz em retratá-lo.
E eu amo muito o Shin Godzilla, o Shin Godzilla é um filme foda cheio de qualidades. Mas o Minus One é ainda mais acima, é a perfeição.
Eu não consigo assistir um filme desse, sentir tudo o que o filme me fez sentir e não vim aqui atribuir uma nota máxima.
E até meu coração obviamente esse filme já tem também, isso nunca esteve sequer em debate, tanto o literal quanto o metafórico representado pelo botãozinho do Filmow.
Eu sou muito emocionado mesmo, eu sei, mas eu me orgulho disso.
Eu amo amar as coisas, uma música... uma série... mas especialmente um filme.
E quando eu amo eu gosto de falar pra todo mundo, deixar todo mundo saber, transmitir meu amor em palavras, textões...
E nesse caso específico acho que eu consegui deixar bem claro.
Eu amo Godzilla Minus One!
Five Nights At Freddy's: O Pesadelo Sem Fim
2.5 298 Assista AgoraUm melodrama chato... Não consegui curtir o filme nem como um filme de terror, nem como um filme de drama, pra mim ficou devendo nos dois.
Se eu não conhecesse o jogo que deu origem conhecendo por esse filme eu jamais teria vontade de jogar.
Moonfall: Ameaça Lunar
2.4 551 Assista AgoraMais uma bobagem pseudocientifica e completamente genêrica do Roland Emmerich.
Uma besteira que tem tanta base científica quanto a franquia Star Wars, cgi ruim, roteiro clichê...
Você ainda consegue se divertir um pouquinho se conseguir embarcar nessa alucinação fantasiosa e conspiracionista, eu não consegui, pra mim não deu.
Rivais
3.8 263Gosto da movimentação de câmera, os "chicotes" que são completamente adequados simulando a dinâmica do tênis, inclusive durante uma conversa acalorada, é muito bom o significado que essa movimentação dá nesse contexto.
Amo aquele contra-plongee impossível do final que eu já sei como foi feito.
Esse filme entrou pro seleto grupo de filmes que traz a graciosa voz de Caetano.
Só tenho ressalvas quanto as incontáveis legendas informando o tempo que são desnecessárias e subestimam o expectador, pois a montagem, a caracterização dos atores e a própria narrativa já deixam bem claro o que é passado, presente e futuro. O filme ousa ser não linear mas se acovarda com essas legendas.
Também tenho dúvidas quanto a essa trilha sonora altíssima, o que o Luca quer com isso? É só personalidade do filme, é o jeitinho? Não sei, não entendi.
O Homem dos Sonhos
3.5 153Vendo pela segunda vez entendo o subtexto da zebra que me passou despercebido na primeira.
Um cara como o Paul Matthews que não tem nada de especial, é um cara qualquer e do nada se destaca na multidão e vira alvo figurativamente e literalmente em seu sonho.
O filme também tem muito a dizer sobre a sociedade, a modernidade e a cultura do cancelamento, temas muito comuns na filmografia do Kristoffer Borgli.
Inclusive isso agora dá pra ver como um defeito, tem muita coisa e nem tudo tá bem costurado.
Aos quarenta do segundo tempo o Kristoffer insere um novo elemento na trama muito marcante e único que a gente entende qual era a intenção do Kristoffer colocar ali tanto pra trama quanto pro subtexto do filme, mas soa meio isolado de todo o resto, não conversa bem com tudo que foi visto.
Talvez soasse melhor colocar dicas ou semi pistas desse elemento ao longo do filme pra ir adaptando ao público e não parecer uma forçada de barra.
Tendo em vista tudo isso vou diminuir meia estrela da minha avaliação mas segue sendo um dos meus filmes favoritos.
Sunshine: Alerta Solar
3.4 364 Assista AgoraDanny Boyle e Alex Garland repetindo a parceria depois de Extermínio, e essa segunda colaboração deles é tão marcante e excepcional quanto a primeira.
Não sei até onde vai o respaldo científico aqui mas adorei!
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraUm espetáculo cinematográfico!
O Scorsese fazendo sátira e humor de altíssima qualidade!
A gente ri deles, não com eles.
A sequência inteira do protagonista chapado sem mobilidade é inesquecível.
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraEu gosto que o filme proponha um dilema filosófico mas ficou feio passar pano pro protagonista desse jeito tentando pintar ele como um herói e fazendo um final todo "bonitinho". Tive dificuldade de me solidarizar com ele, acabou com a vida da moça, porque não acordou logo uma galera também? Que aí ela pelo menos ia ter chance de escolher a companhia dela e a pessoa que ela iria se relacionar. Se ela quisesse se relacionar.
E por falar nela, a personagem da Jennifer Lawrence é outra questão pra mim.
Como assim ela ia fazer uma viagem de cento e poucos anos pra um planeta pra passar um ano e depois voltar em outra viagem de cento e poucos anos? Não faz o menor sentido na minha cabeça.
Aí essa mesma mulher assiste calmamente com um sorrisinho no rosto um vídeo de todas as pessoas que ela era próxima das quais ela decidiu livremente dar adeus e não ver nunca mais? Que tipo de pessoa ela é?
Aí você tá me dizendo que essa mesma mulher que optou por deixar pra trás todas as pessoas que ela já conheceu na vida vai recusar voltar pra hibernação e sobreviver pra morrer de casalzinho com um estranho que ela acabou de conhecer, que ainda por cima arruinou a sobrevivência dela?
Não tem como comprar isso.
Obsessão
2.6 39 Assista AgoraOs atores são lindos, mas não têm alma, não têm intensidade. Um filme tão clichê tinha que ter pelo menos alguma personalidade, não ser estéril dessa forma.
Let It Be
4.2 84 Assista AgoraRevendo depois de anos graças ao relançamento.
Ter conhecido a maior parte do material bruto através de Get Back me fez olhar esse filme com bons olhos e entender que são propostas e abordagens diferentes. Esse aqui se propõe somente a mostrar a banda em ação em momentos de composição, em ensaios e performances. Ao contrário do Get Back que se propunha a montar uma narrativa e contar a história. Eu particularmente continuo gostando mais do segundo, mas agora gosto bastante de Let It Be e respeito mais.
Uma Ideia de Você
3.2 301 Assista AgoraO fato da protagonista ser uma mulher adulta consideravelmente convincente e bem desenvolvida torna o filme melhor, mais interessante e com discussões mais complexas e maduras do que normalmente acontece em filmes de fanfic. E o filme também tem consciência de si, não tenta se levar mais a sério do que é de fato, usa bem os clichês...
Pra ser melhor só faltou ter terminado algumas cenas antes. Pros padrões de um filme de romance já é quase um final aberto mas eu teria deixado mais em aberto ainda, ficaria muito mais interessante, tem umas duas cenas antes do final que seriam últimas cenas melhores.
Mas em geral é um filme de fanfic digno e honesto.
Bebê Rena
4.0 522 Assista AgoraAcho que a série se beneficiaria se tivesse um episódio a menos porque do meio pro fim ela perde consideravelmente o ritmo.
E acho que a narração e o recurso do corte seco dramático em tela preta são usados exageradamente.
O primeiro caso acaba com qualquer sutileza que seria bem-vinda.
Já o segundo caso nos últimos episódios já tava me irritando e me tirando da série, se a intenção era causar impacto a série falha terrivelmente porque se tudo é impactante nada é impactante.
Mas dito tudo isso
acho admirável como o autor, protagonista e vítima da história escolhe ir pelo caminho menos obvio e decide não condenar e olhar para seu abusador e principalmente para Matha com complexidade e humanidade.
Mas admirável ainda é ele ter tomado a decisão de reviver toda a sua dor e sentir literalmente na pele de novo pela razão mais nobre e mais bonita de todas: em nome da arte.
Acho que eu nunca tinha visto isso antes, alguém escrever e reencenar suas próprias feridas. Me parece algo sem precedentes na história do cinema e do audiovisual de modo geral.
Minha Irmã e Eu
3.1 139 Assista AgoraAcho a sequência inicial criativa e bem executada embora não tenha nenhuma originalidade.
E acho Ingrid e Tatá carismáticas, com bom timing e uma boa química entre elas.
De resto é um filme genêrico ao extremo sem nada de novo pra dizer.
Você já viu 50 filmes iguais.
Passageiros
3.2 845 Assista AgoraPlot twist completamente previsível e desonesto.
E 90% do filme é desinteressante e maçante, é só uma ideia que tiveram e não souberam executar.
O Animal Cordial
3.4 618 Assista AgoraMuito bom rever depois de um tempo.
As performances do Murilo Benício, da Luciana Paes e do Irandhir Santos continuam sendo as coisas mais marcantes do filme exatamente como eu lembrava.
Água Negra
2.7 407Amo quando o terror flerta com a melancolia como também aconteceu na refilmagem americana de O Chamado, baseado na obra do mesmo autor.
E talvez se esse filme tenha um defeito seja exatamente esse, porque aqui foi até demais, com um foco exagerado no drama, e o terror e sobrenatural deixados pra segundo plano dedicando poucos minutos do filme a isso.
Mas eu amo, é a personalidade desse filme, é o jeitinho dele, sendo uma terceira encarnação da história ele ainda consegue ter sua identidade própria e ser completamente original ao fincar na vida, nos traumas e na realidade.
Quero agradecer muito a existência de Koji Suzuki e Hideo Nakata e o fato de estar vivo no mesmo período de tempo que eles!
E também sou grato por existirem cineastas como Gore Verbinski e Walter Salles que conseguem tornar bonito, único e interessante o infeliz processo de americanização dos filmes.
Convite Maldito
2.4 148 Assista AgoraFilme de vampiro genérico e clichê.
Os únicos sentimentos que me provocou foram tédio e sono.
Não vou marcar a primeira frase como spoiler pra servir de alerta mesmo.
Imagens do Além
2.4 246 Assista AgoraTenta surfar no hype do terror oriental exaltado por remakes como O Chamado e O Grito, mas não chega aos pés nem da maestria absoluta do primeiro, nem da identidade visual marcante do segundo.
E ainda inspirado por O Grito o filme toma a estranha decisão de ambientar sua história no Japão, coisa que lá fazia sentido (por ser uma história oriunda do Japão) e aqui faz zero e ainda é desrespeitoso porque o filme que originou é tailandês.
E como Japão e Tailandia são países com culturas tão parecidas entre si quanto a Argentina e a Angola, só consigo imaginar que a decisão era pra surfar num hype pré-existente mesmo.
Em resumo, uma ofensa ao filme original, que é um marco na história do cinema de horror.
E o fato de eu ter esquecido de marcar aqui e ter lembrado quase uma semana depois de ter assistido diz muito sobre o filme.
Magia Negra
3.6 94Muito bom rever depois de muitos anos, já não lembrava de muita coisa.
Anthony Hopkins sempre maravilhoso.
Mantenho minha nota.
Megamente vs. O Sindicato da Perdição
1.7 25 Assista AgoraÉ uma animação e roteiro dignos de um especial de TV ou uma produção de baixo orçamento, tudo grita "baixo orçamento", nem o elenco de voz eles trouxeram de volta.
A única coisa boa é que eu gostei muito de estar de volta ao universo de Megamente, eu adoro o filme original, uma pena que eles acharam válido fazer essa continuação com pouco orçamento, sem nenhum capricho e sem lançamento no cinema.
Super Mario Bros.: O Filme
3.9 788 Assista AgoraUm ano depois e só agora tô eu aqui assistindo pela primeira vez.
É muito divertido, muito fofo e muito empolgante.
Mas é preciso ter o discernimento de separar o que o filme consegue fazer por si próprio e é um mérito, e o que é mérito das referências, do fator nostálgico e do pré conhecimento do público. E se você fizer essa separação não sobra muita coisa nova ou original. Ainda assim o filme funciona bem dentro do gênero com todos os seus clichês.
E ainda assim também é muito superior a tudo que a Pixar e a Disney Animation produziram no mesmo ano (vamos combinar também que não foi um feito muito difícil de superar).
Eu definitivamente entendi todo o apelo que teve com o público.
Destaque pra personagenzinha pessimista e niilista que foi um grande acerto do filme e é a coisa que mais me divertiu sem sombra de dúvida.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraAmei! Fiquei preso desde os primeiros minutos, não senti um segundo passar.
Me lembrou Depois de Horas do Scorsese que eu amo muito também.
É exatamente o tipo de filme que eu gosto.
E talvez esse seja o filme do Kubrick que eu mais amei.
Não tô dizendo que é o melhor dele porque aí não dá, o pareo é duro, mas talvez seja realmente a experiência que eu mais amei na obra dele.
Olha que ousado dizer isso! Em uma filmografia maravilhosa de um dos diretores mais geniais, engenhosos e um dos melhores da história do cinema dizer que o maior dono do meu amor é justamente o último, o polêmico, o que dividiu opiniões?
Eu sei... mas é o meu sentimento, se daqui um ano ou se amanhã eu vou mudar de ideia eu não sei, isso é o que eu sinto agora.
Se saiu exatamente 100% do jeito que o Kubrick queria também jamais saberemos.
Mas o que importa pra mim é que eu amei do jeitinho que é e eu não mudaria nenhum detalhezinho sequer.
Só não me entendam mal, meu amor e apreço por todos os outros filmes do Kubrick não diminuíram em detrimento desse. Eu não sou maluco!
Wish: O Poder dos Desejos
3.0 171 Assista AgoraA premissa é boa mas falta mais inventividade e criatividade. Reconheço que eles até tentaram, criando uma animação que é um híbrido de animação por computador com animação clássica pra remeter aos clássicos filmes da Disney mas o resultado tá muito mais proximo do primeiro estilo inventado pela Pixar e já batido do que do segundo, não consegue inovar, encantar, nem encher os olhos. Muito distante de filmes que se propuseram ao mesmo como Homem Aranha no Aranhaverso, Klaus e Gato de Botas 2.
As músicas são fraquíssimas e genéricas nível sequencias da Disney de baixo orçamento lançadas diretamente pra home video. Um filme musical que sustenta grande parte do seu arco narrativo em músicas precisa que elas sejam fortes, poderosas e contagiantes e não enfadonhas fazendo você revirar os olhos.
Uma coisa legal é que o filme é declaradamente uma auto-homenagem aos 100 anos da Disney então tem trezentas referências e easter eggs pra você ficar notando e se sentir feliz consigo mesmo. Mas isso obviamente não pode ser considerado um mérito do filme pois enquanto deveria estar construindo coisas novas e originais ele tá se escorando nas histórias do passado e na nostalgia com a justificativa de que tá fazendo uma homenagem. O próprio vilão foi trabalhado pra ser suficientemente aterrorizante com uma composição de verde limão remetendo aos clássicos vilões do estúdio, mas ele acaba empalidecendo diante deles.
Recomendo assistir os créditos finais inteiros não pela cena pós créditos minúscula e sem propósito, mas pela inserção de personagens representando cada um dos filmes da Disney em ordem cronológica (com exceção das continuações). Isso sim foi uma ideia bem sacada que me empolgou bastante, ou seja, eu tô literalmente concluindo que a melhor parte pra mim foi quando acabou. Acho que essa afirmação é a representação mais fiel desse filme.
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraÉ como se fossem dois filmes distintos mas unidos em uma história completa e um arco bem definido. Os dois sendo incrivelmente foda.
Especialmente o primeiro que é a parte mais marcante e inesquecível do filme pra mim, o que não tira em nada o mérito da igualmente incrível segunda parte.
Tem muito menos subtexto anti-guerra do que o Kubrick tinha colocado em Dr. Strangelove mas o subtexto está presente mesmo que de forma um pouco mais sutil.