Este filme está merecendo uma review, e decidir reassistir essa pedrada. Um dos grandes filmes do diretor Stanley Kubrick. Stephen King criou, Stanley Kubrick adaptou e Jack Nicholson eternizou. Stephen King não gosta desta produção, pois não adaptou corretamente sua obra, mas o que Stanley Kubrick fez aqui foi um toque de gênio e transformou um filme atemporal, que sempre está nos top's de melhores filmes de terror e da década de 80. Nas o que vale deixar destacado é que são obras diferentes, e as duas podem coexistir lado a lado.
Kubrick consegue pegar as melhores facetas do mundo cinematográfico, e consegue transmitir tensão, terror psicológico e uma ansiedade latente para o que está por vir. Pois, temos um ambiente claustrofóbico, uma câmera que acompanha os personagens, um zoom it e out que acompanha o mistério e te deixa vidrado na produção. Aliás, o hotel também acaba sendo um personagem, um confidente que sabe dos mistérios do local. O que ajuda na tensão também é a trilha sonora espetacular, aumentando nossa atenção para as cenas. Não é um filme de terror para te dar sustos, mas sim para mexer no seu psicológico e te deixar com a pulga atrás da orelha do que está por vir ou tentar descobrir o mistério envolvido e não revelado.
Elogiar a atuação de Jack Nicholson, é chover no molhado, seu estilo malucão de caras e bocas caiu como uma luva para o personagem (Ou o personagem foi moldado pelo estilo maluco de Jack Nicholson), tanto que é um dos personagens mais lembrados da história do cinema. A sua performance e atuação é insana, com vários momentos memoráveis e já estão marcados na história do cinema. Shelley Duvall não está bem aqui, mas quem se destaca também o menino Danny Lloyd, pena que ele não seguiu na carreira de ator.
Uma cinebiografia intensa, talvez uma das que mais imprimiu o sofrimento do ser humano em tela, relata com clareza toda a vida sofrida e luta de Edith Piaf. Como diz a sinopse: "Abandonada pela mãe, foi criada pela avó, dona de um bordel na Normandia. Dos 3 aos 7 anos de idade fica cega, recuperando-se milagrosamente. Mais tarde vive com o pai alcoólatra, a quem abandona aos 15 anos para cantar nas ruas de Paris. Em 1935 é descoberta por um dono de boate e neste mesmo ano grava seu primeiro disco".
E outro diferencial nesta cinebiografia é o trabalho espetacular de Marion Cotillard, ela encarnou de vez a vida e obra da Pardal, com aquela voz inconfundível e hipnotizante. Um roteiro não linear, que nos mostra a resiliência que ela teve, com os percalços da vida, não desistiu, e continuou mostrando sua arte. A interpretação de Marion Cotillard consegue ser maior que o filme, felizmente foi um dos Oscar de Melhor Atriz que premiou corretamente uma interpréte.
Rapaz, do nada um jumento na despedida de solteiro hahaha
Tom Hanks nos anos 80 sempre fazia as comédias teens e pastelões, mas esse besteirol passou dos limites haha. Se fosse hoje em dia, esse filme nunca sairia do papel. Uma festa de arromba para a despedida de solteiro dele, aonde acontece altas confusões. Esse é um primo distante oitentista de "Se Beber Não Case", as confusões daqui são equipadas com o filme de 2010. Aqui tem mais cenas antológicas com apelo sexual, e uma trilha sonora fantástica.
Por incrível que pareça o filme é legal, e me deu nostalgia (?!). Tem um bom desenvolvimento, e o roteiro com o motivo do personagem ficar em casa é bem satisfatório. Época em que o Shia LaBeouf era uma eterna promessa nos filmes. Boa surpresa a participação de Carrie-Anne Moss, interpretando a mãe dele. O suspense funciona e está na medida certa, no começo ele ficava da janela para ver as meninas de biquíni (figurinha do Tesla de Sabe Muito), mas depois vai entrar em uma investigação instigante.
É competição dentro das quatro linhas, é tensão dentro das quatro linhas. É tesão dentro das quatro linhas e também dentro das quatro paredes. O diretor Luca Guadagnino conseguiu um trabalho fantástico, deixando Zendaya e o Tênis menos entediantes ou desinteressante. Tudo que ele propõe aqui dá certo, e está tudo caprichado.
Conseguiu extrair grandes tons de erotismo num triângulo amoroso, saiu um pouco do clichê no roteiro, mas continuou com tom de novela das 9. Mas, o que transcendeu mesmo foi as cenas dentro da arena de tênis, com um jogo de câmeras poderoso. O ângulo das câmeras que fascina, e temos a impressão que a bolinha de tênis pode atravessar a tela e vim em nossa direção. A trilha sonora usada no filme é outro acerto, te dá uma adrenalina fantástica e te deixa ligado nos lances das partidas. Além, que essas trilhas, dá para usar na academia para treinar hahaha
O personagem da Zendaya não conseguiu uma carreira vitoriosa como desejada, e impôs o seu sonho na dupla de amigos, acabando de "usar" e manipular os dois como bem entender. Um filme de história não linear, que é sobretudo sobre relacionamentos, e as partidas de tênis, com os seus tempos, intervalos e regras são o plano de fundo. A sequência final é vibrante e alucinante!
Um filme com várias camadas. Podemos perceber que é uma grande homenagem à profissão de jornalista e todas suas vertentes, pois temos fotojornalistas e correspondentes de guerra também na trama. Tem o conceito cinematográfico que é um road movie dentro de uma guerra, aonde personagens saem de um ponto, enfrentam dificuldades e vão para o destino escolhido. E também é uma crítica política anti-guerra, aonde que infelizmente, não seria uma distopia, pode ser algo que realmente possa acontecer em nosso mundo.
Será que uma guerra civil possa acontecer novamente na América? Pois estamos na enfrentando uma época de embates ideológicos e extremos todo dia. Já saímos de discussões do campo das ideias faz tempo, e os ânimos já estão aflorado. Falta um estopim para que a democracia ruína mais uma vez. O Estado do Texas e da Califórnia se juntam, anunciam a saída dos EUA, e começam uma Guerra Civil contra o governo americano. A produção não conta como começou essa guerra, mas já nos joga no meio dela.
A produção de Alex Garland é um primor técnico, com grandes cenas de efeitos práticos. Fotografia belíssima, pena que é um contexto de guerra e tiros e explosões acontecendo. Nosso menino Wagner Moura brilha no inglês e na atuação, além da Kirsten Dunst (Uma fotografa já renomada e já cansada desta guerra), e a novata interpretada pela Cailee Spaeny (Que está ficando horrorizada pelos acontecidos durante a viagem).
Cheio de cenas de tensão e de guerra, mas o que se destaca mesmo é a participação de Jesse Plemons como um miliciano ultranacionalista e racista. Essa parte do filme você fica vidrado e olhando tudo atônito e sem acreditar o que aconteceu, além depois de perceber aonde a personagem da Cailee foi cair. É um filme que não vai agradar a todos, mas foi bom assistir um roteiro adulto em 2024, fora das ficções científicas e franquias que estão bombando neste ano.
Uma produção palpável de Godard, aonde temos uma jovem tentando vencer na vida de várias maneiras possíveis, porém sempre com percalços. Nós somos os responsáveis de tudo o que nos acontece, e esse é um dos lemas do filme. Várias tentativas e meios para tentar entender ou vencer na vida.
Godard nos traz aqui o que sabe de melhor no quesito direção, filmando atores de costas, closes e diálogos que refletem emoções e pensamentos dos personagens, e a melhor coisa do filme são os diálogos fantásticos que nos fazem refletir sobre a vida.
Temos o protagonismo de Anna Karina, uma atriz belíssima, com grande classe e charme, e um olhar estonteante e hipnotizador. Temos uma metalinguagem fantástica no filme, com o filme de "Joana D'Arc" de Maria Falconetti, aonde sua libertação será sua morte.
Fazia tempos que não assistia um filme inédito na TV, e esta passando esse de madrugada, e decidi assistir. Esse filme de 2019 saiu despercebido por mim, e assistindo agora vi que é bem divertido.
Dave Bautista saiu muito bem numa comédia de ação. E agora está fazendo parceira com Kumail Nanjiani, também tem um time certo para o humor. Ele está fazendo um Uber, que está dirigindo para ter um dinheiro extra. Porém, recebeu a corrida de um policial que está fazendo uma investigação e perseguindo bandidos, daí altas confusões aparece. Um filme despretensioso e bem divertido, vale a pena assistir.
Tem uma tensão crescente e atmosfera de suspense bastante fortalecida, pena que essa produção caiu nas mãos da crítica, e ficou esquecido durante anos. Hoje em dia, ele tem a fama de ser cult, bem diferente do seu primo "Psicose", que é mais lembrado e venerado. Eu mesmo, soube deste filme recentemente, e só agora tive a oportunidade de assistir. Na época, esse filme causou escândalo na sociedade britânica, pois foi taxado como um filme pervertido pra época, e essa recepção ruim, arruinou a carreira bem traçada do diretor Michael Powell, que tem bons filmes no currículo, como o clássico "Sapatinhos Vermelhos".
O desenvolvimento do filme é fantástico, e brilhante para a época em que foi feita. Um serial killer, solitário, quieto e tímido, mas com um passado traumatizante, que no presente tem uma obsessão de assassinar mulheres, mas antes ele grava o "medo" e o "apavoro" das mesmas com uma câmera, e depois fica assistindo em casa. E nós, como espectador, somos cumplice desses assassinatos, pois com as técnicas cinematográficas, somos transportados para ao lado do psicopata, e também vemos as reações das mulheres antes de serem assassinadas. A metalinguagem está presente e bastante forte na produção, e também tem todo debate sobre voyeurismo, psicopatia e fetichismo.
A produção foi influência pra Brian De Palma, Argento, Scorsese e por ai vai. Um dos pioneiros de um trilher de psicopata. E o que foi nostálgico para mim foi observar a tecnologia de câmeras da época, os rolos de filmagens, e como se fazia para se revelar as fitas.
Um clássico da época de ouro dos filmes da Sessão da Tarde. Wesley Snipes e Billy Woody Harrelson fazem uma química incrível, e os dois se juntam para fazer trambiques nas quadras de basquete.
Um filme que tem várias pitadas de gênero, como um bom drama, humor, e o resultado foi incrível. Para quem gosta de basquete, este filme é um prato cheio.
"Estrada da Fúria" de 2015, é para mim, o melhor filme de ação da década passada, a sua adrenalina e cenas reais ainda funcionam, e vai ser díficil tira esse racha de V8 da mente. George Miller, que criou esse universo fantástico, decidiu fazer a história de origem de uma personagem enigmática, a Imperatriz Furiosa.
Essa prequel, segue da infância da Furiosa até interligar ao filme de 2015. O filme se divide em atos, que quero pontuar aqui, a atriz Alyla Browne consegue fazer uma jovem Furiosa do seu estilo (Pois só conhecíamos ela adulta), e consegue fazer bem esse trabalho, de uma jovem raptada de seu lar, que se vê em outro destino que não era o seu. Esses primeiros atos estavam fantásticos, como a proposta do filme é de apresentação, aqui se fez muito bem o trabalho.
O vilão Dementus de Chris Hemsworth, nosso eterno Thor, é fantástico, a caracterização dele com o seu nariz pontudo cai muito bem. Seu personagem excêntrico e cheio de frases de efeitos são um acerto no filme. Mas, o sarrafo cai quando temos a imersão de Anya Taylor-Joy como "Furiosa", a atriz é belíssima e talentosa, porém a personagem já foi interpretada pela Charlize Theron, e a régua desta atuação é bastante alta. Aqui, eu acho que ela só imitou e tentou emular os trejeitos e o visual, porque de resto não é nada de surreal para poder ser aplaudido em Cannes.
E o desenvolvimento do filme nos atos finais, foram muito acelerados. Pontas soltas no roteiro foram entregues bastante rápidas, com quase nada de desenvolvimento. E que era o ponto chave na franquia (os carros modificados de verdade e sendo gravados in loco, com explosões, correrias, etc), o que deu certo na franquia, aqui foi modificado para a maior parte como CGI, tirando a imersão da adrenalina e freneticidade que a franquia nos acostumou a ter.
Há vida depois de César? Essa nova franquia dos Planeta dos Macacos, vai começar a mostrar que sim. Ainda mais se for com Noah e o seu Clã das Águias. Temos agora mais recorte da linha do tempo cronológica da Franquia, nos jogados para gerações a frente de Cesar, num mundo ainda mais dominado pelos macacos, e os humanos enclausurados, sumidos, e os perseguidos são os que não conseguem falar nem raciocinar (Este ponto nos interliga para a franquia clássica).
Eu achei um filme bem episódico, claro, que fica díficil se desvincular do Cesar e do seu contexto da trilogia antiga, e aqui demora a engatar com os personagens novos, com seus medos e dramas. Mas, quando engata no clã das águias, o filme decola um pouco. Tem alguns furos de roteiro, focou mais no drama e em alguns contextos para nos interligar para a franquia do Cesar.
No futuro, o legado de César é deturpado por alguns líderes sacanas, usando as palavras e atos deles são obter poder e domínio sobre clãs de macacos mais fracos. Tem também, macacos que estudam as palavras de César para continuar o legado de estudo e aperfeiçoamento do domínio símio harmônico.
- O vilão Proximus Caesar, tem pouco tempo de tela, porém quando ele aparece, ele toma conta das cenas e dá para sentir seu poder de comando. Se tivesse mais tempo de tela, acho que seria mais um dos grandes vilões das franquias deste século. Seu arquétipo ficou parecido com uma mistura de um Faraó (que subjuga outros clãs) com Constantino (que deturpa uma palavra já fixada anteriormente, só para ter poder e domínio de seguidores).
- Dá para sentir que o protagonista Noah é praticamente um arquétipo do César do primeiro filme, aquele personagem ingênuo, que vê seu mundo virado de cabeça para baixo, e terá que sair para a aventura para conquistar de volta o que perdeu. Ele tem a jornada do herói bem desenvolvida, eu achei o clã dele como se fosse indígenas, que não sabiam da Vida do Cesar e descobriram da pior forma o que é a luta entre macacos e humanos.
- A humana Nova, interpretada pela Freya Allan, essa menina pode ter futuro, é uma personagem ambígua. Mas, muito importante para a sobrevivência da raça humana num planeta bem dominado pelos símios.
- Outros personagens, como Anaya e o Orangotango Raka, roubam a cena com alívio cômico e com diálogos com bastante sabedoria, respectivamente.
E como de praxe, os efeitos especiais continuam fantásticos na franquia, junto com a adição da trilha sonora. Ambientação belíssima, e belo trabalho das capturas de movimento dos atores para fazerem os símios. Dito isso, a franquia pode ter um grande futuro, basta organizar mais e ter bem em mente do que fazer daqui para frente.
1999 foi o melhor ano do cinema? Hora de assistir esse clássico de estreia de Sam Mendes. Temos Kevin Spacey, no auge dos anos 90, nesta década ele sempre lançou pedradas e atuações marcantes.
É um dos filmes que ao terminar, você pensa: como eu demorei tanto tempo pra assistir? Retrata a decadência do "sonho americano". Que por trás de todo conservadorismo de fachada, tem hipocrisia e facetas escondidas. Nada é mais do que aparenta ser, aqui mexe com vários temas, como preconceito, virgindade, sexualidade, casamento. O "American Way Of Life" não é mais 100% vantajoso, pois nos mostram brechas e declínios em relacionamentos, trabalhos e relações interpessoais.
Sam Mendes constrói personagens estereotipados apenas para desconstruí-los em seguida. O desenvolvimento do filme acontece de uma forma fantástica e, como vinho, as críticas que ele ressalta ainda são válidas para os dias de hoje. Sam Mendes constrói tudo muito bem, com uma fotografia belíssima, um trilha que segue o desenvolvimento dos personagens, e atores que conseguem exalar os dramas que estão sentindo. Oscar mais que merecido para Kevin Spacey e os outras categorias que o filme conseguiu.
Eu vou contar tudo pra Lilly, Marshall, que você anda pulando a cerca e sofrendo por mulheres alheias.
Domingo é dia de comédia romântica com qualidade duvidosa, aonde aparece vários atores bons de comédia. Filme válido para o entretenimento e passar o tempo.
Só vai e assista este filme. Não leia nada sobre, vai dar um nó na sua mente. Nos primeiros minutos você teria que dá mais chances para ele, pois quando acontece os plots principais a sua mente explode, você tenta descobrir o que houve e questionar sua realidade. Depois que o filme acaba, você ficará meia hora pesquisando todos os conceitos filosóficos que o filme aborda.
Rui, Vani, João Grilo, Chicó e Agostinho Carrara juntos. E não é comédia! hehehe
Esse fim de semana estou sendo bastante brasileiro, mais um filme nacional assistido. E vou repetir o meu lema: Quando o Brasil quer fazer filme bom, ele consegue fazer filme bom!
"O Que é Isso, Companheiro?" lançado em 1997, com a direção de Bruno Barreto, é a inspirado de um livro do jornalista Fernando Gabeira, que esteve na luta armada contra o regime militar no fim dos anos 60. Na época, o filme foi um dos grandes investimentos da retomada do Cinema Brasileiro, queria conseguir, e conseguiu, a indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no ano seguinte.
Para mim, o filme não puxou sardinha para ninguém dos lados. Só relatou fatos históricos que realmente aconteceram, e claro com licenças poéticas para caber numa obra cinematográfica. Pois, mostrou pessoas e suas crenças ideológicas, traçando planos e se aventurando em prol do que se acreditavam. Mesmo se isso iria dá certo ou não, os planos e a ação estavam sendo feito.
O filme tem uma tensão crescente, pois a medida em que ocorre as investigações e as exigências dos guerrilheiros, o sequestrado está entre a vida e a morte. A cena do banco ficou fantástica, tem uma ambientação belíssima, e não deve nada para filmes americanos com grande orçamento.
O elenco é fantástico, todos em seu começo ou auge da carreira televisiva e provaram que são versáteis e bons na atuação, cada ator teve seu momento de brilhar. Muito bom ver o grande Alan Arkin numa produção nacional, trabalhou respeitosamente e ainda falou português fluentemente. E estamos aqui com mais um caso que o Cinema Nacional sabe sim fazer grandes produções!
História de Nelson Rodrigues, Sônia Braga no auge da beleza, direção de Neville de Almeida, mostrando falso moralismo brasileiro em pleno rígida censura dos Militares, um filme bem à frente do seu tempo. Esse filme explora muito mais as cenas explicitas de sexo, do que em assuntos que servem para o debate, como o machismo da época. Pois, tem cenas repetitivas de sexo e destoa mais para a pornochanchada.
Porém, é um filme que sempre gera debate. Tem um poderoso elenco da nossa dramaturgia, e o auge da Sônia Braga antes de sua ida para os EUA.
Menino Jason Statham voltou a fazer filme a cada 6 meses, acho que os boletos estão atrasados. Se ele atrasa boleto, porque eu não posso?
Filme de ação padrão do Sthatham, um prato cheio para quem gosta do gênero e dos filmes do ator. Um filme despretensioso e um bom passatempo. Boas cenas de luta, tiroteio e violência coreografadas.
Gostei do desenvolvimento do roteiro que é sobre ataque phishing em pessoas mais velhas ou que não estão habituadas em tecnologias, são golpes onlines que só prejudica a pessoa e faz que elas sejam roubadas online, perdendo senhas e controle de seus perfis de bancos e redes sociais.
Tentou inovar no gênero de zumbis, e conseguiu bastante. Misturando o metalinguagem cinematográfica com os ataques zumbis, e tudo isso num plano sequência fantástico. Essa primeira meia hora do filme foi fantástica e vibrante, os atores conseguiram simular cenas de ataques zumbis com um bastidor de gravação das cenas do filme fictício.
E depois disso, nos mostram o contexto de toda aquela gravação. Mostrando o recrutamento dos atores e a produção do filme. Você fica meio que frustrado, pois o filme não repete aquele ápice da primeira meia hora. Porém, chega um momento que você volta a ficar fascinado pela história e todo aquele contexto do plano sequencia volta a ter sentido e com cenas bem engraçadas.
Não fazem mais comédias como antigamente. O filme é divertido e carismático, é só assistindo ele que nos mostra uma metalinguagem engraçada. Steve Martin, Chevy Chase e Martin Short são os três amigos que fazem cinema como heróis de faroeste, mas uma cidade pequena do México está sofrendo nas mãos de um fora da lei de um ditador, e os moradores confundem nossos atores como heróis de verdade. E está aí armado a confusão.
A boa direção de John Landis, o roteiro bem montado com os melhores clichês do velho oeste, boa comédia e a reunião dos melhores atores humoristas da década de 80.
Temos aqui uma Paris que não é muita retradada nas produções e na mídia. Uma França aonde a desigualdade social é aflorada, ondas de violência gigantes e ânimos exaltados. Bem diferente daquela Paris romantizada, com seus cartões postais clássicos e belíssimos.
O estopim da violência do filme é a marginalização das minorias, pois os três protagonistas são filhos de imigrantes, Vinz (Vincent Cassel) é judeu, outro é negro e o terceiro é de descendência árabe.
Os acontecimentos do filme são todos relatados num mesmo dia, e o senso iminência de uma catástrofe é forte. Mostra como os conjuntos habitacionais de Paris são bastante perigosos e violentos, como uma crítica também à desigualdade social.
A versão de 2021 (que ninguém pediu para ser realizado), foi uma produção bastante nostálgica, com a presença da velha guarda e também a nova geração deu liga e foi legal assistir eles também.
Mas, essa segunda parte da nova geração é bem fraquinha, piadinhas que temos de referências para a franquia até servem. Mas, os novos personagens são tão desinteressante e sem sal, perderam aquela magia do primeiro filme. Só os atores clássicos são dignos e carregam o filme.
Alem de ter o filme todo explicando o vilão da vez, as coisas da franquia e a ação de fato são no terceiro ato. E quando toca a tirlha sonora clássica, meu coração nerd nostálgico amolece e o filme sobe meia estrela.
Michael Mann transcende o significado de filme de ação, pega o cerne do seriado dos anos 80 e consegue fazer uma roupagem nova. Filme intenso e cheio de urgência iminente. James "Sonny" Crockett (Colin Farrell) e Ricardo Tubbs (Jamie Foxx) fantásticos no papel, e pelos vídeos que temos da série antiga, estão emulando muito bem os personagens clássicos.
Michael Mann nos traz uma câmera grandiosa, que é tremida em momentos de tensão e adrenalina. Com uma filmagem com belas paletas de cores, ressignificando o neon, a vida noturna e os perigos da mesma. Além de Miami, temos grandes cenas externas em outros Países, como Cuba, Colômbia. A trilha sonora também que faz parte do filme só incrementa as cenas e os desenvolvimentos dos personagens, como por exemplo o começo do filme, na cena da boate, quando somos apresentados pelos protagonistas, sem nenhum diálogo, e já sacamos como eles são e como agem nas investigações.
Um filme policial adulto, sério, próximo da realidade. Pois, temos personagens palpáveis, que correm sérios perigos, se infiltram nas quadrilhas, e que também se apaixonam. Aqui não tem aquelas piadinhas de buddy cops e sorrisinhos (apesar que gosto de filme assim também). O ar realistísco está bastante presente aqui.
O romance também funciona por aqui, pelos personagens que tem paixões proibidas por causa do trabalho e das investigações, e que também são motim para o avanço do desenvolvimento da trama. E claro, a violência e tiroteiro são de primeira categoria, gravados com altas doses de adrenalina e cenas de tirar o fôlego.
O Iluminado
4.3 4,0K Assista Agora“Here’s Johnny!”
Este filme está merecendo uma review, e decidir reassistir essa pedrada. Um dos grandes filmes do diretor Stanley Kubrick. Stephen King criou, Stanley Kubrick adaptou e Jack Nicholson eternizou. Stephen King não gosta desta produção, pois não adaptou corretamente sua obra, mas o que Stanley Kubrick fez aqui foi um toque de gênio e transformou um filme atemporal, que sempre está nos top's de melhores filmes de terror e da década de 80. Nas o que vale deixar destacado é que são obras diferentes, e as duas podem coexistir lado a lado.
Kubrick consegue pegar as melhores facetas do mundo cinematográfico, e consegue transmitir tensão, terror psicológico e uma ansiedade latente para o que está por vir. Pois, temos um ambiente claustrofóbico, uma câmera que acompanha os personagens, um zoom it e out que acompanha o mistério e te deixa vidrado na produção. Aliás, o hotel também acaba sendo um personagem, um confidente que sabe dos mistérios do local. O que ajuda na tensão também é a trilha sonora espetacular, aumentando nossa atenção para as cenas. Não é um filme de terror para te dar sustos, mas sim para mexer no seu psicológico e te deixar com a pulga atrás da orelha do que está por vir ou tentar descobrir o mistério envolvido e não revelado.
Elogiar a atuação de Jack Nicholson, é chover no molhado, seu estilo malucão de caras e bocas caiu como uma luva para o personagem (Ou o personagem foi moldado pelo estilo maluco de Jack Nicholson), tanto que é um dos personagens mais lembrados da história do cinema. A sua performance e atuação é insana, com vários momentos memoráveis e já estão marcados na história do cinema. Shelley Duvall não está bem aqui, mas quem se destaca também o menino Danny Lloyd, pena que ele não seguiu na carreira de ator.
Piaf - Um Hino ao Amor
4.3 1,1K Assista AgoraUma cinebiografia intensa, talvez uma das que mais imprimiu o sofrimento do ser humano em tela, relata com clareza toda a vida sofrida e luta de Edith Piaf. Como diz a sinopse: "Abandonada pela mãe, foi criada pela avó, dona de um bordel na Normandia. Dos 3 aos 7 anos de idade fica cega, recuperando-se milagrosamente. Mais tarde vive com o pai alcoólatra, a quem abandona aos 15 anos para cantar nas ruas de Paris. Em 1935 é descoberta por um dono de boate e neste mesmo ano grava seu primeiro disco".
E outro diferencial nesta cinebiografia é o trabalho espetacular de Marion Cotillard, ela encarnou de vez a vida e obra da Pardal, com aquela voz inconfundível e hipnotizante. Um roteiro não linear, que nos mostra a resiliência que ela teve, com os percalços da vida, não desistiu, e continuou mostrando sua arte. A interpretação de Marion Cotillard consegue ser maior que o filme, felizmente foi um dos Oscar de Melhor Atriz que premiou corretamente uma interpréte.
A Última Festa de Solteiro
3.4 179 Assista AgoraRapaz, do nada um jumento na despedida de solteiro hahaha
Tom Hanks nos anos 80 sempre fazia as comédias teens e pastelões, mas esse besteirol passou dos limites haha. Se fosse hoje em dia, esse filme nunca sairia do papel. Uma festa de arromba para a despedida de solteiro dele, aonde acontece altas confusões. Esse é um primo distante oitentista de "Se Beber Não Case", as confusões daqui são equipadas com o filme de 2010. Aqui tem mais cenas antológicas com apelo sexual, e uma trilha sonora fantástica.
Paranóia
3.5 1,5K Assista AgoraJanela Indiscreta para adolescentes
Por incrível que pareça o filme é legal, e me deu nostalgia (?!). Tem um bom desenvolvimento, e o roteiro com o motivo do personagem ficar em casa é bem satisfatório. Época em que o Shia LaBeouf era uma eterna promessa nos filmes. Boa surpresa a participação de Carrie-Anne Moss, interpretando a mãe dele. O suspense funciona e está na medida certa, no começo ele ficava da janela para ver as meninas de biquíni (figurinha do Tesla de Sabe Muito), mas depois vai entrar em uma investigação instigante.
Rivais
3.8 269É competição dentro das quatro linhas, é tensão dentro das quatro linhas. É tesão dentro das quatro linhas e também dentro das quatro paredes. O diretor Luca Guadagnino conseguiu um trabalho fantástico, deixando Zendaya e o Tênis menos entediantes ou desinteressante. Tudo que ele propõe aqui dá certo, e está tudo caprichado.
Conseguiu extrair grandes tons de erotismo num triângulo amoroso, saiu um pouco do clichê no roteiro, mas continuou com tom de novela das 9. Mas, o que transcendeu mesmo foi as cenas dentro da arena de tênis, com um jogo de câmeras poderoso. O ângulo das câmeras que fascina, e temos a impressão que a bolinha de tênis pode atravessar a tela e vim em nossa direção. A trilha sonora usada no filme é outro acerto, te dá uma adrenalina fantástica e te deixa ligado nos lances das partidas. Além, que essas trilhas, dá para usar na academia para treinar hahaha
O personagem da Zendaya não conseguiu uma carreira vitoriosa como desejada, e impôs o seu sonho na dupla de amigos, acabando de "usar" e manipular os dois como bem entender. Um filme de história não linear, que é sobretudo sobre relacionamentos, e as partidas de tênis, com os seus tempos, intervalos e regras são o plano de fundo. A sequência final é vibrante e alucinante!
Guerra Civil
3.7 311Um filme com várias camadas. Podemos perceber que é uma grande homenagem à profissão de jornalista e todas suas vertentes, pois temos fotojornalistas e correspondentes de guerra também na trama. Tem o conceito cinematográfico que é um road movie dentro de uma guerra, aonde personagens saem de um ponto, enfrentam dificuldades e vão para o destino escolhido. E também é uma crítica política anti-guerra, aonde que infelizmente, não seria uma distopia, pode ser algo que realmente possa acontecer em nosso mundo.
Será que uma guerra civil possa acontecer novamente na América? Pois estamos na enfrentando uma época de embates ideológicos e extremos todo dia. Já saímos de discussões do campo das ideias faz tempo, e os ânimos já estão aflorado. Falta um estopim para que a democracia ruína mais uma vez. O Estado do Texas e da Califórnia se juntam, anunciam a saída dos EUA, e começam uma Guerra Civil contra o governo americano. A produção não conta como começou essa guerra, mas já nos joga no meio dela.
A produção de Alex Garland é um primor técnico, com grandes cenas de efeitos práticos. Fotografia belíssima, pena que é um contexto de guerra e tiros e explosões acontecendo. Nosso menino Wagner Moura brilha no inglês e na atuação, além da Kirsten Dunst (Uma fotografa já renomada e já cansada desta guerra), e a novata interpretada pela Cailee Spaeny (Que está ficando horrorizada pelos acontecidos durante a viagem).
Cheio de cenas de tensão e de guerra, mas o que se destaca mesmo é a participação de Jesse Plemons como um miliciano ultranacionalista e racista. Essa parte do filme você fica vidrado e olhando tudo atônito e sem acreditar o que aconteceu, além depois de perceber aonde a personagem da Cailee foi cair. É um filme que não vai agradar a todos, mas foi bom assistir um roteiro adulto em 2024, fora das ficções científicas e franquias que estão bombando neste ano.
Viver a Vida
4.2 391Uma produção palpável de Godard, aonde temos uma jovem tentando vencer na vida de várias maneiras possíveis, porém sempre com percalços. Nós somos os responsáveis de tudo o que nos acontece, e esse é um dos lemas do filme. Várias tentativas e meios para tentar entender ou vencer na vida.
Godard nos traz aqui o que sabe de melhor no quesito direção, filmando atores de costas, closes e diálogos que refletem emoções e pensamentos dos personagens, e a melhor coisa do filme são os diálogos fantásticos que nos fazem refletir sobre a vida.
Temos o protagonismo de Anna Karina, uma atriz belíssima, com grande classe e charme, e um olhar estonteante e hipnotizador. Temos uma metalinguagem fantástica no filme, com o filme de "Joana D'Arc" de Maria Falconetti, aonde sua libertação será sua morte.
Stuber - A Corrida Maluca
3.1 65Fazia tempos que não assistia um filme inédito na TV, e esta passando esse de madrugada, e decidi assistir. Esse filme de 2019 saiu despercebido por mim, e assistindo agora vi que é bem divertido.
Dave Bautista saiu muito bem numa comédia de ação. E agora está fazendo parceira com Kumail Nanjiani, também tem um time certo para o humor. Ele está fazendo um Uber, que está dirigindo para ter um dinheiro extra. Porém, recebeu a corrida de um policial que está fazendo uma investigação e perseguindo bandidos, daí altas confusões aparece. Um filme despretensioso e bem divertido, vale a pena assistir.
A Tortura do Medo
3.9 149Tem uma tensão crescente e atmosfera de suspense bastante fortalecida, pena que essa produção caiu nas mãos da crítica, e ficou esquecido durante anos. Hoje em dia, ele tem a fama de ser cult, bem diferente do seu primo "Psicose", que é mais lembrado e venerado. Eu mesmo, soube deste filme recentemente, e só agora tive a oportunidade de assistir. Na época, esse filme causou escândalo na sociedade britânica, pois foi taxado como um filme pervertido pra época, e essa recepção ruim, arruinou a carreira bem traçada do diretor Michael Powell, que tem bons filmes no currículo, como o clássico "Sapatinhos Vermelhos".
O desenvolvimento do filme é fantástico, e brilhante para a época em que foi feita. Um serial killer, solitário, quieto e tímido, mas com um passado traumatizante, que no presente tem uma obsessão de assassinar mulheres, mas antes ele grava o "medo" e o "apavoro" das mesmas com uma câmera, e depois fica assistindo em casa. E nós, como espectador, somos cumplice desses assassinatos, pois com as técnicas cinematográficas, somos transportados para ao lado do psicopata, e também vemos as reações das mulheres antes de serem assassinadas. A metalinguagem está presente e bastante forte na produção, e também tem todo debate sobre voyeurismo, psicopatia e fetichismo.
A produção foi influência pra Brian De Palma, Argento, Scorsese e por ai vai. Um dos pioneiros de um trilher de psicopata. E o que foi nostálgico para mim foi observar a tecnologia de câmeras da época, os rolos de filmagens, e como se fazia para se revelar as fitas.
Homens Brancos não Sabem Enterrar
3.4 144Um clássico da época de ouro dos filmes da Sessão da Tarde. Wesley Snipes e Billy Woody Harrelson fazem uma química incrível, e os dois se juntam para fazer trambiques nas quadras de basquete.
Um filme que tem várias pitadas de gênero, como um bom drama, humor, e o resultado foi incrível. Para quem gosta de basquete, este filme é um prato cheio.
Furiosa: Uma Saga Mad Max
3.9 215"Estrada da Fúria" de 2015, é para mim, o melhor filme de ação da década passada, a sua adrenalina e cenas reais ainda funcionam, e vai ser díficil tira esse racha de V8 da mente. George Miller, que criou esse universo fantástico, decidiu fazer a história de origem de uma personagem enigmática, a Imperatriz Furiosa.
Essa prequel, segue da infância da Furiosa até interligar ao filme de 2015. O filme se divide em atos, que quero pontuar aqui, a atriz Alyla Browne consegue fazer uma jovem Furiosa do seu estilo (Pois só conhecíamos ela adulta), e consegue fazer bem esse trabalho, de uma jovem raptada de seu lar, que se vê em outro destino que não era o seu. Esses primeiros atos estavam fantásticos, como a proposta do filme é de apresentação, aqui se fez muito bem o trabalho.
O vilão Dementus de Chris Hemsworth, nosso eterno Thor, é fantástico, a caracterização dele com o seu nariz pontudo cai muito bem. Seu personagem excêntrico e cheio de frases de efeitos são um acerto no filme. Mas, o sarrafo cai quando temos a imersão de Anya Taylor-Joy como "Furiosa", a atriz é belíssima e talentosa, porém a personagem já foi interpretada pela Charlize Theron, e a régua desta atuação é bastante alta. Aqui, eu acho que ela só imitou e tentou emular os trejeitos e o visual, porque de resto não é nada de surreal para poder ser aplaudido em Cannes.
E o desenvolvimento do filme nos atos finais, foram muito acelerados. Pontas soltas no roteiro foram entregues bastante rápidas, com quase nada de desenvolvimento. E que era o ponto chave na franquia (os carros modificados de verdade e sendo gravados in loco, com explosões, correrias, etc), o que deu certo na franquia, aqui foi modificado para a maior parte como CGI, tirando a imersão da adrenalina e freneticidade que a franquia nos acostumou a ter.
Planeta dos Macacos: O Reinado
3.7 118"What a wonderful day!!"
Há vida depois de César? Essa nova franquia dos Planeta dos Macacos, vai começar a mostrar que sim. Ainda mais se for com Noah e o seu Clã das Águias. Temos agora mais recorte da linha do tempo cronológica da Franquia, nos jogados para gerações a frente de Cesar, num mundo ainda mais dominado pelos macacos, e os humanos enclausurados, sumidos, e os perseguidos são os que não conseguem falar nem raciocinar (Este ponto nos interliga para a franquia clássica).
Eu achei um filme bem episódico, claro, que fica díficil se desvincular do Cesar e do seu contexto da trilogia antiga, e aqui demora a engatar com os personagens novos, com seus medos e dramas. Mas, quando engata no clã das águias, o filme decola um pouco. Tem alguns furos de roteiro, focou mais no drama e em alguns contextos para nos interligar para a franquia do Cesar.
No futuro, o legado de César é deturpado por alguns líderes sacanas, usando as palavras e atos deles são obter poder e domínio sobre clãs de macacos mais fracos. Tem também, macacos que estudam as palavras de César para continuar o legado de estudo e aperfeiçoamento do domínio símio harmônico.
- O vilão Proximus Caesar, tem pouco tempo de tela, porém quando ele aparece, ele toma conta das cenas e dá para sentir seu poder de comando. Se tivesse mais tempo de tela, acho que seria mais um dos grandes vilões das franquias deste século. Seu arquétipo ficou parecido com uma mistura de um Faraó (que subjuga outros clãs) com Constantino (que deturpa uma palavra já fixada anteriormente, só para ter poder e domínio de seguidores).
- Dá para sentir que o protagonista Noah é praticamente um arquétipo do César do primeiro filme, aquele personagem ingênuo, que vê seu mundo virado de cabeça para baixo, e terá que sair para a aventura para conquistar de volta o que perdeu. Ele tem a jornada do herói bem desenvolvida, eu achei o clã dele como se fosse indígenas, que não sabiam da Vida do Cesar e descobriram da pior forma o que é a luta entre macacos e humanos.
- A humana Nova, interpretada pela Freya Allan, essa menina pode ter futuro, é uma personagem ambígua. Mas, muito importante para a sobrevivência da raça humana num planeta bem dominado pelos símios.
- Outros personagens, como Anaya e o Orangotango Raka, roubam a cena com alívio cômico e com diálogos com bastante sabedoria, respectivamente.
E como de praxe, os efeitos especiais continuam fantásticos na franquia, junto com a adição da trilha sonora. Ambientação belíssima, e belo trabalho das capturas de movimento dos atores para fazerem os símios. Dito isso, a franquia pode ter um grande futuro, basta organizar mais e ter bem em mente do que fazer daqui para frente.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista Agora1999 foi o melhor ano do cinema? Hora de assistir esse clássico de estreia de Sam Mendes. Temos Kevin Spacey, no auge dos anos 90, nesta década ele sempre lançou pedradas e atuações marcantes.
É um dos filmes que ao terminar, você pensa: como eu demorei tanto tempo pra assistir? Retrata a decadência do "sonho americano". Que por trás de todo conservadorismo de fachada, tem hipocrisia e facetas escondidas. Nada é mais do que aparenta ser, aqui mexe com vários temas, como preconceito, virgindade, sexualidade, casamento. O "American Way Of Life" não é mais 100% vantajoso, pois nos mostram brechas e declínios em relacionamentos, trabalhos e relações interpessoais.
Sam Mendes constrói personagens estereotipados apenas para desconstruí-los em seguida. O desenvolvimento do filme acontece de uma forma fantástica e, como vinho, as críticas que ele ressalta ainda são válidas para os dias de hoje. Sam Mendes constrói tudo muito bem, com uma fotografia belíssima, um trilha que segue o desenvolvimento dos personagens, e atores que conseguem exalar os dramas que estão sentindo. Oscar mais que merecido para Kevin Spacey e os outras categorias que o filme conseguiu.
Ressaca de Amor
3.0 442 Assista AgoraEu vou contar tudo pra Lilly, Marshall, que você anda pulando a cerca e sofrendo por mulheres alheias.
Domingo é dia de comédia romântica com qualidade duvidosa, aonde aparece vários atores bons de comédia. Filme válido para o entretenimento e passar o tempo.
Coerência
4.0 1,3K Assista Agora🤯🤯🤯🤯
Só vai e assista este filme. Não leia nada sobre, vai dar um nó na sua mente. Nos primeiros minutos você teria que dá mais chances para ele, pois quando acontece os plots principais a sua mente explode, você tenta descobrir o que houve e questionar sua realidade. Depois que o filme acaba, você ficará meia hora pesquisando todos os conceitos filosóficos que o filme aborda.
O Que é Isso, Companheiro?
3.8 341 Assista AgoraRui, Vani, João Grilo, Chicó e Agostinho Carrara juntos. E não é comédia! hehehe
Esse fim de semana estou sendo bastante brasileiro, mais um filme nacional assistido. E vou repetir o meu lema: Quando o Brasil quer fazer filme bom, ele consegue fazer filme bom!
"O Que é Isso, Companheiro?" lançado em 1997, com a direção de Bruno Barreto, é a inspirado de um livro do jornalista Fernando Gabeira, que esteve na luta armada contra o regime militar no fim dos anos 60. Na época, o filme foi um dos grandes investimentos da retomada do Cinema Brasileiro, queria conseguir, e conseguiu, a indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no ano seguinte.
Para mim, o filme não puxou sardinha para ninguém dos lados. Só relatou fatos históricos que realmente aconteceram, e claro com licenças poéticas para caber numa obra cinematográfica. Pois, mostrou pessoas e suas crenças ideológicas, traçando planos e se aventurando em prol do que se acreditavam. Mesmo se isso iria dá certo ou não, os planos e a ação estavam sendo feito.
O filme tem uma tensão crescente, pois a medida em que ocorre as investigações e as exigências dos guerrilheiros, o sequestrado está entre a vida e a morte. A cena do banco ficou fantástica, tem uma ambientação belíssima, e não deve nada para filmes americanos com grande orçamento.
O elenco é fantástico, todos em seu começo ou auge da carreira televisiva e provaram que são versáteis e bons na atuação, cada ator teve seu momento de brilhar. Muito bom ver o grande Alan Arkin numa produção nacional, trabalhou respeitosamente e ainda falou português fluentemente. E estamos aqui com mais um caso que o Cinema Nacional sabe sim fazer grandes produções!
A Dama do Lotação
3.1 129História de Nelson Rodrigues, Sônia Braga no auge da beleza, direção de Neville de Almeida, mostrando falso moralismo brasileiro em pleno rígida censura dos Militares, um filme bem à frente do seu tempo. Esse filme explora muito mais as cenas explicitas de sexo, do que em assuntos que servem para o debate, como o machismo da época. Pois, tem cenas repetitivas de sexo e destoa mais para a pornochanchada.
Porém, é um filme que sempre gera debate. Tem um poderoso elenco da nossa dramaturgia, e o auge da Sônia Braga antes de sua ida para os EUA.
Beekeeper: Rede de Vingança
3.2 162 Assista AgoraMenino Jason Statham voltou a fazer filme a cada 6 meses, acho que os boletos estão atrasados. Se ele atrasa boleto, porque eu não posso?
Filme de ação padrão do Sthatham, um prato cheio para quem gosta do gênero e dos filmes do ator. Um filme despretensioso e um bom passatempo. Boas cenas de luta, tiroteio e violência coreografadas.
Gostei do desenvolvimento do roteiro que é sobre ataque phishing em pessoas mais velhas ou que não estão habituadas em tecnologias, são golpes onlines que só prejudica a pessoa e faz que elas sejam roubadas online, perdendo senhas e controle de seus perfis de bancos e redes sociais.
Plano-Sequência dos Mortos
4.1 107Tentou inovar no gênero de zumbis, e conseguiu bastante. Misturando o metalinguagem cinematográfica com os ataques zumbis, e tudo isso num plano sequência fantástico. Essa primeira meia hora do filme foi fantástica e vibrante, os atores conseguiram simular cenas de ataques zumbis com um bastidor de gravação das cenas do filme fictício.
E depois disso, nos mostram o contexto de toda aquela gravação. Mostrando o recrutamento dos atores e a produção do filme. Você fica meio que frustrado, pois o filme não repete aquele ápice da primeira meia hora. Porém, chega um momento que você volta a ficar fascinado pela história e todo aquele contexto do plano sequencia volta a ter sentido e com cenas bem engraçadas.
Vizinhos Nada Secretos
3.1 198 Assista AgoraO genérico que funciona. Um filme desprentioso para assistir um domingo a noite.
Três Amigos!
3.3 83 Assista AgoraNão fazem mais comédias como antigamente. O filme é divertido e carismático, é só assistindo ele que nos mostra uma metalinguagem engraçada. Steve Martin, Chevy Chase e Martin Short são os três amigos que fazem cinema como heróis de faroeste, mas uma cidade pequena do México está sofrendo nas mãos de um fora da lei de um ditador, e os moradores confundem nossos atores como heróis de verdade. E está aí armado a confusão.
A boa direção de John Landis, o roteiro bem montado com os melhores clichês do velho oeste, boa comédia e a reunião dos melhores atores humoristas da década de 80.
O Ódio
4.2 318 Assista AgoraTemos aqui uma Paris que não é muita retradada nas produções e na mídia. Uma França aonde a desigualdade social é aflorada, ondas de violência gigantes e ânimos exaltados. Bem diferente daquela Paris romantizada, com seus cartões postais clássicos e belíssimos.
O estopim da violência do filme é a marginalização das minorias, pois os três protagonistas são filhos de imigrantes, Vinz (Vincent Cassel) é judeu, outro é negro e o terceiro é de descendência árabe.
Os acontecimentos do filme são todos relatados num mesmo dia, e o senso iminência de uma catástrofe é forte. Mostra como os conjuntos habitacionais de Paris são bastante perigosos e violentos, como uma crítica também à desigualdade social.
Ghostbusters: Apocalipse de Gelo
2.7 91 Assista AgoraA versão de 2021 (que ninguém pediu para ser realizado), foi uma produção bastante nostálgica, com a presença da velha guarda e também a nova geração deu liga e foi legal assistir eles também.
Mas, essa segunda parte da nova geração é bem fraquinha, piadinhas que temos de referências para a franquia até servem. Mas, os novos personagens são tão desinteressante e sem sal, perderam aquela magia do primeiro filme. Só os atores clássicos são dignos e carregam o filme.
Alem de ter o filme todo explicando o vilão da vez, as coisas da franquia e a ação de fato são no terceiro ato. E quando toca a tirlha sonora clássica, meu coração nerd nostálgico amolece e o filme sobe meia estrela.
Miami Vice
3.1 207 Assista AgoraMichael Mann transcende o significado de filme de ação, pega o cerne do seriado dos anos 80 e consegue fazer uma roupagem nova.
Filme intenso e cheio de urgência iminente. James "Sonny" Crockett (Colin Farrell) e Ricardo Tubbs (Jamie Foxx) fantásticos no papel, e pelos vídeos que temos da série antiga, estão emulando muito bem os personagens clássicos.
Michael Mann nos traz uma câmera grandiosa, que é tremida em momentos de tensão e adrenalina. Com uma filmagem com belas paletas de cores, ressignificando o neon, a vida noturna e os perigos da mesma. Além de Miami, temos grandes cenas externas em outros Países, como Cuba, Colômbia. A trilha sonora também que faz parte do filme só incrementa as cenas e os desenvolvimentos dos personagens, como por exemplo o começo do filme, na cena da boate, quando somos apresentados pelos protagonistas, sem nenhum diálogo, e já sacamos como eles são e como agem nas investigações.
Um filme policial adulto, sério, próximo da realidade. Pois, temos personagens palpáveis, que correm sérios perigos, se infiltram nas quadrilhas, e que também se apaixonam. Aqui não tem aquelas piadinhas de buddy cops e sorrisinhos (apesar que gosto de filme assim também). O ar realistísco está bastante presente aqui.
O romance também funciona por aqui, pelos personagens que tem paixões proibidas por causa do trabalho e das investigações, e que também são motim para o avanço do desenvolvimento da trama. E claro, a violência e tiroteiro são de primeira categoria, gravados com altas doses de adrenalina e cenas de tirar o fôlego.