Adriênne Amorim

E gostei tanto no final, o Sun Jae ter recordado de todas as lembranças, porque só conseguia pensar em todo o sofrimento que a Sol levava sozinha de todas às vezes que eles se encontraram.

Senti falta de uma explicação apenas para as viagens no tempo, algo que talvez fosse relacionar o motivo dela poder ficar voltando com o relógio todas aquelas vezes, as teorias foram várias, e no final, não ficou claro, maaas, de verdade, o último episódio, é tão mais tão lindo, que a gente acaba nem se importando.

A primeira parte, senti bem mais leve, mesmo tendo ocorrido a guerra e a ocupação, não chega aos pés do sofrimento da parte dois. Além disso, na primeira parte, o romance ainda é leve, pelas incertezas do sentimento da Gil Chae, eu por exemplo, entendi tanto ela no momento em que desiste de ir embora com ele, ela havia esperado tanto sozinha por ele, achando que havia morrido, e coitada, havia tanta pressão sobre ela, além dos dois terem convivido pouco até aquele momento para que ela experimentasse a verdade do sentimento dele, então foi acertado.

Agora que sofrimento, essa parte 2, todos sofreram, quanta injustiça o príncipe herdeiro e a princesa passaram, que maluquice daquele rei, acaba com a vida de tantas pessoas, como o grande hyungim também, e o tanto de cativos que só queriam voltar pra casa.
E que cena mais bela, apesar de sofrida, é aquela em que a princesa dos bárbaros desafia o Lee Jang para salvar a Gil Chae ou morrer, e ele correndo enlouquecidamente e gritando o nome dela, e ao final, caindo sobre ela ao levar a flechada, mas dizendo: Eu venci, vai ficar tudo bem agora! (nunca vou esquecer essa cena).

E que declaração perfeita que ele faz a Gil Chae, quando ele retorna a Joseon e descobre que ela está divorciada e vai atrás dela, e ela questiona se ele amaria uma Gil Chae que foi desonrada pelos bárbaros, e ele faz um dos discursos mais lindos que já assisti até hoje.

Mas também é sofrimento até o final, estava tão receosa de que os dois não fossem acabar juntos, depois de tudo que passaram, e eles só queriam ficar juntos, realizar o sonho dela, de estar com seu querido, que a cena final encaixou perfeitamente, naquele momento eu já estava assim: isso, só fiquem juntos e não voltem mais, só vivam como querido marido e querida esposa e sejam felizes!

O único ponto que não me agradou foi a demarcação da passagem do tempo, não ficou claro o tempo passado, e às vezes parecia que era pouco tempo e tinham se passado anos e anos. Claro que alguns desfechos de personagens também não, mas entendo que é uma história que carrega um pouco de realidade da história da Córeia, então sofrimento faz parte deles.

Quando ela acorda no hospital, e fala pra ele: " eu te amo, eu sempre te amei ...", quando ele acha que ela morreu no acidente do carro (nossa), quando ele implora para ela fazer a cirurgia, quando ele é preso e não consegue estar lá quando ela acorda, quando ela perde a memória, mas olha pela janela a neve e sente tristeza pela falta dele, quando ela lê o caderno e vai atrás dele, e os dois se vendo na rua.

Só senti que a solução da cirurgia para toda a doença super grave dela foi tratada de maneira muito superficial, eles passam a dar atenção a perda da memória, e o enredo anterior é esquecido. E assim, eu queria mais do casal no final, senti como se eles estivessem no ápice do romance no momento antes da cirurgia, e depois, mesmo com ela se apaixonando novamente, não chega aquele ápice novamente.

Gostei muito das histórias de perdão também com alguns personagens, dos finais dos outros personagens, e mesmo passando muita raiva com o Eun-Sung, fiquei com muita pena ao final, ele acabou sendo mais uma vítima da mãe e nunca recebeu amor nenhum, que ele tanto queria.