Por muito tempo, assim como grande parcela nerd, considerei, tanto os livros como os filmes, o Sr. Dos anéis a melhor obra de ficção – seja na fantasia ou científica. Tanto que já cogitei várias vezes de tatuar algo do Tolkien, mas fui impedido pelas minhas políticas internas de bom senso e ponderação à idolatria. Achei que levaria pra sempre essa opinião, mas creio que venha a mudar a partir de hoje, dia que terminei de ver o primeiro livro de Duna no cinema. Antes de entrar no filme, gostaria de fazer um adendo sobre as questões técnicas. Tive duas experiencias. O primeiro pude assistir num cinema descente, em IMAX, um primor, pra quem tem dúvidas, vale cada 15 reais a mais – principalmente para o som. O berro na música Gom Jabbar, o pulsar do pino que atrai os vermes, a nave imperial chegando em Harkonnen. Essa imersão técnica é essencial para capturar a complexidade dos conceitos políticos e mágicos apresentados no filme, algo que me deixou ainda mais impressionado com a narrativa. Ao trazer a analogia do petróleo, Frank Herbert consegue rechear a história com diversos conceitos, inclusive complexos, da política internacional. O meu preferido, e que permeia todo segundo filme, sem dúvida é a questão da superestrutura e infraestrutura. No primeiro filme fiquei apreensivo de como a mágica seria tratada nesse universo. Algo que foi resolvido no segundo. A movimentação das bene gesserit, o mergulho de cabeça da Jessica, as desconfianças da Chani e Paul para então o clímax da sua conversão... É muito potente meus caros. Apesar de estar na batalha pra ser meu universo favorito, o filme tem furos sérios. O primeiro é em relação a assimetria mal trabalhada. Certamente Herbert estava acompanhando a guerra do Vietnã e a consolidação da Opep, ou seja, vitórias dos mais fracos. Por outro lado, não precisava exagerar numa derrota tão fácil como foi no filme. Preciso verificar no livro se isso é apenas culpa do Villeneuve. O segundo furo também remete às questões de poderio militar: como assim os Harkonnen não tinham conhecimento do principal planeta? Como assim não tinham espiões na cola do messias? Ainda que muito elogiado pela crítica no geral, me deparei com o texto da Folha, por Sérgio Alpendre. Ao dar 3/5, ele destaca alguns pontos: o filme ser um pouco melhor que um blockbuster comum; e a atuação do Timothée. Discordo profundamente de ambos. Dos argumentos que trouxe aqui – a magnitude do IMAX, a trama e subtrama, até mesmo o duelo –, creio que já são o suficiente para considera-lo muito mais que um blockbuster. Sobre o Timothée, não é novidade de que muitos pegam no seu pé, imagino que seja por estar ligado a beleza teen, fofa. Acho que esse imaginário de fraco de alguns, na verdade, tem muito a contribuir num filme de jornada de herói. Sem entrar, claro, no debate de que o cartaz tem que vender. Aos que reclamam dele, pergunto o que querem. Stallone do rambo 4? Ao ponderar sobre minha mudança de preferência entre 'Duna' e 'O Senhor dos Anéis', percebo que minhas preferências foram moldadas por minha formação em RI. Meu Eu de hoje tende a puxar sardinha para a politica e uma mágica mais palpável. Ainda que Nietzsche, Weber, adorno e Horkheimer descreverem com tanto exímio o desencantar do mundo – no sentido da mistificação perder espaço para a burocratização – e, estarmos vivendo seus resultados, não há como dizer que Deus não existe, na verdade nem interessa. As pessoas movem por Ele. Duna, em sua ‘simplicidade’ de um blockbuster, consegue demostrar isso muito bem.
O filme se trata de uma metáfora de Deus. A mãe seria a Terra(que seria a casa), Ele seria Deus e o filho Jesus cristo.
Sendo assim, a humanidade começa a morar na casa, por fim,a humanidade a espanca, assim como fazemos na atualidade, descartando a natureza.
O bebê é tomado e engolido, assim como fizeram com Jesus Cristo.
Já o homem, sendo Deus, todos o veneram, o ama, o admiram, lhe obedece, é adorado e recebe presentes dos que o segue. Ele também entrega seu filho, assim como ocorreu com Cristo, e o bebê morre por nós. E logo a morte de seu filho o que ele faz? Perdoa a humanidade, assim como nas exigências Cristãs.
A Mãe natureza se zanga de tanto sofrer com a humanidade e destrói a todos, então Deus simplesmente remove o poder da vida e começa seu jogo e sua sede por admiração tudo de novo.
Duna: Parte 2
4.3 649Por muito tempo, assim como grande parcela nerd, considerei, tanto os livros como os filmes, o Sr. Dos anéis a melhor obra de ficção – seja na fantasia ou científica. Tanto que já cogitei várias vezes de tatuar algo do Tolkien, mas fui impedido pelas minhas políticas internas de bom senso e ponderação à idolatria. Achei que levaria pra sempre essa opinião, mas creio que venha a mudar a partir de hoje, dia que terminei de ver o primeiro livro de Duna no cinema.
Antes de entrar no filme, gostaria de fazer um adendo sobre as questões técnicas. Tive duas experiencias. O primeiro pude assistir num cinema descente, em IMAX, um primor, pra quem tem dúvidas, vale cada 15 reais a mais – principalmente para o som. O berro na música Gom Jabbar, o pulsar do pino que atrai os vermes, a nave imperial chegando em Harkonnen. Essa imersão técnica é essencial para capturar a complexidade dos conceitos políticos e mágicos apresentados no filme, algo que me deixou ainda mais impressionado com a narrativa.
Ao trazer a analogia do petróleo, Frank Herbert consegue rechear a história com diversos conceitos, inclusive complexos, da política internacional. O meu preferido, e que permeia todo segundo filme, sem dúvida é a questão da superestrutura e infraestrutura. No primeiro filme fiquei apreensivo de como a mágica seria tratada nesse universo. Algo que foi resolvido no segundo. A movimentação das bene gesserit, o mergulho de cabeça da Jessica, as desconfianças da Chani e Paul para então o clímax da sua conversão... É muito potente meus caros.
Apesar de estar na batalha pra ser meu universo favorito, o filme tem furos sérios. O primeiro é em relação a assimetria mal trabalhada. Certamente Herbert estava acompanhando a guerra do Vietnã e a consolidação da Opep, ou seja, vitórias dos mais fracos. Por outro lado, não precisava exagerar numa derrota tão fácil como foi no filme. Preciso verificar no livro se isso é apenas culpa do Villeneuve. O segundo furo também remete às questões de poderio militar: como assim os Harkonnen não tinham conhecimento do principal planeta? Como assim não tinham espiões na cola do messias?
Ainda que muito elogiado pela crítica no geral, me deparei com o texto da Folha, por Sérgio Alpendre. Ao dar 3/5, ele destaca alguns pontos: o filme ser um pouco melhor que um blockbuster comum; e a atuação do Timothée.
Discordo profundamente de ambos. Dos argumentos que trouxe aqui – a magnitude do IMAX, a trama e subtrama, até mesmo o duelo –, creio que já são o suficiente para considera-lo muito mais que um blockbuster. Sobre o Timothée, não é novidade de que muitos pegam no seu pé, imagino que seja por estar ligado a beleza teen, fofa. Acho que esse imaginário de fraco de alguns, na verdade, tem muito a contribuir num filme de jornada de herói. Sem entrar, claro, no debate de que o cartaz tem que vender. Aos que reclamam dele, pergunto o que querem. Stallone do rambo 4?
Ao ponderar sobre minha mudança de preferência entre 'Duna' e 'O Senhor dos Anéis', percebo que minhas preferências foram moldadas por minha formação em RI. Meu Eu de hoje tende a puxar sardinha para a politica e uma mágica mais palpável.
Ainda que Nietzsche, Weber, adorno e Horkheimer descreverem com tanto exímio o desencantar do mundo – no sentido da mistificação perder espaço para a burocratização – e, estarmos vivendo seus resultados, não há como dizer que Deus não existe, na verdade nem interessa. As pessoas movem por Ele. Duna, em sua ‘simplicidade’ de um blockbuster, consegue demostrar isso muito bem.
Rivais
3.8 241Não sei o que pensar desse trailer...
Uma mistura de drama adolescente misturado com super edição.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraDo que está tendo na indústria, temos que ficar felizes com migalhas repetidas, porém bem feitas.
Red: Crescer é uma Fera
3.9 555 Assista AgoraPra quem gostou dessa belezinha, aconselho Sonata de Outono do mestre Bergman.
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 604 Assista AgoraPor que eles não colocaram a música em português?
= (
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraQue venha os Oscars técnicos.
A Vida Invisível
4.3 645chega a ser gostoso o tanto que machuca.
Death Metal: Are We Watching You Die?
5.0 4tem no youtube galera
Jorjão
4.0 1Vim pelo Larica Total
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraAcabei de ver o filme e gostaria de compartilhar minha teoria.
O filme se trata de uma metáfora de Deus.
A mãe seria a Terra(que seria a casa), Ele seria Deus e o filho Jesus cristo.
Sendo assim, a humanidade começa a morar na casa, por fim,a humanidade a espanca, assim como fazemos na atualidade, descartando a natureza.
O bebê é tomado e engolido, assim como fizeram com Jesus Cristo.
Já o homem, sendo Deus, todos o veneram, o ama, o admiram, lhe obedece, é adorado e recebe presentes dos que o segue.
Ele também entrega seu filho, assim como ocorreu com Cristo, e o bebê morre por nós.
E logo a morte de seu filho o que ele faz?
Perdoa a humanidade, assim como nas exigências Cristãs.
A Mãe natureza se zanga de tanto sofrer com a humanidade e destrói a todos, então Deus simplesmente remove o poder da vida e começa seu jogo e sua sede por admiração tudo de novo.
Morangos Silvestres
4.4 658As gêmeas são os corvos de Odin que tudo vê.
Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraComo sempre digo.
Filme nacional vem com aquela fácil identificação.
Kubo e as Cordas Mágicas
4.2 635 Assista AgoraFilme lindo.
Nem parece Stop-motion...
Alias, parece que eles diminuem os Frames para percebermos / lembrarmos que estamos vendo uma Animação de SM.
Nise: O Coração da Loucura
4.3 656 Assista AgoraO bom de Filme nacional é a facilidade de identificação com o filme.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraAtuações: Check ✔
Som: Check ✔
Cenário: Check ✔
Fotografia: Check ✔
Roteiro: Check ✔
Tempo de filme: +/- (queria mais)
Participação do Bode: +/- (queria mais)
Shaun: O Carneiro - O Filme
3.9 183Breaking Bad
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraFilme com maior carga emocional que já vi.