Jobson

Neo Noir com trama frágil que serve mais de vitrine para as composições de vanguarda do músico Arrigo Barnabé (que faz de maneira inexpressiva o protagonista). Pelo menos a anti-heroína Carla tem presença e os coadjuvantes são interessantes. No fim das contas vale mais como documento histórico da cena noturna paulistana.

Uma idéia muito boa , misturando Mockumentary e Found Footage . A ambientação setentista também conta pontos replicando bem o clima e humor dos programas de auditório da época . Mas o desenrolar da trama é meio previsível e o filme perde a chance de dispensar as CGIs e privilegiar efeitos práticos (melhor oportunidade prá isso ,impossível). O ato final é meio exagerado e o filme conclui de maneira ambígua , o que pode irritar o espectador casual . No geral , bom. P.S : O "James Randi cover" e a menina são os melhores do filme.

Essa reinvenção do clássico de 1954 acerta em cheio pela ambientação , garantindo desdobramentos e situações que realmente prendem o espectador e colocam o protagonista num arco de redenção impactante. A união do povo , deixado a própria sorte por politicagens e burocracias , contra um Godzilla mais vilão do que nunca (ainda que ele mesmo seja outra vítima do poderio militar americano) rende momentos memoráveis . Acima da média no gênero.