O filme mostra as mulheres de hoje, que, muito diferentes da dona de casa modelo de ontem na televisão, já não procuram agradar os outros e sim serem fiéis a si mesmas. De I Love Lucy a Mary Tyler Moore, a Roseanne e Murphy Brown, as grandes comediantes da televisão eram mulheres que desafiavam as expectativas.
O caminho foi aberto por Lucille Ball, uma atriz de filmes B que se tornou uma estrela da televisão e um império em menos de uma década. Mas levou algum tempo para que as revoluções culturais na sociedade americana chegassem à televisão na forma do The Mary Tyler Moore Show. Numa sitcom que se passava no local de trabalho, Mary tinha 30 anos, era solteira e estava empregada num mundo masculino. Mas foi Murphy Brown, de Candice Bergen, que desbancou a doçura de Mary criando a mulher independente como uma profissional solteira, muitas vezes desagradável, ambiciosa e bem-sucedida.
Mais recentemente, as mulheres de Sex in The City apresentaram quatro versões da mulher independente presa entre a realidade moderna e o romantismo tradicional, enquanto Desperate Housewives retratava mulheres que lutavam para combater a noção tradicional da “boa mãe” numa paisagem cultural em constante mudança.